NOVA AURORA

AGRONEGÓCIO

Minas Gerais teve ano desafiador para o agronegócio, mas PIB cresceu 20%

Publicado em

O ano de 2023 representou um período desafiador para o agronegócio em Minas Gerais, marcado por diversos obstáculos que impactaram suas atividades. A queda nos preços das commodities e as condições climáticas adversas afetaram significativamente o setor, ainda que tenha mantido uma participação robusta, cerca de 20%, no Produto Interno Bruto (PIB) do estado.

Antônio de Salvo, presidente do Sistema Faemg/Senar, destacou a turbulência enfrentada pelo agronegócio mineiro ao longo do ano passado. A retração nos preços das commodities impactou a receita dos produtores, que enfrentaram altos custos de produção. Salvo mencionou que, embora tenham sido implementadas algumas estratégias de proteção de preços, estas não foram tão efetivas quanto o esperado.

Apesar das adversidades, o setor manteve um desempenho positivo, registrando uma safra recorde de grãos, que impulsionou a balança comercial e contribuiu para o crescimento do PIB de Minas Gerais e do Brasil.

Olhando para 2024, as projeções são cautelosas. O presidente ressalta a incerteza em traçar perspectivas, especialmente devido ao impacto do El Niño na produção agrícola e pecuária. As condições climáticas desafiadoras, com excesso de chuvas em certas regiões e escassez em outras, geram preocupações sobre o futuro das colheitas.

Leia Também:  Rio Grande do Sul divulga novo calendário da DAR

No que diz respeito à produção de grãos, Minas Gerais alcançou 18,70 milhões de toneladas na safra 2022/23, com destaque para a soja e o milho. Entretanto, a previsão para a próxima safra, 2023/24, sugere uma redução de 2,3%, estimando 17,81 milhões de toneladas.

Salvo ressaltou a diversidade do estado na agropecuária, com produção variada que inclui grãos, leite, café, mel, entre outros. Contudo, as incertezas climáticas trazem preocupações para as perspectivas futuras.

A produção de café, por exemplo, enfrentou oscilações devido ao clima e à variação de preços. Em 2023, Minas Gerais registrou uma produção de 28,3 milhões de sacas, um aumento de 28,8% em relação ao período anterior. Contudo, os preços do café caíram, impactando a rentabilidade dos produtores.

No cenário da pecuária leiteira, as importações expressivas do Uruguai e da Argentina impactaram negativamente o mercado, reduzindo substancialmente os preços pagos aos produtores. Essa situação tem gerado desistência de parte dos produtores, aumentando o risco de escassez no mercado e possíveis altas de preços para o consumidor final.

Leia Também:  Vazio sanitário do algodão começa neste domingo em Goiás

O presidente do Sistema Faemg/Senar alertou para os desafios futuros e ressaltou a importância de observar os desdobramentos das condições climáticas para compreender o impacto nas atividades agropecuárias.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

Published

on

By

Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

Leia Também:  Calor e chuva faz crescer ataques de lagartas em plantações de soja

Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA