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Colheita da soja eleva fretes em quase 40% e encarece transporte de grãos

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O Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta segunda-feira (31.03), indica que a colheita da soja tem pressionado os custos do transporte de grãos no Brasil. No Piauí, os fretes registraram aumento de até 39%, enquanto em Mato Grosso, principal estado produtor, a alta alcançou 25%. A concentração da colheita em um curto período, aliada à elevada demanda por caminhões, tem sido um fator determinante para essa valorização.

No Piauí, a antecipação da colheita impulsionou os preços do frete em até 39%. Em Mato Grosso, a pressão sobre o transporte se intensificou com o avanço da colheita, que foi atrasada pelas chuvas de janeiro. Segundo a Conab, em Sorriso, o frete da soja para Santos (SP) subiu 7% em fevereiro, chegando a R$ 490 por tonelada, enquanto o transporte para Paranaguá (PR) aumentou 8%, atingindo R$ 460 por tonelada. Em Querência, as elevações foram ainda mais acentuadas: 11% para Santos, 25% para Araguari (MG), 21% para Colinas (TO) e 20% para São Luís (MA).

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A estatal destaca que a grande safra de soja, estimada em 46 milhões de toneladas no estado, gerou um acúmulo de produto a ser transportado, intensificando a concorrência por caminhões. Além disso, a necessidade de liberar espaço para o milho safrinha, cuja produção será elevada, também pressiona os custos logísticos.

A alta dos fretes não se restringe a Mato Grosso. No Maranhão, os embarques de soja pelo sistema multimodal da VLI elevaram os custos do transporte em 26,8% na rota de Balsas ao Terminal Portuário de São Luís. No Paraná, os valores subiram 20% em Campo Mourão, 19,35% em Cascavel e 11,94% em Ponta Grossa. Em Goiás, a dificuldade em encontrar caminhões para os portos de Santos e Paranaguá fez os preços avançarem significativamente.

O cenário logístico desafiador também reflete no escoamento da safra pelos portos. A Conab informa que, em fevereiro, as exportações de milho diminuíram em relação ao mesmo período de 2024, enquanto os embarques de soja dobraram. O Porto de Santos, o Arco Norte e Paranaguá seguem como os principais canais de escoamento dessas commodities.

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A estatal reforça que os desafios logísticos devem continuar nos próximos meses, especialmente em Mato Grosso, onde a necessidade de escoar rapidamente a produção colhida segue impulsionando os custos do transporte rodoviário.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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