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Turismo no Rio Paraná impulsiona economia dos municípios do Noroeste

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Uma nova realidade está se desenvolvendo às margens do Rio Paraná, no Noroeste do Estado, com a consolidação da região como um importante polo turístico. Com o redesenho do perfil econômico, os municípios da costa do rio vivem um grande crescimento na demanda por serviços e aumento na geração de empregos.

Esta mudança é impulsionada por uma série de investimentos que vem sendo realizados nos municípios de Porto Rico, São Pedro do Paraná, Marilena, Icaraíma e Querência do Norte. São dezenas de resorts, pousadas, hotéis e restaurantes na região do rio que, junto de ações do Governo do Estado, como os investimentos na infraestrutura da região e as programações culturais e recreativas do Verão Maior Paraná, esquentam a economia local.

Os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), de novembro de 2024, dão uma medida desta evolução. Ao longo do ano, o estoque de pessoas empregadas com carteira assinada em atividades de alojamento e alimentação nos municípios da região aumentou 32% em relação ao ano anterior. Este aumento representa um crescimento sete vezes superior à média brasileira de empregados com carteira assinada nos setores de alimentação e alojamento, que foi de 4,5% no mesmo período.

“Os atrativos turísticos do Noroeste, especialmente as prainhas de água doce do Rio Paraná, vêm sendo muito bem trabalhados nos últimos anos, fruto dos investimentos da iniciativa privada e de um olhar diferenciado que o Estado tem hoje para o turismo. Todos entenderam que este setor é sinônimo de criação de empregos, infraestrutura, geração de renda e promoção de qualidade de vida à população”, afirmou o secretário de Turismo do Paraná, Márcio Nunes.

NOVO PERFIL – Uma das mudanças mais drásticas pode ser visualizada em Porto Rico. A cidade, que tinha 2,5 mil habitantes em 2010, de acordo com o Censo do IBGE, teve um salto populacional de 25% ao longo da década seguinte, chegando a 3,2 mil moradores habituais.

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O número, no entanto, passa das 20 mil pessoas durante a temporada de verão, de acordo com estatísticas da prefeitura. “É uma cidade que hoje vive totalmente do turismo. Isso movimenta dos serviços mais básicos até o mercado imobiliário, fortalecendo a economia regional”, afirmou o prefeito de Porto Rico, Valtinho do Beira Rio.

Para o empresário de setor hoteleiro Guilherme Ribeiro, o período marca a evolução de uma cidade que atraía apenas alguns pescadores aos finais de semana para uma referência nacional do turismo de natureza. “A cidade mudou. Os investidores e empresários entenderam que aqui é um segundo litoral do Paraná, com uma rede hoteleira em franco desenvolvimento, com um perfil de serviços de alta qualidade”, disse.

O aumento no número de moradores e turistas impulsionou a economia a ponto de, atualmente, a cidade enfrentar falta de mão-de-obra para alguns serviços, tendo que recorrer a trabalhadores de outras cidaded para dar conta das demandas. De acordo com uma estimativa da Associação Comercial e Industrial de Porto Rico (Acip), são cerca de mil trabalhadores de fora da cidade que atendem o município com serviços regulares ou temporários.

“O desenvolvimento do turismo aconteceu muito rápido. Há dez anos não tínhamos essa estrutura que temos hoje. E isso impacta em todos os setores da economia, a ponto de termos empresas que têm emprego, mas não têm gente para contratar”, disse o presidente da Acip, Wanderley José Covissi.

INVESTIMENTO – Uma série de obras de pavimentação das vias urbanas dos municípios e de infraestrutura local, realizadas pelo Governo do Estado, colaboraram que este desenvolvimento regional. E a perspectiva de que outras saiam do papel também anima o empresariado local.

Em Marilena, um convênio entre a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Seil) e o município vai tirar do papel uma ligação asfáltica entre a área urbana e a costa do rio no valor de R$ 60 milhões. Com a pavimentação, uma série de empreendimentos privados já estão planejados para a região, conhecida como Porto Maringá.

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Hoje, uma estrada de terra de cerca de 12 quilômetros separa o centro da cidade da margem do Rio Paraná. Com a obra prestes a sair do papel, pelo menos dois novos condomínios residenciais e um resort já estão em obras na área.

“Hoje a região de Porto Maringá já tem mais lotes do que a área urbana da cidade e muitos proprietários vão começar a construir agora com a confirmação desta obra. Isso vai movimentar ainda mais a economia local”, afirmou o proprietário de uma loja de materiais de construção, José Nilton Cavalcante.

ESTRUTURA E LAZER – Os municípios da região atraem turistas por conta da ampla gama de atividades à disposição. Alguns atrativos da região são as orlas de Porto Rico e de Porto São José, no município de São Pedro do Paraná, onde é possível encontrar esportes aquáticos, mergulhos, passeios de barco e lancha. Já em Querência do Norte os turistas também podem aproveitar a pesca esportiva no Rio Ivaí. Em Marilena, é possível visitar o encontro das águas dos rios Paraná e Paranapanema, além experimentar os pratos típicos da região.

“São muitas atividades, com uma ótima estrutura. Conheço a região há mais de 40 anos e nunca vi uma evolução tão grande na oferta de atividades e serviços”, afirmou a turista Aparecida Prado, moradora de Foz do Iguaçu.

Nesta região, há três postos de atendimento turístico durante o Verão Maior Paraná. Eles estão em Porto Maringá, Porto São José e Porto Rico. Os locais oferecem atendimento, atividades recreativas sobre o setor paranaense, divulgações e mais informações aos turistas.

VERÃO MAIOR PARANÁ – Toda a programação do Verão Maior Paraná pode ser conferida no site exclusivo do Governo do Paraná, o pr.gov.br/verão. Serão 33 shows nacionais gratuitos nas arenas de Matinhos e Pontal do Paraná, além de grande programação esportiva nas arenas das praias do Litoral e na região Noroeste.

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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