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Porteirinha, no norte de Minas Gerais, se torna exemplo de superação produzindo queijo

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Município do Norte de Minas Gerais, Porteirinha é um exemplo superação e resiliência, um testemunho do espírito empreendedor do povo mineiro.

No final da década de 1980, a produção de algodão, que já havia prosperado na região, sofreu um golpe devastador com a chegada do bicudo, uma praga que atacou as plantações de algodoeiro, agravada pela escassez de chuvas.

Diante dessa crise, muitos moradores foram forçados a migrar em busca de sustento nas cidades ou nas plantações de cana e café em outras regiões de Minas Gerais e São Paulo.

No entanto, entre os pequenos produtores locais, houve aqueles que decidiram permanecer e enfrentar as adversidades. Hoje, eles colhem os frutos de sua perseverança por meio da produção de queijo artesanal, uma atividade que não apenas se tornou reconhecida, mas também foi premiada. A jornada desses produtores é um exemplo inspirador de como a determinação, a dedicação e o acesso ao microcrédito podem transformar vidas e comunidades, mesmo em face da seca.

A cidade, situada na região da Serra Geral de Minas, agora abriga cerca de 800 pequenos produtores artesanais de queijo que além de fornecer emprego e renda, a qualidade excepcional dos queijos produzidos é digna de nota.

Produtores de Porteirinha premiados na ExpoQueijo Brasil, principal premiação do setor na América Latina

Isso foi evidenciado quando cinco pequenos produtores de Porteirinha conquistaram seis medalhas, incluindo três de ouro, no Concurso Internacional de Queijos Artesanais da ExpoQueijo Brasil, um dos principais eventos do setor na América Latina, que reuniu aproximadamente 400 produtores e 1.300 queijos de quatro continentes.

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Everson Pereira, presidente da Associação dos Pequenos Produtores de Queijo Artesanal da Serra Geral (Aproqueijo), destaca que o queijo artesanal emergiu como uma alternativa viável na região durante o declínio da indústria do algodão. Essa transição ajudou a conter o êxodo rural, fornecendo uma fonte de emprego e renda para a comunidade.

A produção de queijo artesanal não apenas se expandiu, mas também teve que se adaptar às condições climáticas desafiadoras. Os produtores aprenderam a lidar com a seca, incorporando práticas como a silagem para garantir a sobrevivência do gado durante a estação seca.

Os pequenos produtores se unem em cooperativas para comprar insumos, como ração, em quantidades maiores, reduzindo custos. No entanto, a chave para superar o desafio climático está no esforço, na coragem e na paixão pelo que fazem. Hoje, esses agricultores estão adaptados à seca e veem a produção de queijo artesanal como uma fonte confiável de sustento.

Os pequenos produtores da região também têm acesso ao microcrédito, uma ferramenta essencial para apoiar e expandir seus negócios. O Banco do Nordeste oferece empréstimos por meio do Programa de Microcrédito Agroamigo, atendendo a 1.100 agricultores na região, fornecendo capital para melhorar as operações, comprar matrizes, insumos e tanques de resfriamento.

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O futuro brilhante dos queijeiros de Porteirinha é uma lição de resiliência, adaptabilidade e empreendedorismo. Eles demonstram como é possível superar as adversidades climáticas e econômicas, desde que haja determinação, esforço e apoio adequado. Além disso, a formação, a certificação e a gestão financeira sólida desempenham um papel fundamental na construção de um futuro mais promissor.

Com informações de O Estado de Minas e assessorias

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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