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Abril começa ainda impactado pelas projeções do USDA

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Abril começa ainda impactado pelas projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que surpreendeu o mercado com uma previsão de redução da área plantada de milho. A estimativa aponta para 36,42 milhões de hectares, uma redução de 5% em comparação ao ciclo anterior de 38,28 milhões de hectares. Esta projeção fica abaixo da expectativa de 37,24 milhões de hectares prevista anteriormente.

Analistas apontam que a disputa por área nos EUA é intensa, e com o plantio ainda não iniciado, as áreas efetivas só serão confirmadas em maio. Paralelamente, o USDA registrou um aumento nas reservas de milho, chegando a 212,1 milhões de toneladas, um crescimento de 13% em relação ao ano anterior e próximo às previsões de mercado de 214 milhões de toneladas.

O aumento nos preços do petróleo também influencia o mercado do milho, devido à produção de etanol nos EUA, que utiliza o cereal. Este cenário contribuiu para uma alta de 3,57% no preço do milho para maio, cotado a US$ 4,42 por bushel na bolsa de Chicago.

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Em contrapartida, a área plantada de trigo deve cair 4%, para 19,22 milhões de hectares. Esta redução contribuiu para uma alta de 2,33% no preço do trigo para maio, a US$ 5,6025 o bushel. O estoque de trigo até 1º de março aumentou 16% em relação ao ano anterior, para 29,6 milhões de toneladas.

Quanto à soja, o USDA estima um crescimento de 3% na área plantada para 35 milhões de hectares na safra 2024/25. Os estoques americanos de soja mostraram um aumento de 9% em relação ao ano anterior, alcançando 50,3 milhões de toneladas.

Essas projeções afetam diretamente os preços globais desses commodities agrícolas e têm implicações significativas para produtores, investidores e mercados internacionais, considerando a importância dos EUA no mercado global de grãos. A expectativa agora é acompanhar como essas estimativas iniciais se ajustarão nos próximos meses e qual será o impacto real na produção e nos preços mundiais dos alimentos.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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