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Golpe bilionário: produtores precisam se precaver contra golpes ao vender a safra

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A venda de produtos agrícolas exige atenção redobrada para evitar golpes e fraudes que podem comprometer o trabalho de uma safra inteira. Recentemente, uma operação policial em Rio Verde, Goiás, revelou um esquema criminoso que prejudicou produtores de grãos e evidenciou as vulnerabilidades no setor. Numa das regiões mais ricas do país, empresas de fachada compravam milho, soja e algodão – e não pagavam os produtores rurais. Segundo a polícia, entre  2021 e 2024 as empresas fizeram movimentações suspeitas de aproximadamente 1 bilhão e 200 milhões de reais. As investigações apontam que o valor do prejuízo sonegado, no entanto, é bem maior: R$ 19 bilhões.

Este caso serve de alerta para os agricultores adotarem medidas preventivas e protegerem seus negócios. Um dos principais métodos utilizados pelos criminosos envolve a criação de empresas de fachada e a emissão de notas fiscais falsas. Essas práticas permitem que grupos fraudulentos realizem compras de grandes volumes de grãos, como soja, milho e algodão, sem honrar os pagamentos. Em muitos casos, não entregam as cargas adquiridas ou o fazem de forma incompleta, gerando prejuízos significativos para os produtores.

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Os recursos obtidos de forma ilícita são ocultados por meio de transferências para contas de empresas fantasmas, dificultando o rastreamento do dinheiro. A lavagem de dinheiro também envolve movimentações financeiras complexas, com participação de familiares e sócios dos envolvidos, ampliando o impacto negativo no setor.

Fraudes como essa não afetam apenas os produtores diretamente lesados. Elas também prejudicam a arrecadação fiscal e comprometem a economia de regiões inteiras. O Estado de Goiás, por exemplo, sofreu com a sonegação de impostos, o que impacta a capacidade de investimento em infraestrutura e serviços essenciais.

Medidas de Prevenção – Para evitar ser vítima de golpes, os produtores devem adotar práticas de segurança nas negociações. Confira algumas orientações:

  • Verificação de Credibilidade: Antes de fechar qualquer contrato, pesquise sobre a empresa compradora. Consulte registros, histórico de operações e avaliações de outros produtores.
  • Análise de Documentação: Certifique-se de que as notas fiscais e demais documentos são autênticos e estão em conformidade com a legislação vigente.
  • Contratos Formais: Estabeleça contratos claros e detalhados, especificando condições de pagamento, entrega e eventuais penalidades em caso de descumprimento.
  • Uso de Plataformas Seguras: Utilize sistemas de comercialização reconhecidos e confiáveis, que ofereçam suporte e segurança nas transações.
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Caso o produtor suspeite de irregularidades, é fundamental acionar as autoridades competentes. Denúncias auxiliam na investigação e no combate a grupos criminosos, protegendo não apenas o agricultor, mas todo o setor.

O agronegócio é uma das bases da economia brasileira e precisa estar protegido contra fraudes e esquemas que possam comprometer sua estabilidade. Com informação, planejamento e prevenção, os produtores podem reduzir os riscos de prejuízos e assegurar o retorno justo pelo seu trabalho. Proteger o campo é proteger o futuro do Brasil.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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