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O fim da violência contra as mulheres é debatido em Audiência Pública na Assembleia Legislativa

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A audiência pública desta segunda-feira (25), realizada no Auditório Legislativo, por proposição da presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, deputada Cantora Mara Lima (Republicanos) teve por objetivo marcar a data do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, por meio de amplo debate sob o tema: “O Silêncio Pode Matar”.

O seu objetivo é alertar para a violência física, psicológica, sexual e social que atinge as mulheres. Segundo a organização ONU Mulheres, a violência contra as mulheres e meninas continua a ser uma das violações dos direitos humanos mais frequentes e generalizadas no mundo. A nível mundial, quase uma em cada três mulheres foi vítima de violência física e/ou sexual cometida por um parceiro íntimo, de violência sexual sem parceiro, ou de ambas, pelo menos uma vez na vida.

A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, deputada Cantora Mara Lima (Republicanos), destacou a importância da audiência para avançar na construção de políticas públicas mais assertivas para garantir o direito das mulheres. “Esta audiência mostra que o Legislativo atua em conjunto com a justiça e com os órgãos responsáveis no combate à violência contra a mulher, como o Tribunal de Justiça, o Ministério Público, a Casa da Mulher Brasileira, Delegacias, Guarda Municipal, etc. A Comissão de Direitos e Defesa da Mulher da Casa sempre esteve pronta a auxiliar naquilo que fosse necessário, não só na questão da aprovação de leis, mas também em ações. Além disso, temos aqui a Procuradoria da Mulher e a Bancada Feminina, que atuam em conjunto nesse sentido”.

“Estamos realmente sensibilizados com os dados que temos hoje em nosso estado e no país. São casos alarmantes de violência e, também os órfãos do feminicídio, que é algo que comove o nosso coração. Por isso, nós trazemos essa audiência, para ouvir pessoas envolvidas e toda essa rede de apoio mobilizada no Estado do Paraná, e assim possamos ampliar cada dia mais esse cuidado com mecanismos que ajudem as mulheres a se livrarem dessa cruzada de violência”, concluiu a deputada Cantora Mara Lima (Republicanos).

Conscientização, prevenção e acolhimento

Eliminar todas as formas de violência contra as mulheres e meninas nas esferas públicas e privadas é uma das metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5 – Igualdade de Gênero. A Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (Cedaw, 1979) e a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (Convenção de Belém do Pará, 1994) estabelecem o compromisso dos Estados em garantir às mulheres uma vida sem violência. A prevenção da violência de gênero é necessária para que ela não ocorra em primeiro lugar. Mas quando ela ocorre, os serviços essenciais devem atender às necessidades das mulheres e meninas, e a justiça deve ser implacável na defesa de seus direitos.

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A juíza Débora Cassiano Redmond da Coordenadoria Estadual da Mulher em situação de Violência Doméstica e Familiar (CEVID), participou da audiência pública e ressaltou que “segundo os dados estatísticos, esta é a realidade que a gente vê. A violência doméstica é perversamente devastadora e só conseguiremos enfrentar e diminuir a violência que existe em atacar as mulheres de forma conjunta. Por isso é importante o evento em espaços de debates como esse da Assembleia Legislativa. O dia de hoje, 25 de novembro, é o Dia Internacional de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, então é necessário que atuemos de forma conjunta para minimizar essa estatística”.

Sobre como orientar as mulheres que se sentem em situação de violência, a doutora Débora Redmond explicou que “inicialmente é necessário procurar uma rede de apoio. Temos os canais de denúncias que são anônimos, se estiver sofrendo violência, procurar uma delegacia para registro de Boletim de Ocorrência. O Poder Judiciário está preparado para atender essas mulheres e para evitar que a violência se repita”.

Já a coordenadora da Casa da Mulher Brasileira de Curitiba, Sandra Praddo, disse que “existem um número de denúncias em crescimento porque as mulheres se sentem encorajadas. A Casa da Mulher Brasileira é um grupamento que trata a questão na sua totalidade, na sua integralidade, onde tem todos os serviços. A mulher tem mais confiança e vai procurar mais orientação técnica, mais apoio e também acaba por denunciar mais. Desde junho de 2016 até a presente data, nós fizemos 121 mil atendimentos. Nem sempre de mulheres que foram lá para fazer Boletim de Ocorrência, mas sempre de mulheres que vão receber orientação psicossocial na busca em retomar o protagonismo da sua vida e seguir em frente”.

