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Feira Sabores Paraná retorna a Curitiba para mostrar a força da agroindústria familiar

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Após um intervalo de dez anos, a Feira Sabores do Paraná volta a Curitiba. O evento, que é uma das principais vitrines da produção dos agricultores familiares do Estado, foi aberto nesta quinta-feira (28), no salão de eventos do Museu Oscar Niemeyer. O objetivo é divulgar o trabalho as pequenas agroindústrias paranaenses e a produção de alimentos artesanais.

Nesta edição, 76 agroindústrias familiares de 56 municípios estão reunidas mostrando seus trabalhos. Entre eles, dez empreendimentos do Rio Grande do Sul, que vieram expor seus produtos no Paraná a partir de uma parceria que tem como objetivo apoiar municípios atingidos pelas fortes chuvas que passaram pelo estado gaúcho em maio.

“É muito importante que um evento tão tradicional como é a Feira Sabores do Paraná volte a ser realizada. São produtos de muita qualidade, feitos com muito cuidado, que agregam valor à nossa agricultura. É a chance de mostrar para o grande público os potenciais da agricultura familiar e das pequenas indústrias do campo”, disse o vice-governador Darci Piana, na abertura do evento.

Originalmente, a feira era realizada anualmente na Capital do Estado entre 2000 e 2014, quando foi interrompida. Desde então, exposições semelhantes seguiram acontecendo no Interior do Estado, mas sem um evento centralizado em Curitiba.

De acordo com o secretário de Agricultura e Abastecimento, Natalino Avance de Souza, o evento é uma oportunidade de dar visibilidade ao trabalho de qualificação das agroindústrias familiares feito pelo Governo do Estado. “Voltamos a Curitiba porque entendemos que aqui é a principal vitrine do Paraná. Estes produtos são a primeira ou a segunda renda de muitas famílias que vivem no campo e por isso é muito importante a gente mostrar o quanto eles se profissionalizaram nos últimos anos”, disse.

Como parte deste trabalho, o Estado já confirmou que o evento voltará a ser realizado em 2025, quando receberá 150 produtores no Centro de Eventos Positivo, entre 21 e 24 de agosto. “Queremos que a competência e o empreendedorismo dos agricultores familiares do Paraná tenham mais espaço, que sejam projetados cada vez mais”, afirmou Souza.

APOIO – O Governo do Estado apoia o desenvolvimento das agroindústrias do Paraná por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-Paraná). Os extensionistas do instituto orientam os produtores a qualificar seus processos produtivos, visando maior competitividade e renda para eles. As orientações também têm como objetivo modernizar os processos, retendo jovens talentos no campo.

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Além disso, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento está desenvolvendo uma proposta de linha de crédito pelo Banco do Agricultor Paranaense que apoie a regularização fundiária das propriedades familiares ou a expansão da produção das pequenas agroindústrias. “A ideia é uma linha de apoio financeiro com juro zero e um bônus de adimplência com um valor que ainda estamos definindo”, disse Natalino Avance de Souza.

SUSAF – As agroindústrias expositoras que vieram do Interior do Estado podem comercializar seus produtos em Curitiba em razão da regulamentação do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf).

Por meio dele, os municípios que têm um Sistema de Inspeção Municipal (SIM) de excelência podem conferir o selo Susaf a agroindústrias com o mesmo padrão de qualidade higiênico-sanitária, passando a ter o direito de vender em todo o Paraná e não apenas nos limites do território municipal.

Na abertura da feira, o prefeito de Sabáudia, Moisés Soares Ribeiro Filho, recebeu o certificado de seu município. Há atualmente 160 municípios certificados pelo Susaf.

AGROINDÚSTRIAS – A produtora Lívia Trevisan, da Estância Baobá, de Jaguapitã, também recebeu o selo para seu estabelecimento. “Representa, essencialmente, mais vendas”, afirmou. De um mercado potencial de 14 mil pessoas amplia para 11,8 milhões, que é a população paranaense.

Ela e o marido, Samuel Camberfort, produzem queijos artesanais na propriedade desde 2016. Um ano antes tinham retornado da França, onde viveram por um período. Desde o início, a proposta foi de executar um projeto agroecológico, com produção de vacas, ovelhas e aves, e a convivência harmônica com a natureza.

Atualmente produzem mais de 15 tipos de queijos, com leite de ovelhas e vacas Jersey. O destaque é o Requeijão de Corte, receita da bisavó de Lívia, que rendeu o prêmio Super Ouro no Mundial de Queijos de 2024, realizado em São Paulo em abril.

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A feira, no entanto, reúne produtores de todas as regiões do Estado. Marcos e Talita Lezuk, de Prudentópolis, estão no evento com os embutidos produzidos na propriedade da família. A Lezuk Embutidos foi a primeira a ter o selo do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi) no município, atestando a qualidade dos produtos.

Hoje, produz mais de 15 tipos de embutidos. Além de cinco membros da família, emprega seis pessoas. Marcos soube da feira pelos técnicos do IDR-Paraná, assim como sempre é comunicado por eles de algum evento. “É importante para divulgar os produtos artesanais, o nome de nosso município e para não perder os laços familiares”, salientou.

ERVA-MATE E VINHO – No mesmo ambiente da feira os visitantes também podem encontrar o espaço da erva-mate, em que são apresentados produtos dessa que é uma das mais tradicionais culturas agrícolas do Estado. Como novidade é possível experimentar o mate on tap, ou mate gaseificado. Igualmente há chás mates com blends, utilizando plantas medicinais.

A Associação dos Vitinicultores do Paraná (Vinopar) também está presente com um estande. São apresentados para venda 20 rótulos de dez vinícolas.

FEIRA – Além da comercialização dos produtos, a Feira Sabores do Paraná conta com um espaço de gastronomia e ambiente para aulas-show de culinária com ingredientes disponíveis na feira ou cultivares desenvolvidas pelo IDR-Paraná. Ela estará aberta até domingo (01), das 10 às 20 horas.

O evento é promovido pela secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), com execução do IDR-Paraná e apoio da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Curitiba, Sistema Faep/Senar-PR, Sebrae/PR e Fetaep.

PRESENÇAS – Também estiveram no evento de abertura o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara; o secretário da Indústria e Comércio, Ricardo Barros; o presidente do IDR-Paraná, Richard Golba; os representantes do MDA, Edson Antonio Domagena e Leila Klenk: o superintendente do Sebrae/PR, Vitor Tioqueta: o presidente da Fetaep, Alexandre Leal dos Santos; o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, e a representante da Faep, Débora Grimm; e demais autoridades.

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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