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Safra 24/25 deve ter recordes de produção de soja, milho e algodão

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Após enfrentar um início de plantio marcado pela falta de chuvas em setembro, o clima voltou a favorecer a agricultura brasileira em novembro, permitindo o avanço da safra 2024/25 com grande parte das lavouras implantadas dentro de uma janela ideal. A expectativa é de resultados promissores, especialmente para as culturas de soja, milho e algodão, segundo especialistas reunidos no evento da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), realizado em São Paulo.

A produção de soja deve atingir um recorde de 172,2 milhões de toneladas, alta de 10,7% em comparação com as 155,5 milhões da safra anterior, de acordo com a Agroconsult. O plantio ocupou 47,5 milhões de hectares, crescimento de 1,5% em relação ao ciclo passado, com destaque para o desenvolvimento em Goiás e Mato Grosso.

A exportação da oleaginosa também promete ser expressiva, podendo alcançar 103,4 milhões de toneladas em 2024, ante 98,2 milhões no ciclo anterior. Além disso, o esmagamento interno deve crescer, atingindo 57 milhões de toneladas, impulsionado pelo aumento da mistura obrigatória de biodiesel, que passará para 15% no próximo ano.

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Para o milho, a área plantada com a segunda safra deve atingir 17,8 milhões de hectares, aumento de 5% e um novo recorde. Cerca de 72% dessa área será plantada sob baixo risco climático em Mato Grosso, maior produtor nacional.

No mercado doméstico, o consumo de milho deve crescer para 95,2 milhões de toneladas, impulsionado pela indústria de proteínas e pela expansão de usinas de etanol de milho. Nas exportações, o volume pode alcançar 42 milhões de toneladas, superando as 38,5 milhões do ciclo anterior.

O algodão também deve registrar avanços significativos. A área plantada pode crescer 10,1%, totalizando 2,17 milhões de hectares. A colheita deve atingir 4,09 milhões de toneladas, contra 3,62 milhões no ciclo anterior.

Nas exportações, o Brasil deve manter sua posição de liderança global, com embarques previstos de 2,95 milhões de toneladas, ligeiramente acima dos 2,83 milhões registrados na temporada anterior.

Com condições climáticas favoráveis, aumento de área plantada e forte demanda interna e externa, o Brasil se consolida como um dos principais players globais no agronegócio. As projeções para soja, milho e algodão destacam não apenas o potencial produtivo do país, mas também os desafios logísticos e de infraestrutura que precisam ser superados para garantir o escoamento eficiente dessas safras recordes.

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Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

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Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

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Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

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A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

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