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Educação financeira: alunos de Corbélia vivenciam realidade do mercado de trabalho

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Os estudantes do Ensino Médio da rede estadual do Paraná contam com a Educação Financeira como componente curricular e têm aulas teóricas de introdução a temas como economia, como lidar com dinheiro, renda e planejamento. Dentro desse sistema, alunos do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Duque de Caxias, em Corbélia, no Oeste do Estado, aceitaram uma proposta e, desde o dia 18 de março, participam de uma ação em parceria com a Agência do Trabalhador do município: uma simulação completa sobre como buscar um emprego. 

“Diante dos desafios do mercado de trabalho, é fundamental que os jovens estejam preparados desde cedo para enfrentá-los. Nesse sentido, a inclusão da Educação Financeira no currículo da rede estadual do Paraná já foi um passo importante. O lema do nosso colégio é educar e ensinar a viver. Então, as atividades foram para além da vida acadêmica”, destaca a diretora Nilcea Schwambach.

Ao longo da semana, os estudantes, que têm entre 17 e 20 anos, receberam a visita de técnicos da Agência do Trabalhador, aprenderam a elaborar um currículo, como se portar em uma entrevista de emprego, entenderam os critérios avaliados por recrutadores, e ainda receberam dicas até mesmo sobre o que dizer na hora da entrevista de emprego.

Dentre os critérios avaliados pela equipe de recrutadores, estavam, por exemplo, a pontualidade, o desempenho e comportamento na entrevista. Ao todo, cerca de 80 alunos participaram dessa atividade extracurricular, adquirindo experiência e habilidades essenciais para se destacarem em futuras seletivas de emprego. Foi o caso de Kauanny Eduarda de Andrade. “A experiência foi ótima. No início, eu estava um pouco tensa, mas os técnicos foram muito atenciosos com a gente e acabei ficando mais tranquila”, conta a estudante.

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ETAPAS – O projeto foi dividido em etapas. Num primeiro momento, os servidores da Agência fizeram rodas de conversas com as turmas e, em seguida, os estudantes simularam entrevistas de emprego. Nesta sexta-feira (21), a atividade foi na própria Agência, onde os alunos puderam acompanhar de perto o processo e efetivamente, entregar os currículos elaborados durante a ação. Os dados serão armazenados para oportunidades futuras.

Um dos professores responsáveis pela atividade, Élcio Vitalli, diz que o objetivo foi capacitar os alunos para uma gestão financeira eficaz, desenvolver habilidades essenciais além da preparação propriamente dita para o mercado de trabalho. “Para a maioria dos alunos, esse está sendo o primeiro contato com o processo de uma entrevista de emprego. As dicas de como montar um currículo e vivenciar esse momento são pontos fundamentais para prepará-los para esse importante passo para o mercado de trabalho”, diz. 

“Faz parte do objeto do componente curricular de Educação Financeira promover ações individuais e coletivas envolvendo os alunos”, acrescenta Eliane Devens, outra professora responsável pela iniciativa.

FUTURO – Na avaliação da diretora da Agência do Trabalhador, Daniella da Silva, o fato da escola ter tido a ideia de desenvolver esse trabalho com os alunos pode ser determinante para o futuro deles na hora de disputar vagas. “Quando os alunos estão bem preparados para entrevistas de emprego, suas chances de sucesso aumentam consideravelmente. A preparação adequada não só melhora a performance durante a entrevista. Ela também demonstra aos recrutadores que o candidato é sério, proativo e está pronto para o mercado de trabalho”, ressalta. 

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Paulo Rafael Tavares, ex-aluno do colégio e atualmente chefe da Divisão de Desenvolvimento Industrial e Comercial da Sala do Empreendedor da Prefeitura de Corbélia, afirma que a educação é um pilar fundamental no desenvolvimento de uma comunidade e preparar esses jovens para o ingresso no mercado de trabalho é uma necessidade do próprio poder público.

“Ações como esta fazem com que eles possam vivenciar experiências práticas e, assim, comecem a se preparar para esse momento importante na vida, além de desenvolverem habilidades e competências que contribuirão para o seu destaque no mercado de trabalho”, diz. 

Para o aluno Eduardo Henrique Zanatta, a experiência de passar por todo o processo, tanto na escola como na Agência, foi muito importante. “Com o que vivenciei nessa atividade, tenho certeza de que me sairei bem quando for participar de uma entrevista de emprego real”, completa. 

