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Práticas agrícolas sustentáveis ajudam na preservação do Cerrado

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Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e da Embrapa demonstra que práticas agrícolas sustentáveis podem preservar a porosidade e a agregação do solo em níveis próximos aos de áreas de vegetação nativa no bioma Cerrado.

Conduzida por Letícia Pimenta, Vanessa Pereira, Amanda Santos, Maria Eduarda Xistuli, Érika Pinheiro (UFRRJ), David de Campos (Embrapa Solos) e Celso Manzatto (Embrapa Meio Ambiente), a pesquisa ressalta a importância do manejo adequado para a saúde do solo e a sustentabilidade da agricultura e da pecuária.

A pesquisa avaliou a porosidade do solo em áreas com diferentes sistemas de manejo, como o plantio de milho convencional, a pastagem produtiva com capim mombaça, e uma área de Cerrado denso preservado, localizada em João Pinheiro, Minas Gerais. Os resultados apontaram que a conservação da porosidade do solo em áreas de pastagem se deve ao uso controlado da taxa de lotação animal e à rotação entre piquetes, estratégias que permitem a recuperação do capim, prevenindo a compactação causada pelo pisoteio do gado.

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Nas áreas de cultivo, os pesquisadores destacaram a relevância de práticas como o plantio direto, utilizado anteriormente para a produção de abóbora. Essa técnica evitou o uso de maquinário pesado, ajudando a manter a estrutura do solo favorável à infiltração de água e ao desenvolvimento radicular, elementos essenciais para a produtividade agrícola no Cerrado, um bioma rico em biodiversidade, mas sensível a impactos ambientais.

Os autores do estudo enfatizam que práticas sustentáveis como essas são fundamentais para garantir a longevidade produtiva e a resiliência dos solos do Cerrado, contribuindo não só para a segurança alimentar, mas também para a preservação de um dos ecossistemas mais ameaçados do Brasil.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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