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Relatório aponta desafios no crédito rural e oportunidades para exportação

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Com o crédito rural cada vez mais caro e incertezas sobre os recursos do próximo Plano Safra, o governo estuda novas formas de financiamento para garantir o apoio ao setor produtivo. Em meio a essa discussão, um relatório lançado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) detalha tendências de exportação para produtores que buscam ampliar mercados. O AgroInsights, em sua terceira edição, reúne análises estratégicas sobre comércio internacional, enquanto o governo admite a necessidade de “criatividade” para financiar a próxima safra diante da alta da taxa Selic e do aperto fiscal.

A expectativa para o Plano Safra 2025/26 é de desafios ainda maiores no crédito rural. Com a Selic em 14,25% ao ano e orçamento limitado para equalização de juros, o governo já considera elevar as taxas para os financiamentos. Alternativas estão em estudo, como o uso de recursos do Fundo Social do pré-sal para crédito emergencial no Rio Grande do Sul, que enfrenta nova estiagem. Também há pressão do setor para que mais verbas sejam direcionadas aos financiamentos, diante do risco de redução na oferta de crédito e impacto na produção agropecuária.

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A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), por exemplo, alerta que o custo do financiamento será o mais alto da última década. Para minimizar os impactos, a entidade sugere um reforço orçamentário de pelo menos R$ 10 bilhões, ampliando as verbas para custeio agropecuário, seguro rural e subvenção a investimentos. Sem esse acréscimo, o setor teme queda na oferta de crédito subsidiado e um efeito cascata nos custos de produção e nos preços ao consumidor.

Enquanto o crédito rural enfrenta entraves, as exportações do agronegócio continuam a se expandir. O AgroInsights destaca 76 oportunidades comerciais para produtos brasileiros, divididas entre os setores vegetal e animal. A demanda por soja, café e frutas tropicais segue em alta em mercados como Europa, Ásia e Oriente Médio. No setor animal, a carne bovina, suína e de frango mantém trajetória de crescimento, assim como o mercado de mel, ovos e pescados.

A diversificação dos mercados é vista como uma estratégia essencial para reduzir a dependência de grandes compradores e mitigar riscos comerciais. Regulamentações internacionais e barreiras sanitárias ainda são desafios, mas o relatório aponta caminhos para produtores e exportadores ampliarem sua participação no comércio global.

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O governo segue estudando alternativas para garantir financiamento ao setor agropecuário, enquanto o agronegócio busca novas oportunidades para crescer no exterior. O próximo Plano Safra será um teste para o equilíbrio entre crédito acessível e a necessidade de manter a competitividade do setor no Brasil e no mundo.

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Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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