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Consórcios apresentam propostas para Centrais de Atendimento ao Cidadão

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O Governo do Estado realizou nesta terça-feira (22) a abertura das propostas comerciais da licitação para a instalação de 20 Centrais de Atendimento ao Cidadão em 18 municípios paranaenses. A etapa é uma das últimas antes da definição do consórcio vencedor, que será responsável pela estruturação dos locais e posterior atendimento à população, com acesso a uma série de serviços estaduais em um só local.

Nas Centrais de Atendimento ao Cidadão, a população paranaense poderá emitir documentos, alvarás e ter acesso a informações sobre programas e projetos de diferentes órgãos públicos estaduais, entre outros serviços. O investimento máximo previsto pelo Governo do Estado para a contratação é de R$ 950,7 milhões ao longo de cinco anos, mas as propostas de preço apresentadas pelos dois consórcios concorrentes já apontam para uma redução no valor total a ser pago.

A proposta do Consórcio Cidadão Paranaense foi de R$ 28,92 por atendimento, totalizando cerca de R$ 930,6 milhões. Já o Consórcio Cix Experience Paraná apresentou uma proposta de preço de R$ 27,07 por atendimento, com um custo total de aproximadamente R$ 871,3 milhões.

Em ambos os casos, os valores são menores do que custo máximo estipulado na licitação, que era de R$ 29,91 por atendimento, e também representam uma economia expressiva em relação aos atuais R$ 88 que são despendidos pelo Governo do Estado a cada atendimento para a prestação dos mesmos serviços. Independentemente do vencedor, a estimativa do governo estadual é de que haja uma economia de até R$ 1,9 bilhão aos cofres públicos ao longo dos cinco anos de contrato.  

O modelo de centrais, já adotado em outros estados, traz vantagens tanto para a população quanto para o governo estadual. Ao centralizar os atendimentos em locais específicos, que serão definidos pelo consórcio contratado a partir de critérios mínimos estabelecidos no edital, o Paraná reduz gastos, melhora a eficiência operacional e amplia o relacionamento com o cidadão a partir do fortalecimento dos canais de comunicação digital.

O Consórcio Descomplica Paraná também participou do processo, mas foi inabilitado na fase anterior da licitação por descumprir um critério do edital, apresentando uma garantia de proposta (que assegura que a empresa de fato cumprirá todo o acordo do contrato), com prazo inferior ao mínimo exigido.

Conforme estipulado na concorrência pública, o consórcio vencedor será definido a partir de uma classificação que leva em conta critérios de preço e técnica. Na etapa anterior, que avaliou a capacidade técnica dos dois concorrentes, o Consórcio Cidadão Paranaense obteve nota 75, enquanto o Consórcio Cix Experience Paraná alcançou nota 100.

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COMISSÃO – A partir de agora, a comissão responsável pelo processo licitatório terá 15 dias úteis para avaliar a documentação técnica das propostas comerciais de ambos os consórcios para definição do vencedor, cujo resultado será divulgado em uma nova sessão pública.

Segundo o superintendente-geral de Governança de Serviços e Dados do Paraná, Leandro Moura, que participou da elaboração do modelo, o projeto busca inovar na área de atendimento ao cidadão pelo poder público. “A implantação das Centrais está alinhada à estratégia do Governo do Estado em melhorar cada vez mais a qualidade e a agilidade dos serviços públicos que são prestados à população”, afirmou.

FUNCIONAMENTO – As Centrais de Atendimento ao Cidadão funcionarão de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e terão capacidade de prestar 7 milhões de atendimentos anualmente, ou cerca de 27 mil atendimentos por dia. Elas serão equipadas para fornecer uma experiência integrada e simplificada, garantindo que os paranaenses consigam resolver pendências e acessar documentos de forma ágil e desburocratizada, sem a necessidade de deslocamentos entre diferentes locais.

Das 20 Centrais de Atendimento ao Cidadão, três serão instaladas em Curitiba, no Centro e nos bairros Boa Vista e Pinheirinho. As demais ficarão nas cidades de Arapongas, Araucária, Apucarana, Campo Largo, Campo Mourão, Cascavel, Colombo, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Londrina, Maringá, Paranaguá, Pinhais, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Toledo e Umuarama.

