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Projeto que amplia proteção de órfãos de feminicídios no Paraná avança na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher
Publicado em
1 de abril de 2025por

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, presidida pela deputada Cantora Mara Lima (Republicanos) aprovou nesta terça-feira (1º) o PL 218/2022, iniciativa da deputada Luciana Rafagnin (PT) com outros oito parlamentares coautores, que estabelece diretrizes para a proteção e atenção integral aos órfãos de feminicídio no Paraná. A iniciativa foi uma das seis propostas avaliadas pelo colegiado durante a reunião realizada na sala Deputado Arnaldo Busato.
“A perda da mãe em contexto de violência coloca essa criança e adolescência em situação de vulnerabilidade extrema, sendo essencial a atuação do Poder Público na sua proteção e acolhimento”, destacou a relatora, deputada Ana Júlia (PT). “O projeto não só fortalece a rede de proteção, mas também garante maior articulação entre o serviço de saúde, a assistência social e a Justiça”.
O projeto define como órfãos de feminicídios todas as crianças e adolescentes dependentes de mulheres assassinadas em contexto de violência doméstica e familiar ou de flagrante menosprezo. Os autores ressaltam que, apesar do combate à violência doméstica estar previsto na Lei Maria da Penha, há também a necessidade de ampliar as ações para incluir as famílias das vítimas.
Segundo dados apontados pelo projeto e referentes ao ano de 2021, cerca de uma mulher foi morta a cada oito horas por feminicídio, deixando cerca de 2.300 órfãos. “Para além da ausência da mãe, muitas vezes as crianças e adolescentes enfrentam também a ausência do pai, que pode ser preso, fugir ou cometer suicídio”, destaca Rafagnin, no projeto.
Ao todo, 11 medidas são desenhadas a fim de ampliar o amparo às vítimas. Dentre elas estão o oferecimento de serviços psicológicos e socioassistenciais, a capacitação e acompanhamento das novas famílias que passarão a ser responsáveis pelos órfãos do feminicídio. É previsto ainda o estímulo à uma rede de cuidados e de benefícios para provimento alimentar, abrigo temporário e “preenchimento de formulários ou acesso por meio digital aos serviços do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para acesso aos benefícios de seus ascendentes”.
O texto também estabelece a criação de campanhas e melhorias no Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Sistema Único de Saúde (SUS) e do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), o incentivo ao atendimento especializado e individualizado, por equipe multidisciplinar e a fiscalização e punição de condutas de violência institucional – inclusive as que possam gerar “revitimização de crianças e adolescentes”, detalha o texto.
Proposto inicialmente pela deputada Luciana Rafagnin (PT), o projeto ganhou a coautoria das deputadas Mabel Canto (PSDB), Cristina Silvestri (PP) e Cloara Pinheiro (PSD); tal como dos deputados Arilson Chiorato (PT), Goura (PDT), Professor Lemos (PT), Requião Filho (PT) e o então deputado estadual, e hoje federal, Tadeu Veneri (PT). A proposta tramita na Casa desde maio desde maio de 2022 e chegou na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher após ser aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no último dia 18.
Delegacia da Mulher
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher também aprovou o PL 78/2023, de autoria da deputada Ana Julia (PT), que promove mudanças no funcionamento da Delegacia da Mulher. Se sancionada, a proposta altera o decreto 6.668/85, responsável por dispor sobre a Delegacia da Mulher, estabelecendo que os postos de comando e gestão da delegacia sejam ocupados preferencialmente por mulheres.
O projeto prevê ainda que o primeiro atendimento às vítimas seja realizado, preferencialmente, por mulheres e que as delegacias garantam que as vítimas não tenham contato com agressor, – “inclusive que não ouçam o interrogatório de maneira direta ou indireta”, pontua o texto. O tema teve relatoria da deputada Cloara Pinheiro.
Diligências
A deputada Marcia Huçulak (PSD) pediu a realização de diligência para o PL 821/2023, do qual é relatora, e que reforça a proibição de cobrança de emolumentos sobre a prestação de serviços da doula. A parlamentar quer que a Secretaria de Saúde do Paraná se manifeste sobre os impactos econômicos para o Sistema Único de Saúde (SUS). “Todo o trabalho de paramentar a luva e a máscara tem um custo, além do custo da equipe de plantão. Temos que buscar uma alternativa senão a lei terá dificuldade. Hoje a área mais subfinanciada é a área da assistência obstétrica”, destacou a parlamentar.
