NOVA AURORA

POLÍTICA PR

Parlamento aprova crédito adicional ao programa Paraná Saúde Digital

Publicado em

As deputadas e os deputados estaduais aprovaram mais recursos para atender ao programa Paraná Saúde Digital. Em regime de urgência, a proposta foi aprovada na sessão plenária desta terça-feira (22), na Assembleia Legislativa do Paraná. Antes das votações do dia, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem ao Papa Francisco, que morreu na segunda-feira (21), e o presidente Alexandre Curi (PSD) anunciou luto oficial de três dias no Parlamento estadual.

O projeto de lei 225/2025, do Poder Executivo, solicita autorização para abertura de crédito adicional especial no valor de R$ 8.211.000,00 ao orçamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
O montante destinado ao programa visa cobrir despesas com contratação de serviços de pessoas jurídicas, locação de equipamentos, contratação de instrutores, produção de materiais gráficos, além da aquisição e desenvolvimento de softwares para atendimento do SUS Digital. O governo ressalta que os recursos para a referida programação são provenientes de superávit financeiro.

Com 100% de financiamento do Governo do Estado, a plataforma Paraná Saúde Digital reúne todos os dados da Atenção Primária prestada nos municípios, porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS).

A adesão à plataforma personalizada de solução tecnológica com inteligência artificial em saúde foi pactuada junto aos municípios por meio da Comissão Intergestores Bipartite, em junho de 2024. Além das informações dos sistemas próprios do Estado, a plataforma agrega dados de prontuários eletrônicos dos municípios e sistemas do Ministério da Saúde.

Utilidade pública

Avançou em primeiro turno o projeto de lei 105/2025, do deputado Alexandre Curi (PSD), que atualiza a legislação estadual para permitir a remuneração de dirigentes que exerçam funções executivas em Organizações da Sociedade Civil (OSCs) sem fins lucrativos. A proposta altera a lei nº 17.826/2013, que trata da concessão e da manutenção do título de utilidade pública a entidades do Paraná, alinhando-se às normativas federais, como as leis nº 9.790/1999 e nº 13.019/2014, que reconhecem a necessidade de profissionalização da gestão dessas entidades, especialmente diante do aumento das exigências para a celebração de parcerias com o poder público.

Leia Também:  Aprovado programa para ofertar a crianças e adolescentes o medidor de glicose que não precisa furar o dedo

A profissionalização fortalece a transparência e a eficiência na execução de projetos de interesse social, sem comprometer sua finalidade beneficente. A legislação federal já estabelece critérios e limites para essa remuneração, garantindo que os valores sejam compatíveis com os praticados no mercado e devidamente regulamentados, de modo a preservar o caráter sem fins lucrativos das instituições.

Dessa forma, a proposta confere maior segurança jurídica às entidades que atuam no Estado do Paraná, permitindo que profissionais qualificados possam se dedicar integralmente à gestão dessas instituições. O aprimoramento da governança das OSCs contribuirá para a continuidade e qualidade dos serviços prestados à sociedade.

Além disso, a proposição amplia o rol de finalidades reconhecidas para a concessão do Título de Utilidade Pública Estadual, incluindo atividades igualmente essenciais ao desenvolvimento social e à promoção dos direitos fundamentais. Essa ampliação fortalece as organizações que desempenham funções de interesse público, garantindo maior reconhecimento e apoio institucional para que possam reforçar suas ações em benefício da coletividade.

Também em primeiro turno, foi aprovado o projeto de lei 112/2025, que autoriza o Estado a doar um imóvel ao município de Cerro Azul. Em turno único, será votado o projeto de lei 80/2025, que autoriza a doação de imóvel à Associação dos Moradores, Amigos dos Idosos, Esportivos, Cultural dos Bairros Laranjeiras, Karla, Petrópolis, Estrela, Paraná, Belvedere I e II e Porto Seguro, de Foz do Iguaçu.

Segundo turno

O projeto de lei 451/2023, da deputada Mabel Canto (PSDB) e do deputado Ney Leprevost (União), que institui o Novembrinho Azul, foi aprovado com uma emenda supressiva. A alteração retirou da proposta dispositivos que criavam despesas ao Executivo sem indicar a dotação orçamentária expressa capaz de custeá-las e que impunham atribuições às Secretarias de Estado, competência privativa do governador.

Leia Também:  Escola da rede estadual luta contra o desperdício de alimentos dentro e fora da sala de aula

O Novembrinho Azul será realizado anualmente para promover campanha de conscientização e ações de proteção da saúde de meninos de até 15 anos de idade.

O texto prevê a promoção de debates com especialistas sobre medidas de prevenção de condições que representem fatores de risco para doenças na vida adulta, além da realização de campanhas de conscientização com distribuição de material informativo sobre a importância da investigação de quadros de dor testicular, aumento de volume escrotal e vacinação contra o HPV.

Já o projeto de lei 307/2024, do deputado Cobra Repórter (PSD), recebeu emenda e retorna à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A iniciativa institui o Dia dos Heróis Paranaenses e cria o Livro Memorial Oficial dos Heróis do Paraná, com o intuito de preservar a memória histórico-cultural de atos e ações de paranaenses homenageados por seus feitos.

Redação final

Seguem para sanção o projeto de lei 763/2023, da deputada Cloara Pinheiro (PSD), que estabelece prioridade no atendimento a pessoas com Diabetes Mellitus em estabelecimentos de saúde no Paraná, especialmente em exames que exigem jejum prévio; e o projeto de lei 1/2025, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ/PR), que autoriza a doação de imóvel ao município de Castro.

