PARANÁ
Genomas Paraná já sequenciou 1,2 mil amostras da população de Guarapuava
Publicado em
11 de abril de 2025por

O projeto Genomas Paraná, financiado pelo Governo do Estado, apresentou nesta sexta-feira (11) os resultados preliminares do sequenciamento genético realizado em Guarapuava, no Centro-Sul do Paraná. De novembro de 2024 até o momento, foram sequenciadas 1.242 amostras biológicas de um total de 3.105 fornecidas por moradores da cidade e também de residentes nos distritos de Palmeirinha, Entre Rios e Guairacá.
O estudo recebeu financiamento superior a R$ 6 milhões, entre recursos do Fundo Paraná, dotação orçamentária administrada pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), e da Fundação Araucária. O projeto é desenvolvido por meio de uma parceria entre a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e o Instituto para Pesquisa do Câncer de Guarapuava (Ipec).
O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, ressaltou que o Paraná tem investido financeiramente para contribuir de forma efetiva na melhoria da saúde pública. “A medicina de precisão é uma área em que buscamos a prevenção e também a resolução de doenças. O programa Genoma Paraná é de extrema importância para que possamos, futuramente, criar soluções para diagnósticos e tratamentos para a população, que é rica em diversidade étnico regional”, disse.
“Esse é um projeto de longo prazo. Estamos celebrando mil genomas sequenciados de um universo de quase quatro mil amostras coletadas. Esses dados com informações reais que vão influenciar a saúde pública não são para agora, pois isso ainda vai demorar de dois a três anos. O que temos certeza, porém, é que o que estamos construindo é inédito”, explicou David Livingstone Figueiredo, professor da Unicentro e coordenador do projeto.
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O Genomas Paraná busca identificar marcadores genéticos associados a doenças prevalentes na população, abrindo caminho para a medicina de precisão. Com os dados recolhidos, será possível desenvolver tratamentos personalizados, reduzir diagnósticos tardios e implementar estratégias preventivas eficazes para os cidadãos.
“É um caminho sem volta. Hoje tratamos as pessoas como um todo e nós sabemos que o tumor de tireoide em um paciente X é diferente do tumor do paciente Y, porque são pessoas diferentes, com biologia diferente, com genética diferente. A ideia dos genomas é nos dar subsídio para a medicina de precisão, tratando o paciente na sua individualidade”, complementou Figueiredo. “Mas não só tratar. Vai nos permitir um diagnóstico mais preciso e assertivo, trazendo estratégias para medicina pública.”
O projeto, que posiciona o Paraná na vanguarda da pesquisa genética aplicada à saúde, utiliza duas estratégias de amostragem: aleatória, ainda em andamento, realizada com pessoas com mais de 18 anos; e voluntária, já encerrada, destinada para diferentes gêneros, faixas etárias e também por idosos com mais de 80 anos, estes últimos indicados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
No caso da amostragem aleatória, endereços residenciais de Guarapuava são sorteados para participarem do projeto. Ao chegar ao endereço, o pesquisador da empresa contratada explica o que é o programa e convida os moradores maiores de 18 anos e que morem há mais de seis meses na cidade a participarem. Dentre os residentes, mais um sorteio é realizado, uma vez que apenas um morador de cada domicílio pode participar do programa.
Para as amostras por conveniência, já encerradas, a seleção dos voluntários aconteceu por meio de um cadastro de interesse e, depois de selecionados, por ordem de inscrição, de acordo com a faixa etária e sexo, segundo o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim como os candidatos sorteados, os voluntários responderam a um questionário epidemiológico.
Com relação à população idosa, foram escolhidas pessoas com mais de 80 anos, que apresentavam aptidão cognitiva (avaliado por Mini Mental e Pfeffer) e que residiam há mais de seis meses em Guarapuava.
Além de responderem a um questionário epidemiológico com mais de 300 perguntas, os participantes do projeto doam amostras de sangue, saliva e fezes, uma vez que há cada vez mais doenças associadas à microbiota do intestino. Essas amostras são enviadas ao Ipec, onde são extraídas moléculas como DNA e RNA e realizadas análises genéticas utilizando equipamentos de última geração, como sequenciadores com capacidade de processar 96 amostras simultaneamente.
O reitor da Unicentro, Fabio Hernandes, destacou a importância da instituição abrigar um projeto que poderá mudar os rumos da medicina pública no País. “É uma iniciativa encabeçada por pesquisadores da universidade e que auxiliará muito na saúde da nossa população. É um projeto inovador que a Unicentro, por meio de seus pesquisadores, está liderando”, salientou. “Só temos a agradecer e incentivar esses docentes, pois sabemos que este projeto trará muitos benefícios à saúde dos brasileiros.”
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PRÓXIMOS PASSOS – A coleta de amostras biológicas continua, com o objetivo de alcançar quatro mil até o fim deste ano. A expectativa, porém, é coletar mais 4 mil, somando 8 mil coletas em um trabalho que deverá ocorrer pelos próximos anos. Além disso, também será realizada a integração dos resultados com a rede estadual de saúde.
Entender o perfil genético do paranaense ajudará a avançar em diagnósticos precoces e até mesmo aperfeiçoar tratamento de doenças, como diabetes, obesidade, câncer, doenças neurológicas, cardiovasculares, autoimunes, hematológicas, endócrino-metabólicas e raras. No futuro, os profissionais de saúde terão acesso a informações cruciais sobre a predisposição genética de cada paciente a certas doenças, permitindo um diagnóstico mais rápido e preciso, e o planejamento de tratamento mais eficiente e personalizado.
Como parte dessa estratégia e em parceria com o governo federal, foi inaugurado nesta sexta-feira o Centro Âncora do Projeto Genomas SUS, também em Guarapuava, no âmbito do Programa Nacional de Genômica e Saúde de Precisão (Genomas Brasil), do Ministério da Saúde. O local será responsável pela coleta de amostras, sequenciamento genético e análise de dados genéticos. Com oito centros em diferentes regiões do País, o Genomas SUS pretende formar um banco nacional de dados genômicos e clínicos dos brasileiros.
“Este núcleo do Genoma SUS é uma conquista importante para o Paraná, que passará a ter dois, algo que somente nós e São Paulo possuem. Essa conquista se deu, sobretudo, por conta do programa Genomas Paraná e do investimento do Governo do Estado no complexo do Vale do Genoma”, afirmou o secretário Aldo Bona. “É uma conquista importante que coloca o Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná como um braço executor de um programa nacional de grande relevância”.
Integram o Genoma SUS oito centros de pesquisa em seis estados, sendo dois deles no Paraná: em Guarapuava, com atividades desenvolvidas na Unicentro, em parceria com o Ipec, e em Curitiba, no Instituto Carlos Chagas (ICC), vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Fonte: Governo PR

PARANÁ
Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná
Published
1 mês agoon
5 de maio de 2025By

O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2.
Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.
O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor.
De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.
Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.
SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).
Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.
Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .
Fonte: Governo PR

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