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Encontro com 130 primeiras-damas fortalece diálogo entre Estado e municípios

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Primeiras-damas de 130 municípios paranaenses se reuniram nesta terça-feira (25), no Palácio Iguaçu, para o primeiro de dois encontros promovidos pela primeira-dama do Paraná, Luciana Saito Massa, para fortalecer o diálogo com os municípios. A iniciativa é promovida desde 2021 com o objetivo de trabalhar de forma colaborativa as políticas e ações sociais nas 399 cidades paranaenses, principalmente as que impactam diretamente as mulheres.

“A ideia era que pudéssemos ajudar umas às outras, compartilhando ações, recursos e boas práticas, com o objetivo de criar um impacto positivo na vida das mulheres em todo o Paraná”, afirmou Luciana. “Isso tem permitido o fortalecimento das políticas públicas voltadas às mulheres, promovendo a integração das ações dos municípios com as inicimanda aativas estaduais, principalmente no que diz respeito à saúde, segurança e rede de apoio feminino”.

Esse espaço de diálogo entre as mulheres tem trazido resultados práticos, como a adesão dos municípios nas campanhas Unidas contra a Dengue e Paraná Rosa, que foram criadas a partir desses encontros. Outra iniciativa foi a criação da Rede Estadual de Ajuda Humanitária, a princípio para atender as pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, mas que é voltada a todo o País, para dar respostas mais rápidas de caráter humanitário em situações de desastre.

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Além disso, os encontros também buscam estreitar a parceria dos municípios com o Governo do Estado e incentivar a implantação de ações sociais eficazes para atender, principalmente, as demandas das mulheres. No encontro, foram apresentados alguns programas do Governo do Estado voltados a esse público, como o Banco da Mulher Paranaense, da Fomento Paraná, que já liberou R$ 236 milhões em créditos a negócios tocados por mulheres.

Também foi destaque a diminuição de 18% no número de feminicídios no Paraná, resultado do programa Mulher Segura, que iniciou no ano passado em 20 cidades e agora será expandido aos 399 municípios. Também voltado ao enfrentamento à violência doméstica, a Defensoria Pública do Paraná apresentou o programa Ampara, que presta atendimento gratuito a mulheres vítimas de violência.

Encontro de primeiras-damas do Paraná

REDE DE APOIO – “Os encontros são fundamentais para promover e inclusão e a solidariedade, pois criam uma rede de apoio que ultrapassa os limites municipais. O resultado é a construção de um Paraná mais unido e solidário, com políticas públicas que atendam melhor as mulheres, especialmente as mais vulneráveis”, complementou Luciana.

A secretária municipal de Assistência Social e da Mulher de Fazenda Rio Grande, Giuliana Dal Toso Marcondes, destacou a parceria com o Estado para levar políticas públicas que também são de interesse dos municípios. “A parceria que temos com o Governo do Estado traz inúmeros benefícios para o nosso município, graças a esse olhar especial para as políticas das mulheres”, disse.

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“Essa troca de experiências é muito importante para todo mundo e faz com que as cidades se fortaleçam, demonstrando que o Estado se mantém de portas abertas para dar continuidade ao trabalho nos municípios”, afirmou a primeira-dama de Curitiba, Paula Mocelin Slaviero.

A primeira-dama de Sertaneja, no Norte do Paraná, Rosilene Suderio do Prado, ressaltou a atenção com os municípios pequenos, principalmente do Interior. “Nossa cidade é pequena, tem menos de 6 mil habitantes, mas está bem evoluída. Espero que esse encontro e a atenção que estamos recebendo venha trazer mais recursos ao município. Estar aqui é uma forma de abrir as portas para mais ações nas nossas cidades, principalmente as voltadas às mulheres”, salientou.

Na próxima quinta-feira (27), um novo encontro será realizado no Palácio Iguaçu. Incluindo os dois desta semana, serão 17 encontros de primeira-damas realizados desde 2021 em diferentes cidades do Paraná.

Fonte: Governo PR

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Rede estadual de educação do Paraná acolhe professores e alunos autistas

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Quando ingressou como professor na rede estadual de ensino, aos 21 anos, Evalney Riely Horst sentia que havia uma barreira entre ele e os demais colegas. Interpretar simples entonações de voz ou outros sinais não verbais representava uma dificuldade para ele. Ao participar do planejamento de educação inclusiva da escola, anos depois, ele teve a oportunidade de conhecer mais a fundo o que era autismo. Tendo se identificado com muitas de suas características, resolveu ele mesmo procurar orientação profissional.

Em 9 de abril de 2024, Evalney, aos 37 anos, finalmente recebeu o diagnóstico de portador do Transtorno do Espectro Autista (TEA). “No começo foi estranho, precisei de um tempo até aceitar. Mas depois tudo foi fazendo sentido”, lembra. 

Desde a época em que estudava, Evalney tinha dificuldade para se enturmar, exceto quando se envolvia com atividades que o interessavam, como xadrez, informática e jogos eletrônicos, e que o tornavam alvo de bullying. Faltavam ao ambiente escolar formas de acolhimento a alunos como ele. “Não havia suporte, nem ouvíamos falar sobre autismo naquela época. Foi bem complicado para mim”, afirma.

