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Efeitos do El Niño: seca extrema já atinge meio milhão de amazonenses

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A severa estiagem que assola a região da Amazônia está impactando aproximadamente 500 mil pessoas e causando uma tragédia humana e ambiental na região amazônica e com desdobramentos para o clima de outras partes do país.

De acordo com informações do Ministério da Integração Nacional 55 municípios no Amazonas já declararam estado de emergência devido à situação, enquanto outros três também planejam fazê-lo em breve.

A seca severa já fez o nível dos principais rios do Sul do Amazonas ficar abaixo da média histórica para esta época do ano, o período de estiagem. Um período naturalmente difícil se tornou dramático, com comunidades sem água e isoladas, pois a navegação se tornou difícil ou impossível em vários pontos de rios importantes, como Madeira, Juruá e Purus.

As populações desses municípios devem se qualificar para receber adiantamentos do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Após uma reunião com ministros para discutir o assunto, o vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou a realização de duas obras de dragagem. A primeira será no Rio Solimões, com um custo total de R$ 38 milhões, com a ordem de serviço a ser emitida em breve e um prazo de conclusão de 30 dias.

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A segunda obra ocorrerá no Rio Madeira, com um orçamento estimado em R$ 100 milhões. A ordem de serviço para esta obra será dada em 15 dias, com previsão de conclusão em 45 dias, segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

Alckmin também anunciou a liberação do auxílio-defeso para pescadores e medidas de “apoio à agricultura familiar” por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), embora os detalhes dessas medidas não tenham sido divulgados.

Questionado sobre o volume de recursos disponíveis para auxílio às populações afetadas e medidas de mitigação, Alckmin afirmou que o governo disponibilizará “o volume necessário”.

Nesta quarta-feira (04.10), Alckmin e uma comitiva de ministros viajarão para o Amazonas para avaliar a situação na região e considerar medidas para mitigar os impactos da seca.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, descreveu o impacto ambiental da seca na Amazônia como “tremendo e assustador”. Ela destacou que o Ministério da Defesa foi acionado para fornecer apoio logístico às populações ribeirinhas e às comunidades indígenas, devido à dependência dessas regiões de barcos como meio de transporte.

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Marina também mencionou a preocupação com a proliferação de incêndios, facilitada pelo clima atual. Ela destacou que o governo está tomando medidas para controlar esses incêndios, incluindo o envio de brigadistas para a região.

No estado do Amazonas, o mais atingido, 60% da população rural retira a água para o consumo humano diretamente, sem tratamento, de rios, igarapés, lagos ou açudes, segundo dados do IBGE. Apenas 10% da população do estado tem acesso à rede de água encanada.

O El Niño está se intensificando e a previsão atual aponta para situação de seca severa em 2024 nessa região. As chuvas devem continuar muito intensas no Sul do Brasil na primavera e no verão. O calor segue forte em quase todo o país. Há ainda a possibilidade de chuva extrema nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul. O volume de precipitação mensal pode até ficar abaixo da média, mas há risco de temporais com chuvas muito intensas e concentradas.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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