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AGRONEGÓCIO

Exportações do agro cresceram no 1º trimestre, mas vendas preocupam

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O agronegócio brasileiro começou 2025 com desempenho positivo nas exportações, apesar de alguns sinais de alerta. No primeiro trimestre do ano, as vendas do setor para o exterior cresceram 4,6% em relação ao mesmo período de 2024. No total, o Brasil exportou o equivalente a R$ 323 bilhões e importou cerca de R$ 293,2 bilhões, resultando num superávit — ou seja, mais exportações do que importações — de R$ 29,7 bilhões.

Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (04.04) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o bom resultado foi puxado por produtos como o café, que teve um aumento impressionante de quase 70% nas vendas internacionais, e pela força da indústria de transformação, que engloba alimentos processados, carnes, celulose, entre outros.

No entanto, a soja, que é a principal commodity agrícola brasileira, registrou uma queda de 10,4% nas exportações nesse início de ano. O motivo? A redução na demanda da China, principal compradora do grão. As exportações brasileiras para o gigante asiático caíram 13,2% entre janeiro e março, o que acende um sinal de alerta para os produtores rurais que dependem desse mercado.

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Apesar disso, o resultado geral do trimestre foi considerado bom. A indústria de transformação, que inclui também produtos do agro com valor agregado, cresceu 5,6% nas exportações. Já a indústria extrativa, como minério de ferro e petróleo, teve um tombo de 16,7%, o que não impacta diretamente o produtor rural, mas influencia a balança comercial como um todo.

Nas importações, o destaque foi a compra de máquinas e equipamentos — os chamados bens de capital. Só uma plataforma de petróleo comprada da China em fevereiro custou cerca de R$ 15,8 bilhões (US$ 2,7 bilhões), o que puxou o número total de importações para cima, com um aumento de 13,7% no trimestre.

O que isso significa para o agro – Mesmo com a queda nas vendas de soja para a China, o agro brasileiro segue mostrando força. A alta nas exportações de café e o crescimento da indústria de transformação mostram que o setor está diversificando seus mercados e agregando valor aos produtos.

No entanto, a dependência do mercado chinês continua sendo um fator de risco, especialmente para as grandes cadeias produtivas como a soja. Produtores devem ficar atentos às movimentações do comércio internacional, buscar novas oportunidades de mercado e, sempre que possível, investir em qualidade e processamento para aumentar o valor dos seus produtos.

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Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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