Com o objetivo de promover a inclusão e o combate à discriminação da pessoa autista, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, em 2008, o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril. O TEA é um transtorno do desenvolvimento neurológico, caracterizado principalmente pela dificuldade de comunicação e interação social, podendo apresentar ou não déficits intelectuais e hiperfocos.

“Não tem cura, mas tem tratamento”, afirma a pedagoga e especialista em psicopedagogia e educação especial, Siana do Carmo de Oliveira Franco Bueno. “O maior desafio enfrentado pela pessoa com TEA é que muitas vezes ele é tratado de forma equivocada, apenas com medicação. Também é necessário que haja acompanhamento terapêutico e orientação adequada”.

O diagnóstico é feito por meio de avaliações, observações e acolhimento de relatos familiares e clínicos e deve acontecer o mais cedo possível. “Aos primeiros sinais atípicos no desenvolvimento infantil, pode-se iniciar o acompanhamento multidisciplinar objetivando uma avaliação completa do quadro”, explica o psicólogo Paulo Ricardo Ferreira.

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Segundo Siana, a importância do diagnóstico precoce ajuda a evitar complicações ao longo da vida para a pessoa com TEA. “É para que o autista não venha a sofrer graves consequências na vida adulta, como depressão ou mesmo outros transtornos mais sérios, que poderiam causar prejuízos pela dificuldade de compreensão, tanto por ele como pelas pessoas de seu entorno”.

ENSINO DE QUALIDADE E INCLUSÃO – Juarez Gabriel Miranda Franco de Lima sempre gostou de ir ao circo. Um dia, em 2020, pendurou uma cortina na garagem de casa, botou um nariz de palhaço, apontou uma câmera para o palco improvisado e se apresentou como o palhaço JG. “Teve malabarismo com chapéu, piadas e muitas músicas infantis”, ele recorda. “Normalmente eu faço sozinho, mas às vezes deixo meus amigos fazerem uma apresentação”.

Aos 6 anos, Juarez era tratado como uma criança hiperativa. Até que Cleusa, sua mãe, orientada pela escola em que ele estudava, procurou ajuda profissional para o diagnóstico para TEA, que acabou se confirmando. A princípio preocupada – na adolescência, ela havia cuidado de uma criança com autismo severo –, Cleusa ficou aliviada com o apoio dado pela escola. “Ele conseguiu uma professora para ajudá-lo a se desenvolver nos estudos”, ela conta. “Tinham muita paciência e muito amor por ele. Ele é um menino muito inteligente e muito carinhoso com todo mundo”. 

Além das apresentações como o palhaço JG – devidamente registradas em seu canal no YouTube –, Juarez, que está no terceiro ano do ensino médio do Colégio Estadual Wolff Klabin, é atleta, tendo competido em três edições dos Jogos Abertos Paradesportivos do Paraná (Parajaps), representando o Centro de Referência Paradesportiva de Telêmaco Borba. Em 2023, ele foi campeão paranaense, tendo conquistado ouro nas modalidades de 100, 200 e 400 metros. Correr, diz Juarez, o ajudou a se tornar uma pessoa mais independente. “Consigo cuidar de mim mesmo e já saio sozinho. Eu costumava me isolar, mas agora saio e convivo com outras pessoas”, comemora Juarez.

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Essas conquistas de Juarez e de outros 12 mil estudantes com diagnóstico de TEA são possíveis graças aos serviços de acolhimento e assistência oferecidos pela Secretaria Estadual da Educação (Seed-PR). Esses serviços são distribuídos nas escolas levando-se em conta as necessidades dos estudantes.

Os Profissionais de Apoio Escolar (PAE), que ajudam estudantes com deficiência a participar das atividades escolares, e Professores de Apoio Educacional Especializado (PAEE), que atendem alunos com necessidades educacionais especiais, são contratados conforme estudo de caso. 

Já as Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), que funcionam no contraturno e ajudam na integração social dos alunos, são autorizadas para todas as escolas que possuam estudantes da educação especial e que não sejam de educação integral.

“O Paraná desenvolve ações voltadas aos alunos com TEA desde a origem do atendimento educacional especializado”, afirma o secretário estadual da Educação, Roni Miranda. “Com o aumento do número de estudantes identificados, as ações têm sido potencializadas para garantir a inclusão de todos eles”.

Hoje, para atender estudantes com diagnóstico de TEA, a rede estadual de educação conta com cerca de 3 mil SRMs, 1.400 PAEs e 4.100 PAEEs.

“Hoje em dia, eu percebo muitas coisas boas, como atendimento especializado com profissionais capacitados, salas de recursos multifuncionais e palestras para conscientização”, avalia Evalney, que hoje leciona no Colégio Estadual Antônio Xavier da Silveira, em Irati, no Centro-Sul do Estado. “Na escola, quando contei do diagnóstico, a direção me acolheu e inclusive me incentivou a usar o cordão do autismo, como forma de inspirar alunos autistas”.

Fonte: Governo PR

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