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Produtores devem se preparar para reaquecimento do mercado de fertilizantes

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No cenário atual do mercado de fertilizantes, o mês de fevereiro foi marcado por uma relativa estabilidade nos preços do MAP e do KCl, com Brasil e Índia negociando de forma mais lenta devido ao término das compras para a safra. No entanto, especialistas alertam para um possível reaquecimento do mercado nos próximos meses.

Nos EUA e na Europa, as compras para a safra de primavera ainda não iniciaram, resultando em poucas variações nas cotações. Entretanto, a ureia, que havia registrado alta em janeiro devido ao tender indiano, apresentou desvalorização em fevereiro.

As perspectivas futuras apontam para um possível reaquecimento do mercado nos próximos meses, impulsionado pela retomada das compras por norte-americanos e europeus, o tender indiano para ureia em março e as incertezas em torno da exportação de fosfatados e nitrogenados pela China. Questões relacionadas ao Mar Vermelho, como rotas alternativas e aumento do custo de frete, também podem resultar em atrasos nas entregas.

No contexto brasileiro, a demanda permanece enfraquecida para os principais macronutrientes, com estoques em dezembro de 2023 aumentando 3% em comparação com o mesmo período de 2022, totalizando 8,3 milhões de toneladas, conforme a Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA). Esse acúmulo nos estoques pode influenciar os preços no mercado interno.

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As relações de troca mostram-se mais favoráveis para o KCl e a ureia no mercado brasileiro, com indicadores spot próximos ou abaixo das médias dos últimos 5 anos, dependendo da cultura.

No que diz respeito às principais culturas, a relação de troca spot com o MAP permanece acima da média histórica desde o início de 2024 para a soja, enquanto para o milho, mesmo com a queda da cotação da commodity, o indicador continua acima da média dos últimos 5 anos. Para o algodão, café, trigo, arroz e boi gordo, as relações de troca variam conforme as oscilações de preços e demanda de mercado, sendo necessário um acompanhamento contínuo para análise mais precisa.

Diante desse panorama, o mercado de fertilizantes enfrenta desafios e oportunidades que demandam atenção e estratégias bem definidas por parte dos produtores e demais agentes do setor agropecuário.

Fatores que podem influenciar essa retomada incluem:

  • Retomada das compras por norte-americanos e europeus
  • Tender indiano para ureia em março
  • Incertezas em torno da exportação de fosfatados e nitrogenados pela China
  • Questões relacionadas ao Mar Vermelho, como rotas alternativas e aumento do custo de frete
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Algumas medidas que podem ser tomadas para mitigar os riscos e aproveitar as oportunidades incluem:

  • Acompanhamento constante das oscilações do mercado
  • Diversificação de fornecedores
  • Negociação antecipada de compras
  • Uso eficiente de fertilizantes
  • Busca por alternativas mais sustentáveis
  • A adoção de práticas mais eficientes e sustentáveis na agricultura é fundamental para garantir a produtividade das lavouras e a competitividade do setor no mercado global.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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