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Abertura da safra de soja 24/25 destaca expansão agrícola e desafios do Matopiba

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A safra de soja 2024/2025 foi oficialmente iniciada ontem (sexta-feira, 11.10) em uma cerimônia realizada em um dos estados que integram a região conhecida como Matopiba, composta por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

A Fazenda Pau Brasil, localizada entre Açailândia e Itinga, foi o palco desse evento, que pela primeira vez ocorreu fora dos grandes estados produtores do Centro-Sul. A região, conhecida como a nova fronteira agrícola do Brasil, é vista como uma aposta estratégica para a expansão do agronegócio. A expectativa para esta safra é significativa: mais de 135 milhões de toneladas de soja deverão ser colhidas em uma área plantada de 42 milhões de hectares em todo o país.

O evento foi organizado pela Aprosoja Brasil em conjunto com a Aprosoja Maranhão, o Sistema Faema/Senar, a Embrapa e o governo estadual. Na abertura o presidente da Aprosoja Maranhão, Gesiel Dal Pont, enfatizou  que o evento simboliza não apenas o crescimento da produção de soja no Maranhão, que já conta com 1,3 milhão de hectares plantados e projeta um crescimento de 5% na próxima colheita, mas também é uma vitrine para atrair investimentos públicos e privados. “Temos a oportunidade de mostrar ao Brasil e ao mundo o nosso potencial, com uma safra estimada em 4,8 milhões de toneladas, se o clima ajudar”, comentou.

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O presidente da Aprosoja Brasil, Maurício Buffon, reconheceu que, embora haja uma perspectiva de incremento na produção, as dificuldades financeiras para o pequeno e médio produtor são enormes. “O crédito agrícola está cada vez mais restrito, o que impede muitos produtores de expandirem suas áreas e investirem em tecnologias que aumentariam a produtividade. O setor está cauteloso, e esse é o grande entrave para um crescimento maior da nossa produção”, afirmou Buffon.

Outro tema discutido durante o evento foi a integração da pecuária com a lavoura, uma estratégia adotada por alguns produtores para aumentar a lucratividade e garantir a sustentabilidade das propriedades. Um exemplo disso é o Projeto Reverte, que recupera áreas degradadas, como na Fazenda Bola Sete, onde a integração de pastagem e lavouras de soja e milho já mostra resultados promissores. Essa técnica não só aumenta a produtividade, como também melhora a qualidade do solo e oferece novas fontes de renda aos produtores, mitigando os riscos das variações climáticas e de mercado.

A cerimônia encerrou com o plantio simbólico da soja, marcando oficialmente o início de uma safra que, apesar dos desafios, promete consolidar ainda mais a região Matopiba como uma das principais zonas de expansão do agronegócio brasileiro.

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Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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