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Anec prevê que farelo de soja quebre o recorde histórico

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A exportação de farelo de soja pelo Brasil em 2024 está prestes a quebrar o recorde histórico registrado no ano anterior, segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). De acordo com Jean Budziak, responsável pela área de Inteligência de Mercado da Anec, o volume mensal de embarque de farelo de soja tem se mantido consistente, indicando que as exportações neste ano podem superar o total de 2023.

Além do farelo, a Anec atualizou nesta terça-feira (12.11) as estimativas para as exportações de soja em grão e milho em novembro. A projeção para a soja foi ajustada para 2,81 milhões de toneladas, acima das 2,45 milhões previstas na semana anterior, mas ainda abaixo das 4,6 milhões de toneladas exportadas em novembro de 2023. Para o milho, a expectativa também foi elevada, passando para 5,38 milhões de toneladas, superando as previsões anteriores de 4,77 milhões. Já o farelo de soja deverá atingir 1,87 milhão de toneladas, também um aumento em relação à estimativa anterior de 1,56 milhão.

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Entretanto, até o momento, a Anec não apresentou uma projeção exata para o total de embarques de farelo de soja em 2024, embora tenha estimativas para a soja em grão e o milho. No entanto, a análise das programações de navios para novembro e os embarques realizados entre janeiro e outubro sugerem que o recorde poderá ser consolidado em dezembro.

A previsão é de que, entre janeiro e novembro, o Brasil exporte 21,12 milhões de toneladas de farelo de soja. Em 2023, esse número foi de 22,35 milhões de toneladas, o que significa que, para bater o recorde, o país precisará embarcar aproximadamente 1,23 milhão de toneladas em dezembro. Todos os meses de 2024 apresentaram volumes superiores a esse.

Outubro destacou-se com uma exportação recorde de 2,46 milhões de toneladas. Segundo Budziak, esse volume expressivo resultou de fatores como a antecipação de demanda devido à preocupação com a lei antidesmatamento da União Europeia (EUDR), cujo prazo de entrada em vigor para grandes empresas foi prorrogado, mas sem tempo suficiente para renegociações. A Europa continua sendo o principal destino do farelo de soja brasileiro.

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Outro fator que impulsionou os embarques foi a alta margem de lucro no esmagamento de soja no Brasil. A rentabilidade fez com que terminais exportadores, que enfrentavam baixas margens na exportação de grãos de soja e milho, optassem por processar e embarcar farelo de soja. Além disso, a operação de vários navios, que começaram a embarcar em setembro e finalizaram o processo no início de outubro, contribuiu para o volume registrado no mês.

Caso o recorde de 2024 se confirme, o Brasil terá superado novamente a marca de 2023, quando um clima desfavorável na Argentina — líder mundial de exportação de farelo de soja — permitiu que o Brasil assumisse temporariamente a liderança nas exportações do produto.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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