NOVA AURORA

AGRONEGÓCIO

Governo prepara Plano de Transição Ecológica e quer impulsionar a economia com ações sustentáveis

Publicado em

O Governo Federal deve lançar até setembro um Plano de Transição Ecológica, com foco no agronegócio. Pelo menos 12 propostas estão sendo analisadas para o campo, buscando incentivar práticas sustentáveis e reduzir impactos ambientais no setor.

O objetivo, segundo o governo, é  impulsionar a economia com ações sustentáveis, divididas em seis eixos, entre eles incentivos para o mercado de crédito de carbono, produção de painéis solares e ampliação da participação de produtos da floresta nas exportações etc.

Dentre as ações prioritárias que estão sendo consideradas, destaca-se o aumento do limite de crédito rural para agricultores que possuem seguro rural, o que proporcionaria maior segurança financeira e apoio em casos de adversidades climáticas ou problemas na produção.

Outra iniciativa em destaque é a implementação de um selo ambiental para produtos alimentícios. Essa certificação visaria atestar a procedência e o manejo sustentável desses produtos, permitindo que os consumidores façam escolhas mais conscientes e valorizando os produtores comprometidos com práticas ecologicamente responsáveis.

Além disso, o plano também abrange a criação de um marco regulatório para a produção e utilização de bioinsumos. Esse aspecto ganha relevância, pois os bioinsumos são alternativas mais sustentáveis e amigáveis ao meio ambiente, em contraste com os insumos convencionais, muitas vezes associados a impactos negativos no ecossistema.

As propostas para o agronegócio contemplam também ações de capacitação no campo, buscando disseminar boas práticas de produção, além de medidas de combate ao desmatamento, um dos grandes desafios ambientais enfrentados no país.

Algumas dessas medidas já estão em andamento, como a “fusão” do Plano Safra com o Plano ABC+, agora denominado de RenovAgro, que oferece linhas de crédito para a agricultura de baixa emissão de carbono. Essa iniciativa foi anunciada no lançamento das linhas de crédito para a agricultura empresarial em junho deste ano, evidenciando o compromisso do governo com a adoção de práticas mais sustentáveis no setor agropecuário.

Leia Também:  Minas Gerais inicia projeto piloto de compensação de crédito de carbono

Outra sugestão importante é conceder crédito para a conversão de pastagens degradadas, mas vinculado à recuperação dessas áreas e à implementação de medidas de manejo sustentável. Dessa forma, busca-se promover a revitalização de pastagens e a adoção de práticas de pecuária mais eficientes e menos impactantes.

Recursos externos – Esses temas têm feito parte das discussões do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Um dos focos dele é buscar recursos internacionais, em parcerias com países como Japão e Arábia Saudita, para financiar a conversão das pastagens degradadas. A Pasta mantém diálogo também com tradings e multinacionais na mesma linha.

O grupo de apoio à elaboração do plano discute a ampliação do alcance da Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais e a requalificação de agentes que fazem assistência técnica e extensão rural. A intenção é melhorar o atendimento de setores que serão impulsionados com a transição para uma economia de baixo carbono. Cogita-se também o uso de recursos dos Fundos Constitucionais para apoiar a capacitação técnica, com a possibilidade de direcionar investimentos para entidades como o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

Selo ambiental para alimentos – Uma das propostas sugere a criação de um selo ambiental para produtos alimentícios. A ideia é, a médio prazo, criar estratégias educacionais de crianças para consumo dos alimentos com o selo e indicadores de impacto ambiental para tais produtos.

Na lista das boas práticas agrícolas, a proposta do grupo inclui a elaboração de agenda comum para incorporar técnicas de baixa emissão de carbono no contexto da implementação da Política Nacional de Irrigação. Outro marco regulatório demandado é a criação de normas para a produção de bioinsumos nas próprias fazendas (“on-farm”).

Leia Também:  Condições climáticas adversas devem causar perdas entre 20% e 40%

Também há indicação para desenvolver a produção agrícola em áreas urbanas em parceria com as principais metrópoles do país. A intenção é promover o cultivo de alimentos orgânicos, com logística facilitada, e a geração de “empregos verdes”.

Mudança nos impostos – Outra proposta em discussão envolve os tributos pagos pelos produtores. A sugestão é passar aos municípios a arrecadação e a gestão do Imposto Territorial Rural (ITR) e das Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) de Uso do Solo.

