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Fabricantes de defensivos investem em aplicativo para proteger abelhas

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Fabricantes de defensivos agrícolas estão investindo na produção de um aplicativo, intitulado Colmeia Viva, que permite que os produtores rurais comuniquem antecipadamente a aplicação de defensivos nas lavouras, ajudando os criadores de abelhas a proteger seus apiários.

O objetivo é proteger as abelhas, essenciais para a polinização e a produção agrícola. Estudos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), mostram que as abelhas são responsáveis pela polinização de 70% das culturas agrícolas, o que torna a preservação desses insetos crucial para garantir a produtividade e qualidade dos alimentos.

O uso inadequado de pesticidas pode causar a morte em massa de abelhas, comprometendo tanto a produção de mel quanto a própria agricultura. Com o Colmeia Viva os agricultores podem notificar apicultores próximos sobre a pulverização de defensivos, permitindo que medidas preventivas sejam tomadas.

O aplicativo identifica apiários localizados em um raio de 6 km das plantações e notifica os usuários, facilitando a comunicação entre eles por meio de um chat integrado. Essa interação direta possibilita que os apicultores movam ou protejam suas colmeias durante as operações agrícolas, reduzindo o risco de intoxicação das abelhas

Além de funcionar como uma ferramenta de comunicação, o Colmeia Viva também oferece suporte técnico tanto para agricultores quanto para apicultores. Dentro do aplicativo, há um canal de atendimento dedicado a esclarecer dúvidas e compartilhar boas práticas, com o objetivo de prevenir e mitigar a mortalidade das abelhas. Este serviço atende não apenas os agricultores e criadores de abelhas, mas também aplicadores de defensivos, distribuidores, revendedores e equipes de vendas das empresas do setor.

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Para os agricultores, o aplicativo oferece assistência em situações como incidentes envolvendo abelhas e a aplicação de defensivos agrícolas, localização de colmeias não identificadas nas propriedades e orientações sobre práticas amigáveis às abelhas. Essas práticas incluem técnicas que incentivam a visitação de abelhas nas culturas, a escolha de locais seguros para instalar apiários e a comunicação eficaz com apicultores.

Por outro lado, os apicultores podem contar com o suporte do Colmeia Viva para entender as causas da mortalidade de abelhas, receber orientações sobre a proteção de seus apiários, obter o protocolo de análise de resíduos em abelhas e aprender sobre o manejo apícola e fontes de alimentação adequadas. O aplicativo também auxilia na formalização de pasto apícola e na comunicação com os agricultores, garantindo que ambos os lados possam colaborar para a proteção das abelhas.

As empresas de defensivos agrícolas também se beneficiam do aplicativo ao poderem encaminhar dúvidas e casos de seus clientes para o suporte especializado, além de aprenderem mais sobre práticas seguras de aplicação de defensivos.

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O Colmeia Viva, que pode ser baixado em dispositivos móveis, se torna uma ferramenta essencial para a preservação das abelhas, ao mesmo tempo em que apoia a agricultura sustentável. Com um canal de atendimento disponível em todo o Brasil através de uma linha telefônica gratuita, o programa se posiciona como um recurso vital para proteger as abelhas e, por extensão, a própria segurança alimentar e a preservação do meio ambiente.

A mortalidade de abelhas, se não for controlada, pode ter um impacto devastador não só na produção de mel e seus derivados, mas também em todo o ecossistema agrícola. O Colmeia Viva, ao conectar apicultores e agricultores, promove uma agricultura mais consciente e responsável, que reconhece o papel crucial das abelhas na polinização das plantas e na manutenção das florestas nativas.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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