11 de Abril de 2025
    NOVA AURORA

    AGRONEGÓCIO

    Governador destaca potencial do Paraná na produção de alimentos nos 50 anos da Cargill

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    Empresa teve a primeira fábrica no País instalada em Ponta Grossa. Durante o evento, também foi inaugurada a unidade cogeradora de energia que abastecerá 80% da planta

    O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou nesta quinta-feira (23) do aniversário de 50 anos da inauguração da fábrica da Cargill no Paraná, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Foi a primeira unidade da multinacional norte-americana instalada no Brasil, em 1973.

    Ele destacou a importância da empresa para o setor agropecuário, unindo alto padrão de produção e sustentabilidade. Durante o evento, a empresa inaugurou uma unidade cogeradora de energia, com investimento de R$ 35 milhões.

    Ratinho Junior afirmou que o Brasil, e em especial o Paraná, tem grande potencial para suprir a necessidade de produção de alimentos para garantir a segurança alimentar nos próximos anos. “O mundo precisa produzir 20% a mais de alimentos nos próximos dez anos para alimentar o crescimento populacional. Disso, 80% serão produzidos na América Latina e 70% devem ser produzidos no Brasil”, afirmou o governador.

    “O potencial do Paraná e a expertise de empresas como a Cargill garantem um futuro promissor, de geração de empregos, renda e segurança alimentar para a nossa população”, completou.

    Ele também elogiou a nova estrutura sustentável da fábrica. “Somos o estado mais sustentável do Brasil, eleito duas vezes pelo Ranking de Competitividade dos Estados e sendo referência para o mundo em sustentabilidade, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), porque temos iniciativas públicas e privadas alinhadas pela preservação da natureza”, disse.

    O presidente da Cargill no Brasil, Paulo Sousa, falou sobre a importância da parceria com o governo estadual. “O Governo do Paraná tem sido um grande parceiro. O Estado tem ótimos atrativos para as empresas investirem e vontade de fazer as coisas acontecerem, o que é muito importante para o setor produtivo”, afirmou.

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    Ele também afirmou que a unidade cogestora, inaugurada nesta quinta, deve fornecer 80% da energia consumida pela planta. Ela reúne sistema de tratamento de água, modificações na caldeira da planta, nas tubulações de vapor da fábrica e nos sistemas elétricos, além da instalação de um turbogerador a vapor.

    “Isso agrega eficiência e sustentabilidade. Nós usávamos a rede pública de energia, mas agora, com a cogeração, aproveitamos o vapor da nossa caldeira, que vem da biomassa, para produzir energia para as operações térmicas da fábrica”, explicou.

    CARGILL – A planta da Cargill em Ponta Grossa tem capacidade de processamento de 750 mil toneladas de soja por ano — cerca de 2 mil toneladas/dia. E o objetivo é continuar avançando. “Esse ano estamos sendo abençoados por uma safra recorde, com grande produção, rendimentos excelentes no campo, o que acaba convertendo em mais renda para o agricultor e mais dinheiro na rua, beneficiando toda a sociedade”, salienta o presidente da Cargill.

    O otimismo não é à toa. De acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, a expectativa da primeira safra 2022/2023 no Estado é de produção de 20,89 milhões de toneladas de soja, volume que, se confirmado, será o maior da história do Paraná.

    A empresa surgiu nos Estados Unidos em meados de 1860 e teve sua primeira instalação na América do Sul em Buenos Aires, na Argentina. Com sua expansão durante os anos, a linha de produtos foi diversificada, indo desde produtos alimentícios e agrícolas, até financeiros e industriais para todo o mundo. Hoje são mais de 150 mil funcionários em todo o mundo, com a empresa presente em 70 países e marcas como Liza, Tarantella, Elefante e Pomarola.

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    A fábrica da Cargill de Ponta Grossa conta com 200 funcionários. Somente no Paraná, são mais de 1,2 mil colaboradores diretos e cerca de 15 mil indiretos. “Ponta Grossa foi a nossa primeira fábrica de processamento de soja no Brasil. Hoje somos o segundo maior processador do País e tudo começou aqui, isso sem contar a nossa história com Paranaguá, também de mais de 50 anos”, destacou Souza.

