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Pesquisa sobre a escaldadura traz novas estratégias de manejo

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Uma pesquisa inovadora do Instituto Agronômico (IAC-Apta) revelou que a cigarrinha-das-raízes é a responsável pela transmissão da bactéria Xanthomonas albilineans, causadora da escaldadura das folhas da cana-de-açúcar. Esta doença bacteriana, a mais significativa para a cultura da cana, não possui controle efetivo e frequentemente é assintomática.

A descoberta abre novas oportunidades para debates e estratégias de manejo, visando reduzir os prejuízos causados pela escaldadura das folhas da cana-de-açúcar em viveiros de mudas e canaviais.

A pesquisadora Silvana Creste, do IAC, destacou a importância da descoberta, sugerindo que o desenvolvimento de variedades de cana resistentes à cigarrinha-das-raízes pode ser uma estratégia eficaz para controlar a doença. “Essa descoberta traz um novo olhar em relação à praga e também à doença porque nos possibilitou saber que a cigarrinha, além de ser uma das principais pragas da cana, carrega também um inimigo oculto”, afirmou.

A Xanthomonas albilineans coloniza principalmente os vasos de xilema da planta, dificultando a absorção de água e seiva bruta. Os danos incluem baixa germinação das gemas, queda na produtividade e no teor de açúcar, além de redução na longevidade dos canaviais2. Os prejuízos variam conforme a variedade da cana, o ciclo da cultura, a idade do canavial, as condições ambientais e a agressividade do isolado da bactéria.

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“Em variedades suscetíveis, a doença provoca a morte das gemas e, consequentemente, da planta”, explicou Creste, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

As próximas etapas da pesquisa visam avaliar se outras espécies da cigarrinha-das-raízes também são hospedeiras da Xanthomonas albilineans. Além disso, novas estratégias de manejo para a praga e a doença serão desenvolvidas, incluindo o uso de mudas sadias e a desinfecção de instrumentos de corte no plantio e na colheita.

A Unidade laboratorial de referência do Centro de Cana IAC, em Ribeirão Preto, é pioneira no Brasil na detecção ultrassensível dessa bactéria em cana-de-açúcar. “Desenvolvemos essa tecnologia há cerca de uma década, quando percebemos que os materiais com intenção de plantio não apresentavam sanidade suficiente para entregar alta produtividade ao longo de ciclos de cultivo de uma variedade”, comentou Creste.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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