Conforme o projeto, a proibição alcançaria maternidades, casas de parto e estabelecimentos hospitalares congêneres, da rede pública e privada do Estado. Em caso de descumprimento, o texto define cobrança de multa e abertura de sindicância em caso.
Apesar da cobrança já ser ilícita, a legislação é desrespeita, segundo o projeto. “Mesmo após a aprovação da Lei nº 21.053/2022, as doulas continuam encontrando dificuldades para realizarem o seu trabalho em razão das Maternidades não respeitarem o cumprimento da Legislação. Em recente estudo que a ADOUC (Associação de Doulas de Curitiba e Região Metropolitana) encaminhou para a Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná, relatam que em muitos locais a Lei não é cumprida na íntegra ou até mesmo é ignorada”, aponta o texto.
Prioridade às vítimas de violências doméstica no IML e outros projetos
Dentre os temas pautados e aprovados na sessão desta terça-feira está também o projeto que prevê prioridade nos exames de mulheres vítimas de violência doméstica atendidas no Instituto Médico Legal (IML). De acordo com o deputado Hussein Bakri (PSD), o objetivo é evitar a perda de provas criminais.
“Apesar dos esforços estaduais e nacionais para reduzir a violência contra a mulher, os índices continuam a crescer. Entre 2022 e 2023, o Paraná registrou aumento de 34,4% nos casos de violência doméstica e 6,2% nos casos de estupro. Esse agravamento preocupa e exige medidas públicas para garantir mais proteção às vítimas”, destaca o parlamentar, com base em dados do último Anuário Brasileiro de Segurança Pública. O projeto recebeu relatoria da deputada Marli Paulino (SD).
Com a relatoria do deputado Gilson Souza (PL), o colegiado aprovou ainda o projeto de lei 111/2024, que cria o Programa Paranaense de Atenção à Saúde no Climatério.
O colegiado aprovou ainda o PL 621/2024, que cria a Semana de Incentivo à Participação da Mulher no Processo Eleitoral. O texto prevê a realização do evento anualmente, no dia 8 de março, integrando o calendário oficial do Estado. “O Poder Público, em parceria com entidades e associações, poderá promover campanhas, pesquisas e outras atividades”, destaca a autora, Marli Pauli. O texto recebeu relatoria da deputada Mabel Canto.
Alterações na Comissão
O deputado Gilson de Souza (PL) anunciou que pretende deixar a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher para ampliar a participação feminina no Colegiado. Ele pretende ceder seu lugar para a deputada Cristina Silvestri (PP).
Fonte: ALPR PR

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Assembleia recebe a exposição “Araucárias Vivas” do artista plástico Toto Lopes
Published
1 mês agoon
5 de maio de 2025By

“Araucárias Vivas” é o tema da exposição do artista plástico Toto Lopes, aberta nesta segunda-feira (05), no Espaço Cultural da Assembleia. A mostra, uma iniciativa da deputada Cristina Silvestri (PP), é um convite à reflexão sobre a relação entre arte, natureza e sustentabilidade, através de esculturas únicas que emergem do refugo de tapumes de obra e compensados de madeira reflorestada. “Nós temos que valorizar o que é nosso. O Toto é um artista, eu sempre digo, que ama o Paraná. E ele consegue transmitir esse amor através da sua arte, representando a nossa história, a nossa cultura, as nossas raízes”, disse a deputada, ao destacar que o que ela mais valoriza no artista é o seu lado social, o seu lado humano.
“Ele trabalha com crianças, com idosos, com crianças especiais, transformando objetos que provavelmente iriam para o lixo em arte levando esperança às pessoas, transformando a vida deles. Além disso, ele faz pinturas lindas em hospitais de crianças e de forma voluntária. Então esse lado social do Toto também me encanta muito. Por isso, é uma pessoa que merece ser homenageada e que sua obra seja divulgada para o Paraná e para o mundo”, disse a deputada, ao entregar uma menção honrosa ao artista, como forma de reconhecimento à sua contribuição para a cultura do estado.
