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Mercado de arroz enfrenta desafios de logística

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As negociações no mercado de arroz em casca do Rio Grande do Sul têm sido marcadas por lentidão, devido à disputa acirrada entre compradores e vendedores. Segundo pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os preços do produto com 58% de grãos inteiros estão acima de R$ 115 por saca de 50 kg em algumas regiões, o que pressiona as margens de lucro das unidades de beneficiamento e dificulta a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva.

Parte desse problema é atribuído à recente chegada do arroz tailandês ao Brasil, que tem levado algumas indústrias a focarem no beneficiamento desse produto. Do lado dos vendedores, há uma divisão: enquanto alguns restringem suas ofertas, outros optam por negociar no mercado à vista, buscando valores elevados.

A dependência do Brasil na produção de arroz no Rio Grande do Sul, responsável por 70% da oferta nacional, foi exposta de maneira crítica após as chuvas intensas e inundações que devastaram a região em maio deste ano. A tragédia climática revelou a fragilidade da infraestrutura logística e rodoviária brasileira, com estradas federais e estaduais mal mantidas e inadequadas para enfrentar as condições climáticas atuais.

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A situação demanda uma reflexão urgente sobre a diversificação da produção agrícola e a modernização da infraestrutura logística do país. Investimentos em novas tecnologias, manutenção e expansão da rede rodoviária e ferroviária, além da construção e modernização de portos, são essenciais para garantir a segurança alimentar e a eficiência econômica no Brasil.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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