“Audiências como a de hoje são muito importantes para dar visibilidade à nossa causa, para dizer que a mulher tem voz e tem vez. Nos atendimentos da Casa da Mulher Brasileira, geralmente quando uma mulher vai lá é por conta da violência física, mas antes disso ela já sofreu violência psicológica, moral, patrimonial, sexual, aliás a violência psicológica perpassa por todos os tipos de violência, disse a senhora Sandra Praddo.

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Por fim, a coordenadora Sandra Praddo informou que existe novos serviços implantados. “Agora temos uma novidade que é o posto avançado da polícia científica, da polícia criminal, para que a mulher possa fazer lá mesmo, na Casa da Mulher Brasileira os exames de corpo de delito de forma que a mulher não tenha a necessidade de nenhum deslocamento externo, isso faz do local um espaço acolhedor com atendimento humanizado, ter todos os serviços que a mulher necessita dentro de um único espaço. Somos 10 dessas Casas no Brasil na mesma modalidade de integralidade de serviços. E tem dado muito resultado. Espero que as denúncias diminuam, que a violência diminua, mas é muito importante todas as mulheres saberem que existe um espaço em Curitiba para que essa mulher seja acolhida”.

Estatística

Mais de 90 mil boletins de ocorrência de violência contra a mulher e 30 mil de violência doméstica foram registrados no Paraná entre janeiro e maio de 2024. Em Curitiba os números de violência doméstica contra a mulher chegaram a 3.800 no mesmo período, segundo dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).

Em relação aos feminicídios, houve 69 mortes no primeiro semestre. Somados aos outros 99 casos de violência que não resultaram na morte das vítimas, o estado acumulou 168 ocorrências no período, segundo maior número dentre os estados brasileiros no semestre, atrás apenas de São Paulo. Em todo o País, foram 2007 casos registrados entre 1º de janeiro e 30 de junho. Os dados são do Laboratório de Estudos de Feminicídios (Lesfem), da Universidade Estadual de Londrina.

Segundo colocado em número absoluto de casos, o Paraná cai para a 11ª posição quando analisado o total para cada 100 mil habitantes. Os casos consumados e tentados ocorreram principalmente em municípios como Curitiba (12), Cascavel (7), Toledo (7), Araucária (6), Apucarana, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Santo Antônio do Sudoeste e São José dos Pinhais (4 cada).

Já o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024 indica que o número de feminicídios no Estado subiu 5% de 2022 para 2023, com 81 crimes de feminicídio no Paraná. Dados que preocupam e reforçam a importância de ações conjuntas e assertivas dedicadas à conscientização e combate à violência feminina.

Fonte: ALPR PR

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Conselho de Ações Solidárias e Voluntariado da Assembleia celebra ano de conquistas

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O Conselho de Ações Solidárias e Voluntariado da Assembleia Legislativa do Paraná fechou 2024 com um saldo bem positivo de ações, atividades, expansão do Programa Tampinha Paraná e arrecadação de tampinhas, brinquedos e livros. “Em 2024, o Conselho reafirmou seu compromisso de atuar como uma ponte entre a sociedade e a Assembleia Legislativa, promovendo iniciativas que ampliaram o alcance social da Casa de Leis. Nosso trabalho buscou engajar a população em ações que fomentaram a inclusão, a solidariedade e o respeito aos direitos de todos, especialmente dos grupos mais vulneráveis”, afirmou a presidente do Conselho, Rose Traiano.

O programa Tampinha Paraná ampliou sua atuação com novas parcerias como com o Museu Alfredo Andersen, a Associação Profissional dos Artistas Plásticos do Paraná (APAP), a Agência Reguladora do Paraná (Agepar) e a Sanepar. Parcerias estas que resultaram em grandes arrecadações de tampinhas plásticas que foram doadas ao Asilo São Vicente de Paulo, em Curitiba. Em 2024, o Programa Tampinha Paraná também ganhou um jingle e um mascote.

A campanha de arrecadação de tampinhas plásticas foi lançada em maio do ano passado com o objetivo de incentivar instituições, legislativos municipais, associações de classe, entre outros a arrecadarem tampinhas plásticas que serão destinadas às entidades assistenciais. De lá para cá foram inúmeras arrecadações, adesões e doações tanto que a campanha ganhou corpo e virou a lei estadual nº 21.697/2023. A iniciativa do programa é unir esforços de entidades públicas e privadas para promover a cultura de sustentabilidade ambiental e também de proteção às pessoas vulneráveis e representa o atendimento às demandas sociais de diferentes matizes.