Presente na aberta da mostra, o presidente da Assembleia, deputado Alexandre Curi (PSD), disse que é importante valorizar aqueles que valorizam o Paraná como Toto Lopes que é um apaixonado por esse estado, e que tem no pinheiro araucária, sua principal referência. “Para nós é uma honra muito grande ter você aqui nessa Casa e, em nome dos 54 deputados, quero agradecer todo o trabalho que você faz como artista, mas principalmente o trabalho que você faz divulgando o estado do Paraná, esse estado que é pujante, de gente séria, de gente trabalhadora, que está vivendo um momento extraordinário, mas que tem que valorizar os nossos artistas”, afirmou.
Preservação
Toto Lopes falou um pouco sobre a sua exposição. “São araucárias que são feitas com reaproveitamento de material, tapumes de obra, compensados, que eu reutilizo e transformo elas em arte”, explicou. “A escolha de trabalhar com madeira reflorestada não é apenas uma opção estética, mas uma declaração de compromisso com a preservação ambiental e a valorização dos recursos naturais”, disse, ao destacar que a coleção “Araucárias Vivas” se inspira na majestosa araucária angustifolia, uma árvore que desempenha um papel vital em nosso ecossistema, mas que está ameaçada de extinção. “Minhas esculturas servem como um poderoso lembrete da fragilidade da natureza e da importância de sua preservação”, alertou. “É uma forma de repensar nossos hábitos de consumo e a importância de uma abordagem mais consciente em relação ao meio ambiente, é promover essa jornada de transformação e conscientização ambiental através da arte”, finalizou.
O artista também tem uma ligação grande com a questão social. “Na minha infância eu tive o privilégio de participar de um projeto gratuito, que transformava a arte junto com as crianças. Eu fui privilegiado de ter participado desse projeto e eu vi que a arte realmente tem um poder de transformação na vida de pessoas. E, hoje, eu utilizo a minha arte como um reflexo de tudo que eu recebi, mas também plantando várias sementinhas aí, mostrando para as crianças que a arte pode mudar a vida delas também”, explicou. A mostra fica em cartaz até o dia 09 de maio, das 09 horas às 18 horas, no Espaço Cultural da Assembleia.
Perfil
Tanielton Lopes Pereira, conhecido como Toto Lopes, nasceu em Campo Largo (PR), é especialista em reutilização de materiais descartados e formado em artes visuais pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). É um artista plástico autodidata, fundador da Toto Artes – Soluções Artísticas e se destaca pelo impacto social de seu trabalho.
Desde 2007, ministra oficinas de artes plásticas em projetos sociais do município de Campo Largo e Região Metropolitana de Curitiba, desenvolvendo oficinas para todos os públicos e faixas etárias, incluindo crianças com vulnerabilidade social, portadores de necessidades especiais, adultos, idosos, dentre outros.
É idealizador e coordenador do Projeto Eco Natal que mobilizou mais de cinco mil pessoas para criar a decoração natalina de Campo Largo com materiais recicláveis; do projeto “Fazendo Arte”, que já atendeu mais de três mil crianças com vulnerabilidade social e do projeto “Medicando Alegria”, que visa levar apresentações de teatro, contação de história, música, circo para pacientes, familiares e funcionários de hospitais. Toto também é voluntariado do HI Hospital Infantil Waldemar Monastier, em Campo Largo. Além de ter suas obras reconhecidas no Brasil, o quadro “A Santa”, participou de três mostras de arte em Napoli e Roma (Itália), sendo uma delas o “Fórum Mundial da Cultura pela Paz”, organizada pena Unesco.
Premiações
O artista já recebeu diversas premiações, entre elas o prêmio de honra ao mérito “Professora Odila Portugal Castagnoli”, pelos relevantes serviços prestados a cidade e a cultura de Campo Largo; o “Prêmio Personalidades Empreendedoras do Paraná”, pelos relevantes serviços prestados para sociedade paranaense e a “Medalha das Ordens das Araucárias”, conferida pelo Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT/PR). Sua obra “Acaé Azul” foi reconhecida pelo Governo do Paraná para fazer parte do acervo artístico do cerimonial do estado, assim como a obra “Mestre Fandangueiro do Paraná”, que já faz parte do acervo artístico do Palácio Iguaçu.
Fonte: ALPR PR

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