A implementação das estruturas ocorrerá por etapas. A primeira deverá ser concluída em até seis meses após a assinatura do contrato e inclui a Administração Central e a Unidade de Digitalização dos Serviços, além das Centrais de Curitiba (Centro e Pinheirinho) e as unidades de Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e São José dos Pinhais.

Na segunda, com prazo máximo de nove meses, estão as Centrais de Araucária, Campo Mourão, Cascavel, Colombo, Curitiba (Boa Vista), Guarapuava e Paranaguá. Por fim, as unidades de Apucarana, Arapongas, Campo Largo, Pinhais, Toledo e Umuarama precisam entrar em operação em no máximo 12 meses.

A escolha do local exato onde as estruturas serão instaladas considerará aspectos como acessibilidade e disponibilidade de espaços adequados em cada município a partir de áreas limites em cada cidade pré-definida pelo Governo do Estado no edital. As unidades seguirão um modelo padronizado para garantir a mesma qualidade de atendimento e conforto aos trabalhadores e cidadãos, incluindo diretrizes de acessibilidade.

Após a assinatura do contrato, o consórcio contratado terá um prazo de 15 dias úteis para comprovar a regularidade dos imóveis propostos para receber cada Central de Atendimento ao Cidadão, que podem ser de sua propriedade ou alugados. A partir da documentação enviada, o Governo do Estado analisará se os locais atendem todos os critérios estipulados em edital.

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No valor total do contrato, já estão incluídas as despesas com os custos operacionais das unidades, incluindo aluguel, contas de água, luz, IPTU, despesas condominiais e outros gastos necessários para a execução do serviço, que deverão ser pagos pela contratada.

SERVIÇOS INTEGRADOS – O programa foi dividido em duas fases. A primeira é a implantação das unidades e a digitalização dos serviços estaduais, prevista para ser concluída em até 12 meses após a homologação do processo e assinatura do contrato com a instituição vencedora. A segunda fase é a contratação de um sistema, objeto do mesmo edital, para fazer a integração com todos os sistemas públicos estaduais voltados à prestação de serviços.

Com essa nova versão digital aprimorada, funcionários da empresa ou consórcio contratado serão capacitados para trabalhar nesses espaços e acessar sistemas que atualmente estão com a Polícia Civil, no caso da emissão de RGs, ou do Detran-PR, no caso da CNH, dando encaminhamento mais célere à demanda do cidadão. Servidores do Estado também vão trabalhar nestes espaços para facilitar a integração.

Para garantir a qualidade dos atendimentos, gestores do Estado farão o acompanhamento periódico das atividades e a avaliação do desempenho das equipes contratadas. De forma complementar, os cidadãos poderão avaliar o atendimento prestado por meio de equipamentos a serem disponibilizados nos próprios guichês e em totens de autoatendimento, além de plataformas digitais. Também haverá caixas de sugestões para manifestações.

O programa também oferecerá uma estratégia de relacionamento constante e educativo com o cidadão para que ele entenda as possibilidades de realização dos serviços do Estado e encurte seu processo de digitalização oferecendo, dessa forma, educação digital.

PROTEÇÃO DE DADOS – A segurança dos dados dos cidadãos paranaenses está prevista no contrato, que estabelece que a instituição contratada terá permissão para operar de acordo com as normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O uso deles será restrito à execução dos serviços contratados, com a adoção de medidas técnicas para evitar acessos não autorizados e vazamentos. Além disso, qualquer compartilhamento com terceiros dependerá de autorização prévia do Governo do Estado.

O edital estabelece que a empresa contratada deverá instalar e atualizar sistemas utilizados na unidade, além de fornecer suporte técnico. Ela também será responsável pelo backup dos sistemas e bases de dados, com a supervisão de técnicos indicados pelos órgãos estaduais para garantir a execução correta dos serviços e procedimentos definidos pelas instituições.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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