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Cadastro Ambiental Rural: Mato Grosso tem 136 mil para reavaliação, 10 vezes mais que a média nacional

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Uma ação conjunta da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) está tirando dúvidas dos produtores rurais para incentivar o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e destravar os processos que estão em andamento no órgão.

Mato Grosso tem 136 mil cadastros, sendo que 76% já foi analisado e 10% do total foi validado, conforme o Sistema Mato-Grossense de Cadastro Ambiental Rural (SIMCAR).

Dados do Sistema Florestal Brasileiro (SFB) revelam que a área analisada através do SIMCAR é mais de 10 vezes a média nacional, que é de 4%, sendo validados 0,6%.

O CAR é um registro público eletrônico nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento ambiental do Estado.

Na quinta-feira (25.05), cerca de 50 produtores de Juara receberam a orientação por meio de uma Rodada Técnica Ambiental sobre o CAR e o Plano de Regularização Ambiental (PRA).

De acordo com a gerente da Comissão de Sustentabilidade da Aprosoja-MT, Marlene Lima, idealizadora do evento, a entidade busca, através dessas rodadas técnicas, informar os agricultores sobre as ferramentas disponíveis em relação ao Cadastro Ambiental Rural.

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“O objetivo é levarmos informações para o produtor rural e tirar dúvidas sobre o processo dele. A rodada é uma oportunidade de levar conhecimento para o produtor rural. Com isso, a Aprosoja-MT quer também com esse evento, que o produtor rural, esteja no controle da situação da propriedade dele e com isso, conseguimos aproximar a Sema do produtor rural”, afirma Marlene Lima.

A palestra foi apresentada pela secretaria adjunta da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Luciane Bertinatto.

“Essa parceria para levar conhecimento ao produtor rural é extremamente importante. Pude observar que no decorrer das falas, tem muitas dúvidas, em situações diversas em cada processo referente ao cadastro ambiental rural. Então o contexto geral nesse momento pra nós é importante, principalmente para que eles compreendam o fluxo, o procedimento, os encaminhamentos, e quais as responsabilidades do responsável técnico nesse processo. Além de poder acompanhar o processo como de fato tem que ser, pra que a Sema consiga elucidar, validar e aí desimpedir a vida desse proprietário, que por muitas vezes pode estar embargado.”, explicou Luciane.

Segundo o presidente do Sindicato Rural de Juara, Jorge Mariano de Souza, a relevância da palestra é de tirar as principais dúvidas dos produtores sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR).

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“É muito importante pra nós da região do Vale Arinos, o nosso município de Juara é muito grande, não chega ser o maior do Estado, mas somos maiores que os Estado de Sergipe por exemplo. Então nós temos muitas propriedades, onde seus proprietários tem diversos problemas ambientais, e receber uma palestra dessa é um presente para todos nós aqui. Tivemos vários engenheiros florestais aqui presentes e estão saindo com grande conhecimento”, afirmou Jorge.

O produtor rural, associado e conselheiro fiscal da Aprosoja-MT, Diogo Antonio Rutilli, disse que, a palestra conseguiu simplificar as informações sobre o cadastro ambiental.

“As informações trazidas pela palestrante, nos deu a oportunidade da gente ‘beber’ (sic) direto da fonte da Sema, porque o nosso Código Ambiental é bem complexo. E as mudanças nas portarias que se não formos especialistas na área é complexo pra acompanhar e estar por dentro de todo o assunto fidedignamente. E nessa palestra aqui, tive a oportunidade de tirar as dúvidas no caso específico diretamente com a Sema, através da secretaria adjunta Luciane, onde ela tem uma didática perfeita e talvez por ela ser produtora também, consegue falar a linguagem que o produtor entende. Simplificou bastante, tirando realmente as dúvidas.”, comentou Rutilli.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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