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Goiás se destaca com nova fábrica de biocombustíveis da Raízen

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O estado de Goiás se consolida como um importante polo de desenvolvimento do agronegócio com o anúncio da nova unidade da Raízen, uma das maiores empresas do setor sucroenergético e de biocombustíveis do Brasil.

A empresa escolheu a cidade de Jataí para abrigar sua primeira planta de etanol de segunda geração (E2G) fora do estado de São Paulo, um investimento estimado em R$ 1,2 bilhão. A previsão é que a nova unidade comece a operar em 2028, trazendo um impacto significativo para a economia local, com a geração de centenas de empregos diretos e cerca de mil postos de trabalho indiretos durante a construção.

A nova planta de etanol celulósico da Raízen utilizará palha e bagaço de cana-de-açúcar como matéria-prima, reafirmando o compromisso da empresa com a produção sustentável e com a inovação no setor energético. Goiás tem se destacado como um estado estratégico para o agronegócio, e a escolha de Jataí para abrigar esse projeto reforça o potencial da região em atrair grandes investimentos e estimular o crescimento do setor industrial ligado à agricultura.

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Esse desenvolvimento é parte do plano de expansão da Raízen, que prevê a construção de nove plantas de E2G em todo o Brasil, com capacidade de produção combinada de 82 milhões de litros por ano. O mercado externo, especialmente a Europa, é o principal destino para o etanol de segunda geração, um biocombustível de baixa emissão de carbono que tem ganhado destaque em países comprometidos com metas ambientais mais rígidas.

A nova unidade em Goiás se juntará às outras usinas de E2G da Raízen já em operação em São Paulo, incluindo as plantas de Piracicaba e Guariba. Além disso, duas novas unidades estão em construção nas cidades de Barra Bonita e Valparaíso, com previsão de início das operações em 2025. A escolha de Goiás para expandir sua produção demonstra a confiança da Raízen na capacidade produtiva do estado e na relevância do agronegócio goiano no cenário nacional e internacional.

O etanol de segunda geração, também chamado de bioetanol ou etanol celulósico, é considerado um dos combustíveis mais sustentáveis do mundo. Ele é produzido a partir de resíduos da cana-de-açúcar, como a palha e o bagaço, e tem um impacto ambiental muito menor em comparação com combustíveis fósseis. A Raízen aposta nessa tecnologia para atender à crescente demanda global por energias renováveis e contribuir com soluções que minimizem as emissões de gases de efeito estufa.

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Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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