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Milho deve ter redução de área na próxima safra

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As projeções para a produção de milho segunda safra no Brasil durante 2023/24 permanecem pessimistas. A Agroconsult estima uma área plantada de 16,4 milhões de hectares, representando uma diminuição de 3,4% em comparação ao ciclo anterior, marcando a primeira redução de área desde 2017/18. Esses dados foram revelados durante um evento realizado em São Paulo (SP) nesta quarta-feira (22.11).

André Pessôa, CEO da Agroconsult, apontou que além do atraso no plantio da soja, afetando a janela ideal de semeadura, os preços baixos do cereal desestimularam os produtores nesta safra. “Se no ano passado os produtores que investiram no milho obtiveram uma margem de 30%, neste ano elas estão zeradas. Com isso, as áreas destinadas à segunda safra deverão ser redirecionadas para outras culturas, como pulses, gergelim e até mesmo plantas de cobertura”, enfatizou durante o evento.

Entretanto, Pessôa ressaltou que ainda há incertezas significativas em relação à decisão de plantio do milho de inverno. Em Mato Grosso, principal produtor nacional, apenas 47% dos defensivos foram adquiridos até o momento, muito abaixo dos 97% registrados no ano passado.

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“Este atraso na compra de insumos pode sinalizar duas possibilidades: um aumento na desistência em relação ao plantio de milho, ou muitos produtores ainda estão em processo de ajuste para definir o tipo de pacote tecnológico que irão utilizar”, explicou o executivo da Agroconsult.

De acordo com as estimativas da empresa, a produção de milho segunda safra no país deverá declinar em 7,6% neste ciclo, alcançando cerca de 100 milhões de toneladas.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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