    A prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt, comentou sobre a importância da Cargill no processo de industrialização local. “Nossa cidade teve dois períodos: antes e depois da industrialização, com a Cargill sendo pioneira, abrindo caminhos para outras indústrias chegarem à cidade. Hoje podemos dizer que o nosso setor produtivo é rico graças a essa sementinha plantada pela empresa há 50 anos”, afirmou.

    A empresa tem operações ainda em outros sete municípios paranaenses: Paranaguá, com o Terminal Portuário; Castro, com a planta de moagem de milho por via úmida; Toledo e Quatro Pontes, estas duas com unidades industriais de nutrição animal; além de operações em Cascavel, Maringá e Pato Branco.

    PRESENÇAS – Participaram do evento o secretário estadual de Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros; o secretário de Inovação, Modernização e Transformação Digital, Marcelo Rangel; o presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; os deputados federais Sandro Alex e Tião Medeiros; o secretário de Indústria, Comércio e Qualificação de Ponta Grossa, Paulo Barbosa Pinto; o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Ponta Grossa, Bruno Cesar Costa Pinto; e o reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Miguel Sanches Neto. Pela Cargill, participaram o líder de Operações da América Latina, Yuji Nagata, e o superintendente da planta de Ponta Grossa, João Júnior.

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    AGRONEGÓCIO

    Porto Nacional lidera exportações e movimenta R$ 197 milhões

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    Porto Nacional, no Tocantins, começou 2025 reafirmando seu protagonismo no comércio exterior. Nos dois primeiros meses do ano, o município somou cerca de R$ 197 milhões em exportações, segundo dados da plataforma Comex Stat, do governo federal. Esse desempenho coloca a cidade na liderança entre os municípios tocantinenses que mais venderam para fora do país. Em segundo lugar aparece Almas, com aproximadamente R$ 181 milhões.

    Grande parte desse montante veio da força do agronegócio local. O destaque ficou por conta da exportação de subprodutos da soja: as tortas e resíduos sólidos resultantes da extração de óleo, que renderam R$ 109 milhões com o envio de 47,8 mil toneladas. Já a soja in natura gerou aproximadamente R$ 67 milhões em vendas externas, com um volume de 18,7 mil toneladas embarcadas. Legumes de vagem também contribuíram significativamente, com R$ 19 milhões gerados pela exportação de 3,73 mil toneladas. O milho teve participação menor, respondendo por menos de 1% do total exportado no período.

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    Para o secretário municipal de Agricultura e Pecuária, Fernando Wild, os números confirmam o bom momento do campo portuense. “A força do agro em Porto Nacional está consolidada. Trabalhamos intensamente para melhorar a infraestrutura rural, com ações como a manutenção de estradas, construção de pontes e apoio logístico. Ao mesmo tempo, apoiamos os pequenos produtores com assistência técnica, insumos, melhorias nas feiras e incentivo à comercialização. O resultado está aí, com recordes atrás de recordes”, afirmou o secretário.

    Ao todo, 13 países compraram produtos portuenses neste início de ano. A Itália liderou a lista dos compradores, com importações no valor de aproximadamente R$ 45,6 milhões, seguida de perto pela China (R$ 43,6 milhões) e pela Eslovênia (R$ 37,3 milhões). Outros destinos importantes foram Paquistão, Índia, Alemanha, França e Marrocos. As vendas também chegaram a mercados menores, como Argélia, Egito, Tailândia, Paraguai e até os Estados Unidos, ainda que com volumes simbólicos.

    A expectativa para o restante de 2025 é de crescimento ainda mais expressivo. Segundo projeções da Secretaria, há centenas de milhares de toneladas de soja prontas para embarcar nos próximos meses, principalmente com destino à China, principal parceira comercial do município. Só nos últimos três anos, Porto Nacional exportou 2,3 milhões de toneladas da oleaginosa, gerando quase R$ 708 milhões em receita (considerando o dólar a R$ 5,90).

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    Com base nos atuais indicadores e no potencial de escoamento da safra, o município se posiciona como um verdadeiro polo do agronegócio tocantinense, com perspectivas animadoras para o restante do ano.

    Fonte: Pensar Agro

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