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Deputado Marcio Pacheco (PP) e mais 14  parlamentares assinam Moção contra a Prática do Aborto no Brasil

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Nesta semana, liderados pelo deputado Marcio Pacheco (PP), quinze deputados estaduais do Paraná protocolaram uma Moção de Apoio ao PDL 3/2025 e ao PL 1904/2024 na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). O PDL 3/2025 busca sustar os efeitos da Resolução nº 258, de 23 de dezembro de 2024, do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), enquanto o PL 1904/2024 visa impedir que o aborto seja reconhecido como um direito, sem qualquer limite de tempo gestacional, durante os nove meses de gravidez, até o momento do parto.

No documento, endereçado aos presidentes do Senado Federal, David Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, os deputados paranaenses defendem o direito à vida do nascituro e se posicionam publicamente contra a Resolução do CONANDA.

“Devemos nos opor a esse ativismo da pró-morte. Não podemos permitir que o ativismo pró-aborto prevaleça. Estão legalizando um crime e negligenciando um direito fundamental, que é o direito à vida. O mais alarmante é que essa prática pode ser realizada sem qualquer limite de tempo gestacional, podendo ocorrer até mesmo durante o parto”, enfatiza o deputado Marcio Pacheco.

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Os deputados que assinam a moção são:

Marcio Pacheco (PP), Gílson de Souza (PL), Jairo Tamura (PL), Del. Jacovós (PL), Ricardo Arruda (PL), Artagão Júnior (PSD), Tito Barichello (UNIÃO), Evandro Araújo (PSD), Batatinha (MDB), Fábio Oliveira (Pode), Bazana (PSD), Cloara Pinheiro (PSD), Cobra Repórter (PSD), Mara Lima (REP) e Alexandre Amaro (REP).

Os parlamentares reconhecem que as três situações em que a interrupção da gravidez atualmente permitidas pela justiça brasileira — grave risco à vida da mãe, gravidez resultante de estupro e casos de feto anencéfalo — são suficientes para justificar a interrupção. A Constituição Federal, em seu artigo 5º, caput, estabelece o direito inviolável à vida como um dos princípios fundamentais, garantindo a inviolabilidade do direito à vida a todos os brasileiros e estrangeiros residentes no país. O Código Civil também protege os direitos do nascituro desde a concepção, em consonância com o Pacto de São José da Costa Rica. Assim, o nascituro é titular de direitos, começando pelo direito à vida, sem o qual nenhum outro direito teria validade. A Carta Universal dos Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário, reafirma em seu artigo terceiro que “todo ser humano tem direito à vida”.

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A Resolução nº 258 estabelece que toda gestante menor de 14 anos deve ser encaminhada a um órgão do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA), como os Conselhos Tutelares, onde receberá orientação e será encaminhada imediatamente para um serviço público de aborto, independentemente do conhecimento ou consentimento dos pais ou responsáveis (artigo 20). Além disso, toda gestação de menores de 14 anos deve ser obrigatoriamente denunciada ao Conselho Tutelar (artigo 2º, XII; artigo 14),, sem considerar o consentimento da relação sexual. Os pais, mesmo cientes da gestação, não podem se opor ao aborto (artigo 21) nem exigir sua presença durante o procedimento (artigo 23).

Fonte: ALPR PR

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Comissão Especial discutirá projeto que trata da classificação do tabaco produzido no Paraná

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Com as galerias do Plenário cheias, a Assembleia Legislativa do Paraná realizou na manhã desta terça-feira (15) uma audiência pública para discutir o PL 119/2023, que altera como a categorização do tabaco é realizada no Paraná. Os deputados estaduais decidiram pela criação de uma Comissão Especial para discutir e aprimorar o texto.

O grupo será formado nesta quarta-feira (16). Ele será composto pelos nove autores do projeto, os deputados Maria Victoria (PP), Alexandre Curi (PSD), Anibelli Neto (MDB), Hussein Bakri (PSD), Luiz Cláudio Romanelli (PSD), Luis Corti (PSB), Marcelo Rangel (PSD), Professor Lemos (PT) e Moacyr Fadel (PSD); além de outros parlamentares que desejarem participar.

O grupo contará ainda com uma Comissão Técnica que irá estudar a adoção recente de lei semelhante no Rio Grande do Sul, destacou o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Alexandre Curi (PSD). “Nosso objetivo não é politizar o assunto. O compromisso dos deputados aqui é, antes de aprovar ou não, debater com quem está enfrentando as dificuldades no dia a dia”, disse.

Fumicultores, produtores rurais que cultivam tabaco, compareceram em grande quantidade na audiência, que reuniu mais de 500 participantes. O evento também contou com a presença de representantes das empresas fumageiras, que produzem o fumo; e de entidades ligadas à agricultura familiar. Também esteve representando o Departamento de Economia Rural (Deral) e Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná).

Categorização passaria a ser feita na propriedade do agricultor

O texto que tramita na Alep propõe que a classificação da folha do tabaco pelas empresas passe a ser realizada antes da planta ser transportada à indústria, ainda na propriedade do produtor – o que permitiria ao fumicultor aceitar ou não a venda.

Hoje essa etapa é realizada quando a safra é entregue para a indústria fumageira, que define conforme a qualidade da safra – as categorias são previstas em regulamento do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), separadas conforme características físicas do produto. O tipo interfere diretamente no preço das safras.

