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Mercado de café enfrenta volatilidade, mas exportações atingem R$ 51,7 bi

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O mercado de café vive um período de alta volatilidade, impulsionado por uma combinação de incertezas climáticas e financeiras. Mesmo com essa volatilidade em 2024, as exportações brasileiras do setor atingiram R$ 51,7 bilhões nos últimos 12 meses.

A produção mundial de café em 2024 alcançou 176,2 milhões de sacas, um aumento de 15,65% em comparação à safra global de 2015. Apesar desse crescimento, o cenário atual é marcado por incertezas que afetam diretamente as cotações das principais variedades de café, como o arábica e o robusta, nas bolsas internacionais.

O Brasil, maior produtor mundial de café, está enfrentando uma safra abaixo do esperado, o que contribui para a escassez global de oferta. Esse desequilíbrio favorece a elevação dos preços, com o robusta atingindo seu maior valor em 16 anos.

A produção vietnamita de robusta, segunda maior do mundo, também tem sido limitada, aumentando a pressão sobre os preços. Enquanto isso, o arábica, que representa a maior parte da produção global, também está altamente valorizado.

Além dos desafios climáticos, o cenário financeiro global adiciona mais um componente de incerteza ao mercado. Com a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos possa iniciar um ciclo de redução de juros em setembro, os mercados financeiros estão em alerta.

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O dólar tem se valorizado frente a moedas emergentes, impactando o valor recebido pelos produtores brasileiros. Esse movimento reflete uma mudança nos fluxos financeiros globais, influenciando diretamente as commodities, incluindo o café.

Apesar das adversidades, o agronegócio brasileiro continua a desempenhar um papel crucial na economia do país. De agosto de 2023 a julho de 2024, as exportações do setor somaram US$ 167,41 bilhões, um aumento de 3,2% em comparação ao período anterior. O café, como uma das principais commodities exportadas pelo Brasil, mantém sua importância na balança comercial, mesmo em meio a um cenário de volatilidade.

Em termos de participação, o café representou cerca de 7,6% do total das exportações do agronegócio brasileiro em 2023. Este percentual varia de acordo com a safra e as condições de mercado, mas o café está consistentemente entre os principais produtos exportados pelo Brasil, ao lado da soja, carnes e açúcar.

Em números absolutos, isso se traduz em mais de R$ 50 bilhões (em 2023 o Brasil exportou cerca de US$ 9,4 bilhões em café), o que corresponde aos 7,6% do total das exportações do agronegócio.

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A estabilidade na participação percentual das espécies Coffea arabica e Coffea canephora na produção global ao longo dos últimos dez anos destaca a resiliência da cafeicultura mundial.

Em 2024, a produção de arábica deve alcançar 99,9 milhões de sacas, representando 57% da safra total, enquanto a de canephora deve atingir 76,4 milhões de sacas, correspondendo a 43% do total.

Esses números refletem não apenas a evolução do setor, mas também os desafios enfrentados pelos produtores em um ambiente marcado por incertezas climáticas e financeiras.

O mercado de café, assim como outras commodities, permanece sensível a mudanças tanto na produção quanto nas condições econômicas globais, exigindo atenção redobrada dos produtores e investidores.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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