Demais ações do Conselho

Ainda durante o ano de 2024 foram inúmeras ações e atividades como apoio à exposição fotográfica “A Outra Face do Autismo”, em comemoração ao Abril Azul; às ações do mês de Conscientização sobre o Autismo promovido pela Casa de Leis; à campanha do Governo do Estado “SOS Rio Grande do Sul”, com o recebimento de mantimentos para os desabrigados no estado e à campanha do Outubro Rosa promovida pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e pela Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia.

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Também, via Conselho, foram realizados dois Grandes Expedientes. Um para homenagear o artista Nilson Müller, ilustrador e criador do personagem Zequinha e na ocasião também aconteceu o encontro entre os personagens Zequinha (criado por Müller) e do mascote Tampinha. O outro Grande Expediente foi com a diretora do Hemepar, Vivian Raksa, que falou sobre a importância da doação de sangue em alusão ao Dia do Doador de Sangue Voluntário, celebrado em 25 de novembro. “Cada campanha, parceria e doação realizadas este ano são reflexos de um esforço coletivo para transformar vidas e criar um impacto positivo”, pontuou a presidente do Conselho, Rose Traiano.

A inclusão digital às pessoas idosas também não ficou de lado em 2024. Mais cinco Workshop “Uso Seguro e Consciente da Internet”, em parceria com a Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar) foram realizados. Um com dicas contra golpes virtuais, com o delegado titular da Delegacia de Estelionatos em Curitiba, Emmanoel David; um com a coordenadora do Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor do Paraná (Procon/Paraná), Cláudia Silvano, sobre ações e dicas sobre os direitos dos consumidores 60+ e prevenção de golpes na internet; um curso intensivo sobre o uso básico do celular na Semana Internacional do Idoso, ocorrido em outubro e um sobre Inclusão Digital. E para fechar o ano, uma Feira de Tecnologia 60+ que apresentou aos participantes interações sem as limitações físicas do mundo real através de dispositivos dedicados, como óculos de realidade virtual e robô social autônomo, além de palestra sobre o metaverso e Inteligencia Artificial (AI).

O Conselho também promoveu duas campanhas solidárias. A “Doe uma História, Inspire um Futuro”, no mês das Crianças, com a arrecadação de mais de mil exemplares de livros infantis e infantojuvenis que foram doados às crianças em situação de vulnerabilidade. E a Campanha de Natal 2024 com arrecadação de brinquedos às crianças dos servidores terceirizados da Casa de Leis.

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“Para 2025, nossa meta é ampliar ainda mais o alcance dessas ações, fortalecendo parcerias existentes e criando novas oportunidades de colaboração com instituições e a sociedade civil. Queremos tornar a Casa do Povo cada vez mais acessível, promovendo mais inclusão digital, conscientização ambiental e campanhas sociais que façam a diferença no dia a dia das pessoas. O desafio é grande, mas a vontade de construir uma sociedade mais justa e solidária nos move todos os dias”, disse a presidente do Conselho Rose Traiano.

Atribuições do Conselho

Instituído pelo ato da Comissão Executiva nº 2549/2023, o Conselho de Ações Solidárias e Voluntariado da Assembleia tem como atribuições promover o desenvolvimento de ações e incentivar o engajamento em ações voluntárias e de atos de solidariedade, visando o fortalecimento do vínculo do Poder Legislativo Estadual com a comunidade e o senso de dever cívico; identificar necessidades e vulnerabilidades sociais, organizar sistema de informações para desenvolver projetos, ações e adotar iniciativas que possam ser realizados em conjunto, pelo poder público estadual e municipal, iniciativa privada, entidades do terceiro setor e cidadãos, por meio de parcerias solidárias, visando potencializar os benefícios à comunidade paranaense e participar na organização e divulgação de estudos e pesquisas voltadas ao aperfeiçoamento das ações sociais promovidas pela casa legislativa em sua área de atuação. Vale ressaltar que as atividades desenvolvidas pelo Conselho não são remuneradas, tampouco indenizadas. Também integram o Conselho: Cleusa de Fatima Caieiro, Daniela Vanzo Duarte, Kely Schiavinato, Amanda Victoria de Lima, Paulo Valente e demais colaboradores.

Fonte: ALPR PR

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