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AGRONEGÓCIO

Ipea refaz as contas, prevê crescimento de 16,7% em 2023 e retração de 3,2% em 2024

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O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou suas projeções para o desempenho do setor agropecuário em 2024, revelando uma expectativa de retração de 3,2% no Valor Adicionado (VA) do agronegócio*. Essa revisão para baixo baseia-se, em grande parte, nos novos dados apresentados pelo Prognóstico de Safra do IBGE.

A análise aponta projeções desfavoráveis para a produção de várias culturas cruciais para a lavoura. Entre as cinco principais culturas, antecipa-se quedas de 9,5% na produção de milho, 5,4% na produção de cana-de-açúcar e 4,4% na produção de algodão. Por outro lado, é previsto um aumento de 0,6% na produção de soja e um incremento de 8,4% na produção de café.

A revisão para baixo contrasta com a revisão anterior do Ipea para o valor adicionado do setor agro brasileiro em 2023, a qual foi elevada de 15,5% para 16,7%. Essa revisão, por sua vez, foi justificada pelo desempenho positivo dos trimestres anteriores e expectativas otimistas para a produção de cana-de-açúcar e bovinos.

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Os resultados positivos da produção de soja e milho, com previsões de expansão de 26,9% e 18,9%, respectivamente, contribuíram significativamente para o desempenho do setor nos trimestres passados e devem continuar a impactar positivamente o último trimestre do ano.

Por outro lado, a previsão para a produção de trigo sofreu uma reversão significativa, indo de um crescimento esperado de 8,2% para uma queda de 11,3%.

Em relação à pecuária, todos os produtos apresentaram crescimento acumulado até o momento, especialmente a produção de bovinos, com um aumento de 10% de janeiro a setembro em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O desempenho dessas duas culturas foi determinante para o sólido desempenho do setor nos primeiros semestres do ano.

Quanto às culturas cuja colheita é predominantemente no final do ano, destaca-se a cana-de-açúcar, cuja estimativa de produção foi revisada de um crescimento esperado de 8,6% para uma projeção de crescimento de 13,5%. As taxas de crescimento interanuais do primeiro e segundo trimestres também foram revisadas para 22,9% e 20,9%, respectivamente.

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* O Valor Adicionado do agronegócio refere-se à contribuição específica desse setor para a economia, considerando todas as etapas da produção agrícola, desde o cultivo até a distribuição e comercialização dos produtos. Ele é calculado levando em conta a diferença entre o valor total da produção agrícola (incluindo culturas, criação de animais, agroindústria, serviços relacionados, entre outros) e o valor dos insumos utilizados ao longo desses processos produtivos (como sementes, fertilizantes, máquinas, entre outros).

O Valor Adicionado do agronegócio é um indicador crucial para compreender a contribuição específica desse setor para o Produto Interno Bruto (PIB). Ele engloba não apenas a produção agrícola primária, mas também todos os serviços e atividades econômicas relacionados ao ciclo produtivo, como transporte, armazenamento, processamento industrial, distribuição e comercialização de produtos agrícolas.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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