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Governo mineiro investe na agricultura para ajudar atingidos pela barragem de Brumadinho

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O governo de Minas Gerais está investindo na agricultura para ajudar atingidos pela barragem de Brumadinho (60 km da capital Belo Horizonte). De cada dez habitantes da cidade atingidos pelo rompimento das barragens da Vale S.A, em 2019, quatro são produtores rurais.

As ações incluem entrega de maquinário, distribuição de kits-feira, manutenção de estradas rurais, regularização de propriedade, apoio aos agricultores, entre outras

Como uma das áreas prioritárias, a agricultura e as atividades rurais recebem ações específicas para minimizar os prejuízos causados. Em 2023, essas medidas incluíram a entrega de equipamentos, trabalhos de regularização de propriedade, cursos de capacitação e atendimento individual aos agricultores de Brumadinho.

Além disso, projetos como distribuição de kits-feira e capacitações, manutenção de estradas rurais e investimentos em equipamentos para secretarias de agricultura estão em pleno andamento. Essas iniciativas buscam não apenas reparar danos, mas também fortalecer a atividade econômica, melhorar a qualidade de vida e apoiar os pequenos agricultores.

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Com investimentos aproximados de R$ 113 milhões, provenientes do Acordo de Reparação ao rompimento, o programa se destaca como um esforço conjunto para enfrentar os desafios pós-tragédia. As diversas ações visam impulsionar não apenas a recuperação, mas também a sustentabilidade e a resiliência das comunidades afetadas.

A distribuição de kits-feira e capacitações já beneficiou 23 municípios, com a entrega de 86 kits e a formação de 547 feirantes. Já a recuperação de estradas rurais abrangeu 25 municípios, com a entrega de 75 máquinas e cursos de capacitação para 332 operadores municipais.

Esmeraldas, um dos municípios atingidos, fortaleceu sua Secretaria de Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável com a aquisição de 12 novas máquinas, impulsionando a mobilidade, a gestão ambiental e o desenvolvimento local.

O projeto de regularização fundiária visa garantir segurança jurídica aos imóveis e facilitar o acesso dos agricultores familiares a políticas públicas. Audiências públicas foram realizadas em 2023, mobilizando posseiros em municípios como Caetanópolis, Paineiras, São Gonçalo do Abaeté e Fortuna de Minas.

O Fomento Agro em Brumadinho, que conta com a participação de 192 produtores rurais, apresenta resultados como a instalação de 41 usinas fotovoltaicas, promovendo sustentabilidade ambiental e impulsionando o crescimento econômico na comunidade rural.

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Fonte: Pensar Agro

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Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

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Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

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Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

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A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

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