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El Niño e o impacto no crédito rural: o que os produtores precisam saber

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As fortes chuvas provocadas pelo El Niño trouxeram prejuízos para os produtores rurais, especialmente aqueles que cultivam soja e outras culturas. Essa situação gera preocupação entre os agricultores, que podem enfrentar dificuldades para cumprir seus compromissos financeiros, principalmente os relacionados aos créditos rurais.

Para lidar com essa situação, é importante que os produtores saibam que o crédito rural possui regras específicas para renegociação, com encargos diferenciados. Buscar orientação especializada pode ser fundamental nesse processo.

O Manual de Crédito Rural (MCR) do Banco do Brasil, por exemplo, permite a prorrogação do débito em casos de dificuldades temporárias, como perdas na safra devido a fenômenos climáticos. No entanto, é necessário comprovar a necessidade da prorrogação e demonstrar interesse em renegociar a dívida.

As instituições financeiras em geral são obrigadas a seguir as normas do MCR. Se o pedido de prorrogação for negado sem justificativa adequada, o produtor pode buscar seus direitos na justiça.

É importante ressaltar que a contratação de cédula bancária para pagar saldos devedores de empréstimos rurais com encargos diferentes pode ser considerada um desvio de finalidade. Nesses casos, o produtor prejudicado tem direito aos encargos previstos na legislação especial do crédito rural.

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Se um produtor já renegociou dívidas rurais com cédula de crédito bancária e perceber que houve desvio de finalidade por parte da instituição financeira, é possível buscar a revisão do contrato.

Dicas Importantes para a Renegociação:

  1. Procure orientação especializada: Profissionais com experiência em crédito rural podem ajudar o produtor a entender seus direitos e opções na renegociação das dívidas.
  2. Documente todas as perdas: Ter documentos que comprovem as perdas na produção causadas pelas chuvas do El Niño é fundamental.
  3. Negocie diretamente com a instituição financeira: Tentar um acordo diretamente com a instituição bancária é o primeiro passo para a renegociação.
  4. Busque seus direitos: Caso a instituição financeira se recuse a renegociar ou pratique desvio de finalidade, o produtor pode buscar seus direitos na justiça.

Fonte: Pensar Agro

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Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

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Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

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Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

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A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

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