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Mercado de arroz enfrenta desafios de logística

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As negociações no mercado de arroz em casca do Rio Grande do Sul têm sido marcadas por lentidão, devido à disputa acirrada entre compradores e vendedores. Segundo pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os preços do produto com 58% de grãos inteiros estão acima de R$ 115 por saca de 50 kg em algumas regiões, o que pressiona as margens de lucro das unidades de beneficiamento e dificulta a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva.

Parte desse problema é atribuído à recente chegada do arroz tailandês ao Brasil, que tem levado algumas indústrias a focarem no beneficiamento desse produto. Do lado dos vendedores, há uma divisão: enquanto alguns restringem suas ofertas, outros optam por negociar no mercado à vista, buscando valores elevados.

A dependência do Brasil na produção de arroz no Rio Grande do Sul, responsável por 70% da oferta nacional, foi exposta de maneira crítica após as chuvas intensas e inundações que devastaram a região em maio deste ano. A tragédia climática revelou a fragilidade da infraestrutura logística e rodoviária brasileira, com estradas federais e estaduais mal mantidas e inadequadas para enfrentar as condições climáticas atuais.

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A situação demanda uma reflexão urgente sobre a diversificação da produção agrícola e a modernização da infraestrutura logística do país. Investimentos em novas tecnologias, manutenção e expansão da rede rodoviária e ferroviária, além da construção e modernização de portos, são essenciais para garantir a segurança alimentar e a eficiência econômica no Brasil.

Fonte: Pensar Agro

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Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

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Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

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Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

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A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

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