“É uma demanda que discutimos desde 2008. Hoje tem esse conflito de análise e precificação. Às vezes, a classificação vai de encontro com o que o produtor pensa. Como o fumicultor está distante das áreas de industrialização, ele acaba aceitando a condição da indústria e ficando refém”, explicou Ágide Meneguette, presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP). As indústrias fumageiras estão concentradas principalmente no Rio Grande do Sul.

Um dos primeiros participantes a discursar, o deputado estadual do Rio Grande do Sul, Zé Nunes (PT), foi convidado por conta da aprovação de uma lei estadual semelhante, pioneira no tema e de sua autoria. “Quando o fumicultor não concordava com a classe definida, ele não tinha o que fazer. Como ele traria o fumo de volta? O produto já tinha perdido a qualidade, tinha sido transportado”, disse, lembrando a situação do estado gaúcho.

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“O momento da classificação é muito unilateral para o lado da companhia. O classificador é um funcionário da companhia, que recebe salário da companhia, e define a classe do fumo do agricultor com diferença de 30% a 40% [do valor devido]”, acrescentou o agrônomo. Segundo ele, a implementação da nova lei ocorre sem barreiras no Rio Grande do Sul. “O processo de compra continua igual, terá os mesmos equipamentos na empresa. Mas a classe é definida na propriedade do agricultor”.

Empresas são contrárias ao PL

Contrárias aos projetos, as empresas fumageiras acreditam que a mudança trará problemas ao setor econômico. Representadas no Plenário por Valmor Thesing, presidente do Sinditabaco (Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco), afirmou o risco de “desarranjo operacional e logístico. A mudança fatalmente vai nos trazer um aumento de custo bilionário”. Ele também citou risco de fortalecimento no contrabando de cigarros.

Ao citar problemas logísticos, ele usou como analogia a figura de um médico que, em vez de receber pacientes no consultório, visita a casa de cada um. “Provavelmente não conseguiremos comprar safra dentro de três ou quatro meses, que é ideal, porque o produto é perecível”, disse Valmor. “O aumento do custo tirará a competitividade do Brasil no mercado internacional, hoje 90% do tabaco é exportado. Queremos que seja feita uma discussão ampla nas Comissões dos impactos”.

Uma das mudanças reivindicadas pelo sindicato é que seja facultado ao produtor decidir se quer a aquisição na sua casa ou nos postos de compra. “Classificar e fazer a compra na casa do produtor significa pesar, classificar, tirar umidade e ver se não há enxerto. Não existe estrutura para fazer isso na casa do produtor”, destacou o presidente do sindicato nacional, que representa todas as 14 empresas fumageiras do Sul.

Técnicos

Wagner Spirandelli, representando o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), destacou como o órgão pode fortalecer o trabalho de classificação. Ele citou o papel do IDR no acompanhamento do recebimento do tabaco perante à empresa compradora durante as safras.

“Logicamente não tem nem o que se comparar com o que se pretende na classificação nas propriedades. Evidente que nós teremos algumas coisas a contribuir, com a capacidade instaladas dentro do IDR, que é o sistema de classificação credenciado pelo Ministério da Agricultura”, destacou, citando a possibilidade de realizar auditorias no processo de classificação e a necessidade de aumento no efetivo do órgão.

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Projeto

A mudança proposta pelo PL 119/2023 já foi apresentada em pelo menos outras duas ocasiões na Assembleia Legislativa. O primeiro, de autoria do deputado Marcio Pauliki, foi apresentado em 2015. Ele acabou arquivado. Recentemente, no dia 10 março de 2025, o deputado estadual Luiz Claúdio Romanelli (PSD), apresentou o PL 110/2025. Devido à semelhança, o último texto foi apensado ao projeto de lei 119/2023, que até então não tramitava entre as Comissões. Este último é de autoria dos deputados Alexandre Curi, Anibelli Neto (MDB) e Maria Victoria (PP).

“Se o produto tem que ser selecionado na sua propriedade, mas caso não se aceite os preços e valores, que o produtor tenha arbitragem e que ela seja custeada pela indústria fumageira”, defende Anibelli Neto. “A classificação poderia sim ser feita nas propriedades. Por uma questão logística e de justiça. São mais de 28 mil famílias e mais de 100 municípios – quase um terço do Estado produz fumo”, ressalta a segunda secretária da Assembleia, deputada Maria Victoria.

“Os produtores têm tido uma comercialização muito injusta de sua produção. As empresas acabam utilizando a hipossuficiência do produtor isolado na comercialização. Nós estamos invertendo essa lógica”, destaca Romanelli.

Mesa

Também compuseram a mesa os deputados Alisson Wandscheer (SD); Ademar Traiano (PSD), Adão Litro (PSD), Moacy Fadel (PSD) e a 1º Vice-Presidente, Flávia Francischini (União); Marcelo Garrido Moreira, chefe do Departamento de Economia Rural (Deral); Gilson Becker, presidente da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco); Fernanda Sardanha, Vice-presidente da Amprotabaco; Alexandre Leal dos Santos, presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep).

Fumicultura no Paraná

Segundo a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), cerca de 28 mil famílias do Estado se dedicaram ao cultivo do tabaco na safra 2023/2024. No contexto regional, os três Estados do Sul do Brasil são responsáveis por 97% da produção nacional, envolvendo aproximadamente 162 mil famílias e 320 mil hectares cultivados.

“Diversos municípios paranaenses se destacam na fumicultura, como São João do Triunfo, Rio Azul e Ipiranga, que somam milhares de famílias que dependem dessa atividade para sua subsistência”, destaca a justificativa do projeto de Bakri.

Fonte: ALPR PR

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