Além disso, foram aprovadas duas propostas de concessão de título de utilidade pública: o projeto de lei 90/2025, do deputado Thiago Bührer (União), à Associação Para Vida Sem Drogas, de São José dos Pinhais; e o projeto de lei 97/2025, da deputada Cloara Pinheiro (PSD), à Associação de Voleibol Ibiporã.

Transmissão

A sessão plenária desta quarta-feira (23) será transmitida ao vivo pela TV Assembleia, a partir das 9h30, pelo canal 10.2 (TV aberta) e canal 16 (Claro/NET). O conteúdo também estará disponível no canal do YouTube da Assembleia Legislativa do Paraná.

Fonte: ALPR PR

COMENTE ABAIXO:

Advertisement

POLÍTICA PR

Comissão de Agricultura aprova PL que cria mês da conscientização sobre a defesa da propriedade privada no Paraná

Published

on

By

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural aprovou na tarde desta terça-feira (22) o projeto de lei que institui o Abril Verde e Amarelo no Paraná, de iniciativa do deputado Marcio Pacheco (PP). Inspirado em lei semelhante sancionada em Santa Catarina, o texto prevê ações de conscientização sobre “a importância e a legitimidade” da defesa da propriedade privada a serem realizadas no quarto mês do ano.

O PL 66/2025 ingressou inicialmente na reunião anterior da Comissão, realizada no dia 14, quando recebeu pedido de vistas da deputada Luciana Rafagnin (PT). A parlamentar retornou com o projeto nesta terça-feira, apresentando parecer contrário. No entanto prevaleceu o relatório favorável apresentado pela deputada Cristina Silvestri (PP), acompanhado pelo voto dos deputados Reichembach (PSD), Jairo Tamura (PL) e Anibelli Neto (MDB) – a reunião foi presidida excepcionalmente pelo deputado Artagão Júnior (PSD), já que Anibelli é coautor da proposta.

Conforme o texto, as ações de conscientização devem promover a comunicação imediata às autoridades policiais em caso de movimentações de “invasão” de propriedades privadas, e também a “vigilância comunitária”, a ser realizada por proprietários, produtores, amigos e familiares. Durante o mês também devem ser divulgadas pelo Poder Público medidas, treinamentos e recomendações sobre sistemas de segurança e regularização fundiária; além de dispositivos constitucionais e infraconstitucionais que garantam o direito. Também deve ser fomentado um canal de denúncias e o encaminhamento delas ao Programa Patrulha Rural Comunitária da Polícia Militar.

Leia Também:  Deputado Goura (PDT) destaca modelo holandês para transformar cidades investindo em mobilidade ativa no 2º Paraná Bici

Pacheco ressalta que a propriedade privada é direito constitucional, sendo a defesa importante para o desenvolvimento econômico, a segurança jurídica e bem-estar social. O deputado cita, na justificativa do texto, uma reportagem que aponta 109 propriedades rurais invadidas, cuja reintegração de posse ainda não havia sido efetivada até a publicação da matéria. De acordo com dados da Polícia Militar, elencados por Pacheco, há 153 áreas com ocupações coletivas no Paraná, sendo 90 rurais e 63 e áreas urbanas.

Função social da propriedade

Contrária ao PL 66/2025, Rafagnin destacou que a Constituição Federal determina que o direito à propriedade privada está atrelado a sua função social. Ela citou exemplos de assentamentos no Paraná que transformaram terras improdutivas em fontes de rendas e produção de alimentos, como o Contestado (em Lapa) e Missões (em Francisco Beltrão). O primeiro, instalado em 1999 e lar para mais de 150 famílias, é sede da cooperativa Terra Livre, que produz alimentos sem agrotóxicos. “Ela entrega hoje 700 toneladas de alimentos por ano pelo programa de alimentação escolar e 400 toneladas ao município de Curitiba”, ilustrou a parlamentar.

“O projeto desconsidera a realidade da propriedade privada que descumpre sua função social bem como ignora as contribuições relevantes das comunidades de assentados que, a partir das terras improdutivas, promovem inclusão social, geração de renda e segurança alimentar”, reforçou Rafagnin. Para a deputada, outra carência do projeto é a falta de definição sobre o que seria terra produtiva e improdutiva.

Leia Também:  Cães farejadores e Batalhão de Fronteira da PM são homenageados na Assembleia

Silvestri, por sua vez, afirmou que não está no escopo do projeto combater a apropriação de terras improdutivas e que perderam sua função social. “O projeto de lei é no sentido de uma conscientização acerca da legitimidade na área que atua”, rebateu a relatora. “[É para cenários em que] invadem uma propriedade privada produtiva, diferente dos exemplos dados”.

Tramitação

O PL 66/2025 passou a tramitar na Assembleia no dia 18 de fevereiro. No último dia 2, ele foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), recebendo parecer contrário da deputada Ana Júlia (PT). Ela argumentou que o texto ignora a “necessidade do atendimento à função social necessária ao cumprimento do exercício do direito à propriedade privada”. Assim, incentivaria a violência e a criminalização de movimentos sociais e da pobreza.

O tema ingressou na pauta da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural no último dia 14 de abril. Na ocasião, a deputada estadual Luciana Rafagnin pediu vistas para analisar o texto. Com a aprovação nesta terça-feira (22), o projeto foi incluído na Ordem do Dia da sessão plenária desta quarta-feira (23).

Fonte: ALPR PR

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA