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Porto maranhense de Itaqui recebe investimento de R$ 1,161 bilhão

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O Ministério de Portos e Aeroportos (Mpor) aprovou o projeto para a terceira fase de expansão do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), localizado no Porto do Itaqui, em São Luís. A iniciativa envolve um investimento de R$ 1,161 bilhão e busca ampliar significativamente a capacidade de operação do terminal, que atualmente movimenta 15 milhões de toneladas de grãos por ano. Com as obras, esse volume poderá atingir até 23,5 milhões de toneladas anuais, consolidando o porto como um dos principais corredores de exportação de grãos do Brasil.

O Tegram é essencial para escoar a produção agrícola de regiões como Maranhão, Piauí e Tocantins (conhecidas como Mapito), além de áreas no nordeste de Mato Grosso, Bahia e Goiás. Em 2023, o terminal embarcou mais de 15 milhões de toneladas, incluindo soja em grão, farelo de soja e milho.

A expansão prevê a construção de um terceiro berço de atracação, que será adicionado à atual infraestrutura composta por dois berços operacionais. Essa ampliação é fundamental para atender ao crescimento da safra agrícola nas regiões abrangidas pelo corredor logístico.

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Desde sua inauguração, em 2015, o Tegram tem se modernizado para atender à crescente demanda do agronegócio. Em sua primeira fase, contava com um berço de atracação e equipamentos avançados, como shiploader e moegas rodoviárias, equipamentos que permitem o descarregamento diário de mais de 950 caminhões e quatro vagões ferroviários simultaneamente.

Na segunda fase, concluída em 2018, o terminal passou a operar com um segundo berço de atracação, aumentando sua capacidade operacional. A nova etapa agora adicionará mais um berço e elevará o volume movimentado em 8,5 milhões de toneladas anuais, garantindo maior eficiência logística.

A gestão do Tegram é realizada pelo consórcio Tegram-Itaqui, formado por empresas como Terminal Corredor Norte (TCN), Viterra Logística e Terminais Portuários, Corredor Logística e Infraestrutura (CLI) e ALZ Grãos, um consórcio que reúne Amaggi, Louis Dreyfus Company e Zen-Noh Grain Terminais Portuários. O complexo portuário também dispõe de quatro armazéns com capacidade estática total de 500 mil toneladas de grãos.

O projeto já recebeu o aval da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) e aguarda a análise final da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Segundo Marcos Pepe Bertoni, presidente do consórcio, a ampliação será crucial para consolidar o Porto do Itaqui como o principal hub de exportação de grãos no Arco Norte, fortalecendo a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado internacional.

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Com a aprovação, o terminal estará preparado para atender à demanda crescente e sustentar o protagonismo do Brasil no comércio global de grãos.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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