EDUCAÇÃO FINANCEIRA – A inserção do componente curricular nas escolas pelo Governo do Paraná  ocorreu a partir do ano de  2021. O objetivo foi ajudar os jovens a organizar as finanças e a contribuir com o planejamento do orçamento familiar e o desenvolvimento de competências necessárias para o uso consciente do dinheiro, do gerenciamento e planejamento financeiro.

 O componente faz parte do currículo das Escolas da Educação em Tempo Integral, e das demais instituições dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

Fonte: Governo PR

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Paraná pode ter maior área de cevada da história e aumentar liderança nacional de produção

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A cultura da cevada, que está em início de plantio, volta a ganhar espaço no Paraná com previsão de se ter a maior área já semeada no Estado. Maior produtor desse cereal de inverno, o Paraná pode ter 94,6 mil hectares plantados e uma produção 40% superior à registrada no ano passado, chegando a 413,8 mil toneladas.

Esse é um dos assuntos detalhados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 11 a 16 de abril. O documento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), também fala sobre as consequências climáticas em outras culturas e analisa o desempenho paranaense em proteínas animais.

Em 2024 o Paraná colheu 296,1 mil toneladas de cevada em 80,5 mil hectares. O aumento de 18% de áreas paranaenses a receber a cultura na safra que se inicia é reflexo principalmente do retorno de intenção de plantio na região de Guarapuava. A previsão é que sejam semeados 36,9 mil hectares, ou 25% superior aos 29,6 mil hectares colhidos ano passado.

Mesmo com esse aumento em Guarapuava, a região dos Campos Gerais ainda tem previsão de ter maior área plantada, com 38 mil hectares. “O ganho acontece especialmente na região de Guarapuava em função do ânimo com as melhores cotações e os resultados satisfatórios a campo experimentados no Centro-Sul paranaense em 2024”, afirmou o agrônomo Carlos Hugo Godinho, do Deral.

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As maltarias instaladas no Paraná precisam de malte, o que levou a recorde na compra. No primeiro trimestre foram adquiridas cerca de 200 mil toneladas para manter o Paraná como maior produtor de malte brasileiro. “A confirmação de uma produção maior e de boa qualidade é essencial para a diminuição da necessidade de importação de cevada”, disse Godinho.

SOJA E MILHO – O boletim fala ainda sobre perda de 5,3% no campo na primeira safra de soja. A região Sul até apresentou ganho de produtividade de 4,7%, no entanto as demais regiões, sobretudo o Noroeste, foram bastante impactadas pela estiagem e por ondas de calor atípicas.

As lavouras de milho estão com bom desempenho, principalmente nas regiões Sul e Sudoeste, que concentram a maior parte da área plantada. Mas, da mesma forma que na soja, as demais regiões sentem os efeitos de chuvas escassas e calor intenso.

PECUÁRIA – No setor pecuário, o documento do Deral salienta que as exportações de bovinos pelo Brasil geraram US$ 3,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025. Em média, cada quilo de carne enviado ao Exterior custou US$ 4,78. No mesmo período de 2024 custava US$ 4,40.

No atacado, o traseiro e o dianteiro bovinos seguem com o preço em alta. Em média, são comercializados no Paraná por R$ 25,01 e R$ 18,54, respectivamente.

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SUINOS – O Paraná manteve, pelo quarto ano seguido, a liderança na produção de carne suína em frigoríficos sob inspeção estadual, que permite comercialização exclusiva no mercado interno. O Estado produziu 155,9 mil toneladas, respondendo por 20% da produção nacional nesse regime de inspeção.

Quanto ao número de animais abatidos em estabelecimentos com inspeção estadual, o Paraná é o terceiro, com 1,66 milhão de suínos. Por terem maior peso médio eles produzem mais quilos de carne. Quando se leva em conta a produção nas três instâncias de inspeção – federal, estadual e municipal – o Estado é o segundo colocado, com 12,4 milhões de suínos abatidos e produção de 1,14 milhão de toneladas de carne.

FRANGO – O Agrostat/Mapa, ferramenta que monitora o comércio exterior no segmento agropecuário, mostra que o Brasil exportou 1,3 milhão de toneladas de frango no primeiro trimestre de 2025, com faturamento de US$ 2,534 bilhões. No mesmo período do ano passado tinham sido 1,1 milhão de toneladas a US$ 2,101 bilhões.

O Paraná foi responsável por 559.108 toneladas no primeiro trimestre deste ano, volume 12,3% superior às 497.727 toneladas de 2024. Em receita, entraram no Estado US$ 1,041 bilhão, aumento de 12,7% sobre os US$ 847 milhões do ano anterior.

Fonte: Governo PR

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