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Agronegócio espera que ferrovias reduzam custos do frete em Mato Grosso

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O investimento na expansão da malha ferroviária no Brasil tem sido uma reivindicação constante do setor produtivo. Em Mato Grosso, onde atualmente apenas 366 quilômetros de ferrovias estão em operação, as perspectivas futuras são promissoras.

O estado está no caminho de ganhar duas novas ferrovias, além da expansão da rede ferroviária existente, trazendo consigo benefícios como a redução de custos, ganhos em eficiência e maior competitividade.

Na região nordeste de Mato Grosso, conhecida como uma fronteira agrícola em expansão, a produção agrícola está em crescimento, impulsionada por um clima favorável e vastas áreas de terras disponíveis anteriormente utilizadas para pastagens degradadas no Vale do Araguaia. Municípios como Água Boa estão experimentando um aumento notável na agricultura, com planos de expandir áreas destinadas à soja na próxima safra.

O crescimento da produção, no entanto, não foi acompanhado pelo desenvolvimento da infraestrutura de logística, resultando em desafios e custos significativos para o escoamento dos produtos. A dependência da rodovia BR-158 como principal via de transporte causa desafios logísticos durante a temporada de colheita, com aumentos nos custos de frete e a ameaça de possíveis colapsos devido a problemas na rodovia.

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Para aliviar essa situação, a conclusão do Arco Norte para escoar a produção e receber insumos é crucial, permitindo economia no transporte e tornando a logística mais eficiente.

As esperanças na região de melhorias na infraestrutura logística foram renovadas com o anúncio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) em agosto. O programa inclui recursos para expandir a rede ferroviária e pavimentar a BR-158, aliviando os gargalos de transporte.

Um dos projetos-chave é a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), que liga a Ferrovia Norte-Sul em Mara Rosa (GO) a Vilhena (RO). A Fico tem um trecho planejado que se estende até Água Boa e está em andamento, com terraplanagem já realizada e importação dos trilhos. Espera-se que a conclusão dessa ferrovia e o terminal de Água Boa movimentem cerca de 25 milhões de toneladas de produtos por ano.

A expansão da malha ferroviária é vista como fundamental para tornar a produção brasileira mais competitiva no cenário global, reduzindo custos e melhorando a eficiência logística. Diversificar os modais de transporte, incluindo ferrovias, é fundamental para esse esforço. A inclusão de ferrovias no Novo PAC reflete o compromisso do governo em fornecer uma infraestrutura logística mais competitiva para o setor agropecuário brasileiro.

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Em resumo, o desenvolvimento das ferrovias e da infraestrutura logística é crucial para impulsionar a produção agrícola e melhorar a competitividade do Brasil no mercado internacional. A ampliação da rede ferroviária e a melhoria da infraestrutura são fatores-chave para o crescimento contínuo do setor agropecuário.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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