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Nova onda de calor preocupa produtores e Embrapa recomenda o sistema Lavoura-Pecuária-Floresta

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de perigo para cinco estados por causa de uma nova onda de calor, que deve elevar as temperaturas acima de 42 graus no Centro-Oeste, com ênfase em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

As previsões de temperaturas elevadas para o verão que se aproxima preocupa os produtores já quem podem resultar na perda de colheitas, degradar o solo e causar estresse térmico nos animais.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), alerta que o setor agropecuário brasileiro precisa se preocupar e recomenda que a melhor forma de mitigar os impactos no setor é a utilização do Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), o que também promove o aumento da produtividade.

Conforme a Embrapa, os benefícios ambientais do ILPF incluem a melhoria dos nutrientes no solo, o bem-estar dos animais e a preservação dos recursos naturais, além dos ganhos proporcionados pelo cultivo de alimentos saudáveis. Do ponto de vista econômico, essa técnica impulsiona a produção de grãos, fibras, carne e leite, gerando empregos diretos e indiretos e contribuindo para a renda dos produtores.

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No ILPF, ocorre a integração harmoniosa entre culturas agrícolas, pecuárias e florestais na mesma área, principalmente por meio de cultivos rotacionados. Os pecuaristas dividem a propriedade em várias partes menores, chamadas de “piquetes”, por meio de cercas, principalmente elétricas, permitindo que os bovinos alternem entre essas áreas.

Para garantir a eficácia dessa integração, segundo a Embrapa, é essencial que o produtor adote o plantio direto com milho e pasto simultâneos no início do período de chuvas. Após a colheita do milho, os animais são introduzidos, estabelecendo uma rotação contínua entre bovinos e culturas agrícolas, sempre aguardando a recuperação do pasto antes de retornar com os animais a determinada área.

A qualidade do cercamento é crucial nesse sistema, dividindo a propriedade em piquetes e mantendo os animais afastados durante o período de lavoura. Cercas elétricas são altamente recomendadas, pois reduzem os custos de manutenção e implantação, possibilitando um maior espaçamento entre os mourões e proporcionando uma excelente relação custo-benefício.

Ao investir em cercamento de qualidade para o ILPF, os produtores não apenas garantem a preservação dos recursos naturais, mas também contribuem para a mitigação das emissões de gases do efeito estufa, unindo o setor produtivo em benefício do agronegócio e do planeta.

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Com informações de O Presente Rural

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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