As sugestões também miram a redução do desmatamento atrelado à produção de alimentos. A proposta é estabelecer um sistema de rastreabilidade para o gado, como forma de impedir a comercialização de animais oriundos de terras desmatadas. Medidas parecidas, como o protocolo anunciado recentemente pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), têm sido criticadas por integrantes do setor produtivo.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considera o conjunto de medidas para tornar a economia mais verde uma das potenciais marcas da terceira gestão do presidente Lula.

Como informou o Valor, o Plano de Transição Ecológica vai se basear em seis grandes eixos (finanças sustentáveis, adensamento tecnológico do setor produtivo, bioeconomia, transição energética, economia circular e nova infraestrutura e serviços públicos para adaptação ao clima) e pode ter mais de cem ações ao todo.

Fontes que acompanham as discussões dizem que as propostas para o agro estão em linha com o que o governo quer anunciar, mas não garantem que elas estarão no documento final.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Maior feira do Centro-Oeste promete movimentar R$ 10 bilhões

Published

on

By

Com a expectativa de atrair cerca de 150 mil visitantes e movimentar R$ 10 bilhões, começa nesta segunda-feira (07) em Rio Verde (GO), a 22ª edição da Tecnoshow Comigo, uma das maiores feiras de tecnologia agropecuária do Brasil.

A feira contará com a participação de 690 expositores, que irão apresentar mais de 3 mil máquinas e equipamentos agrícolas, além de oferecer mais de 300 horas de palestras com especialistas renomados, como Fernando Beltrame, Thiago Bernardino, Paulo Arbex, Aldo Rebelo e José Luiz Tejon.

O tema deste ano será “Gerações do Agro”, que abordará não apenas inovações tecnológicas e práticas agrícolas, mas também questões importantes como a sucessão familiar nas propriedades rurais.

Para esse ano, a Tecnoshow Comigo planeja promover uma feira mais sustentável, com o objetivo de zerar suas emissões de carbono, implementando ações como a distribuição de mudas nativas e a reciclagem de resíduos gerados no evento.

Além das inovações tecnológicas e das palestras, a feira gera cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos, desde a montagem dos estandes até os serviços prestados durante os cinco dias de evento.

Leia Também:  Minas Gerais inicia projeto piloto de compensação de crédito de carbono

A infraestrutura da feira foi ampliada para atender à grande demanda de visitantes. A área de exposição de maquinários agrícolas foi expandida em 2 mil m², assim como a pavimentação das ruas da feira, que somam agora 281 mil m² de área gramada e 45 mil m² pavimentados.

Para maior conforto do público, os banheiros femininos foram climatizados e novos banheiros foram construídos. A área de alimentação será um dos destaques, com três restaurantes, sendo dois gerenciados por fornecedores da região de Rio Verde, além de lanchonetes, quiosques e food trucks, que deverão atender entre 7.500 e 9.000 pessoas diariamente.

Nos cinco dias de evento, a Tecnoshow Comigo oferecerá uma programação de mais de 100 palestras, distribuídas em três auditórios, com a participação de grandes nomes do setor agropecuário. Dentre os temas, destacam-se “Plantio Inteligente”, “A Geopolítica da Agropecuária Brasileira” e “Caminhos da Sucessão: Como Preparar a Próxima Geração para a Continuidade?”. Palestras sobre agricultura, pecuária, meteorologia agrícola e gestão de propriedades também fazem parte da programação, que visa capacitar os produtores rurais a tomar decisões mais assertivas para o sucesso de suas atividades.

Leia Também:  Aprosoja faz balanço pessimista da próxima safra nacional de soja

As dinâmicas de pecuária também prometem atrair a atenção do público, com demonstrações práticas sobre o manejo racional de bovinos, técnicas de silagem e comportamentos animais, além de uma oficina de casqueamento de equinos. Uma das novidades deste ano será um concurso de cutelaria, no qual os participantes poderão mostrar suas habilidades na forja de facas.

A Tecnoshow Comigo, além de se consolidar como um importante evento para o agronegócio brasileiro, também se destaca pelo seu compromisso com a sustentabilidade e inovação, atraindo produtores de todo o país e do exterior, reafirmando a importância da feira para o desenvolvimento do setor agropecuário.

Serviço:

  • Data: 7 a 11 de abril de 2025
    Local: Centro Tecnológico COMIGO (CTC), Rio Verde, GO
    Horário: 8h às 18h
    Entrada: Gratuita
    Mais informações: www.tecnoshowcomigo.com.br

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA