14 de Abril de 2025
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    IAT devolve à natureza gambás-de-orelha-branca reabilitados em programa de voluntariado

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    Agentes do Instituto Água e Terra (IAT) promoveram na quinta-feira (20), em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba, a soltura de seis gambás-de-orelha-branca (Didelphis albiventris) que estavam sob cuidados dos participantes do programa de Voluntariado para Cuidados e Reabilitação Intensiva de Animais Silvestres (CRIA), coordenado pelo órgão ambiental.

    Iniciativa, pioneira no País, o CRIA recebe animais resgatados pela Polícia Ambiental e pelas secretarias municipais de Meio Ambiente de todas as regionais do Paraná e os encaminha para tratamento intensivo realizado por voluntários, antes de serem devolvidos à natureza.

    “É um tipo de atendimento que pode ser feito por um voluntário”, diz a veterinária do IAT, Letícia Koproski. “O programa CRIA proporciona a união das demandas da sociedade e a educação ambiental com o voluntariado”.

    A espécie Didelphis albiventris é conhecida popularmente como gambá e gambá-de-orelha-branca. É um marsupial de médio porte, de cor castanha-escura ou preta e com feixes brancos nas costas e em toda a frente da cabeça. É um animal muito versátil, que pode ocupar tanto habitats naturais quanto ambientes urbanos. Se alimenta de frutas, insetos, pássaros e mamíferos de pequeno porte.

    O IAT é responsável pela análise do retorno desses animais ao habitat natural. Para que os gambás consigam sobreviver na natureza é preciso que tenham mais de 18 centímetros de comprimento, com idade estimada de 15 semanas de vida, além de pesar de 350 a 400 gramas. Letícia acrescenta que as solturas não ocorrem em um período fixo, e que costumam ser realizadas em locais próximos de onde os animais foram resgatados originalmente.

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    “Tem que ser em uma área que tenha recursos básicos e necessários para sobrevivência. Perto de um curso d’água, mata relativamente bem conservada, para que eles tenham condições para se abrigar e se alimentar”, complementa a veterinária.

    Os filhotes de gambá são a maioria entre os animais atendidos pelo programa, em parte por causa do grande número de acidentes envolvendo a espécie, que costuma frequentar ambientes urbanos durante o dia em busca de alimento. Dessa forma, a população deve ter um cuidado redobrado, especialmente em razão do importante papel desenvolvido pela espécie no ecossistema, ajudando na dispersão de sementes e no equilíbrio populacional de animais peçonhentos e insetos.

    CRIA – Criado em 2020, o CRIA proporciona aos profissionais e aos cidadãos interessados a oportunidade de aprender a lidar com animais silvestres de forma adequada. O foco do voluntariado é o atendimento a filhotes de aves e gambás, além de alguns animais adultos em recuperação. O intuito do programa não é estimular a adoção. Para participar, o interessado deve entrar no site do IAT preencher o formulário e participar do curso EAD. É necessário apresentar carteira de vacinação atualizada, assinar os termos e finalizar a inscrição. O processo é gratuito.

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    COMO PROCEDER – O convívio com os gambás pode ser pacífico desde que algumas providências sejam tomadas. Normalmente, eles procuram locais fechados e protegidos, como forros e telhados de residências. A indicação é vedar esses locais para evitar que os animais entrem.

    Outra forma evitar que sejam atraídos é não deixar alimentos disponíveis no quintal, como ração de cães e gatos; manter latas de lixo fechadas com cadeados; e não acumular lixo ou entulhos.

    Em casos de acidentes, atropelamentos ou riscos de ataques por animais domésticos, o conselho é entrar em contato com a Secretaria de Meio Ambiente de seu município, com o escritório regional do IAT mais próximo da ocorrência ou, ainda, com o Setor de Fauna do IAT, que fica em Curitiba.

    Fonte: Governo PR

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    Natureza invisível: conheça Milena Celli, a nova residente da Academia Alfredo Andersen

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    Uma nova residente chega à Academia Alfredo Andersen. A partir desta segunda-feira (14) até maio, a artista visual curitibana Milena Celli inicia a residência artística no ateliê da Academia. Ela propõe uma disruptura com padrões de beleza e convida o público a visitar o espaço e ver o desenvolvimento de peças que exploram o mundo invisível da natureza por meio de técnicas de cerâmica.

    Milena conta que a arte sempre fez parte de sua vida. “Já durante a infância eu me expressava artisticamente, criando brinquedos e sendo apaixonada por fotografia. Quando pequena fiz aulas no Centro Juvenil de Artes Plásticas”, diz ela. Durante sua juventude, a artista se formou em Design de Produtos, arteterapia, obteve registro profissional como atriz, teve sua própria galeria de artes, ensinou cerâmica e se consolidou como fotógrafa profissional.

    Após uma longa jornada explorando diversos caminhos artísticos, há 10 anos a escultura retornou à sua vida. “Sempre foi uma paixão. Voltar a trabalhar com esculturas em argila foi um pedido da Milena criança que eu precisei atender. Desde então tento sempre deixar aspectos da minha infância aflorados para desenvolver minha linha artística”, afirma.

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    Para seu projeto de residência, Milena está desenvolvendo peças de cerâmica inspiradas na natureza impossível de ver a olho nu, captada por macrofotografia, e utiliza aspectos naturais de uma maneira disruptiva para criar peças únicas, tomando como base princípios da biomimética. “Olhamos para a natureza e vemos evolução, ciclos, heterogeneidade. É isso que tento traduzir para minhas obras e espero que cause estranheza, que as pessoas fiquem observando para tentar compreender as referência naturais que uso”, explica a artista.

    Sobre a ligação da artista com o Museu Casa Alfredo Andersen, ela destaca o caráter inovador de Alfredo Andersen e seus estudos e pinturas ligadas à natureza. “Andersen não foi apenas um pintor, foi um pensador. Sua atuação como artista, professor e empreendedor deixou um legado importante. Me encantei quando soube mais da história dele”, destaca a artista.

    Ao conhecer mais os trabalhos de Andersen, Milena também se sentiu próxima ao pai da pintura paranaense por identificar que, assim como ela, ele tinha um apreço pela natureza, e retratou paisagens paranaenses de formas originais.

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    Aos interessados em conhecer mais sobre Milena Celli e seu trabalho, a artista visual estará com o ateliê aberto ao público de terça a sexta-feira para receber visitantes entre 10h e 12h. A entrada é gratuita. No decorrer de sua residência, a artista pretende expor seus trabalhos em uma mostra exclusiva e promover uma conversa aberta com outros ceramistas. Para atualizações sobre a residência artística, siga o MCAA no instagram @museualfredoandersen.

    Serviço

    Visitas à residência artística – Milena Celli

    Terça a sexta, das 10h às 12h

    Rua Mateus Leme 336 – Centro – Curitiba

    Fonte: Governo PR

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