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Milho e soja seguram superávit da balança comercial

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Apesar do aprofundamento do déficit nas vendas de não commodities, as exportações de milho e soja ajudaram a sustentar o superávit da balança comercial brasileira de janeiro a outubro  De janeiro a outubro, o superávit da balança comercial somou US$ 51,3 bilhões.

Os dados são do Indicador de Comércio Exterior (Icomex), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

No mesmo período do ano passado, o saldo do superávit chegou a US$ 58,5 bilhões. Essa redução reflete o aumento no déficit do saldo das não commodities, que passou de  US$ 89,7 bilhões de janeiro a outubro de 2021 para US$ 113,7 bilhões no mesmo período de 2022. O saldo comercial das commodities, no período, cresceu, passando de US$ 148,2 bilhões para US$ 165,1 bilhões.

No mês de outubro, a balança comercial teve um superávit de US$ 3,9 bilhões. As exportações cresceram 20,8% em valor, com aumento de 13,5% no volume e de 5,9% nos preços, repetindo o comportamento de setembro. As importações subiram 13,8% em valor, diante de uma alta de 8,8% nos preços e de 4,4% no volume.

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Segundo a FGV, a comparação interanual mensal, a variação dos preços e dos volumes das commodities (exportadas) superou o das não commodities. O volume exportado das não commodities foi superior ao das commodities entre março e agosto. A partir de setembro, contudo, o resultado se inverteu, com destaque para as vendas de milho, variação em valor de 440% e em volume de 300%, segundo principal produto exportado pelo setor de agropecuária com participação de 33%, após a soja em grão, com participação de 44%. 

Além da soja e do milho, de janeiro a outubro, a indústria aumentou em 13,2% o volume de importações de bens de capital e em 4,2% a de bens intermediários. No mesmo período, a agropecuária elevou suas compras de bens de capital em 58,9% em relação ao ano anterior, enquanto as compras em volume de bens intermediários caíram 5,1%, devido à redução nas compras de fertilizantes.

Entre os parceiros comerciais, o Brasil obteve um saldo de US$ 39 bilhões no comércio com a Ásia de janeiro a outubro, sendo que a China contribuiu com US$ 25,4 bilhões. Os US$ 13,6 bilhões restantes de superávit com os demais países asiáticos foi superior ao saldo do comércio com a América do Sul (US$ 11,7 bilhões) e com a União Europeia (US$ 6,3 bilhões).

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Os Estados Unidos, explicam o déficit de US$ 11,7 bilhões no comércio brasileiro com a América do Norte. O saldo com os Estados Unidos foi negativo em US$ 12,8 bilhões.

O segundo maior déficit por regiões blocos foi com a União Econômica Euroasiática (Rússia, Bielorrússia, Cazaquistão, Armênia e Quirguistão), de US$ 5,6 bilhões, diante de uma contribuição da Rússia de -US$ 5,1 bilhões.

Fonte: AgroPlus

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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