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Retorno da Feira Sabores do Paraná valoriza produtos da agroindústria familiar

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A Feira Sabores do Paraná, com amostra e venda de produtos industrializados da agricultura familiar paranaense, está de volta. Ela acontece entre os dias 28 de novembro e 1º de dezembro no salão de eventos do Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. Estarão presentes 66 agroindústrias de 46 municípios paranaenses e dez do Rio Grande do Sul, totalizando 76 produtores. A entrada é gratuita.

“Nós temos orgulho daquilo que é feito pelos agricultores familiares deste Estado, desde o plantio até a transformação do produto para entregar algo com maior valor agregado aos consumidores”, diz o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza. “Mas é preciso que os produtos saiam de seus locais de origem e se tornem conhecidos, apreciados e consumidos, pois são muito bons”.

A Feira Sabores do Paraná está sendo retomada, após interrupção de 10 anos, para ser mais uma vitrine da produção dos agricultores familiares. “Temos programas consistentes e bem planejados de incentivo e apoio, que têm melhorado a vida dos produtores e ajudado a movimentar a economia estadual”, reforça Natalino.

Entre eles está o Coopera Paraná, que tem objetivo de fortalecer as cooperativas e associações da agricultura familiar por meio de ações integradas entre setor público e privado, para que melhorem sua eficiência, promovendo maiores condições para a sustentabilidade das organizações. Ele trabalha em quatro eixos principais: acompanhamento técnico-gerencial, capacitação de técnicos e dirigentes, comercialização e acesso a mercados, e instrumentos e políticas de apoio.

Também concorre para a criação do espírito empreendedor nos agricultores familiares o Banco do Agricultor Paranaense. Além de possibilitar financiamentos com juros reduzidos ou totalmente zerados para a produção, oferece linhas para investimentos em agroindustrialização dos produtos. O Estado tem reforçado ainda programas de competitividade e renda, inclusão produtiva da agricultura familiar, produção sustentável e segurança alimentar e nutricional no projeto Nossa Gente Paraná.

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A regulamentação do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf/PR), em 2020, foi um grande avanço no auxílio à comercialização dos produtos da agricultura familiar. Até agora 160 municípios aderiram ao sistema, possibilitando que agroindústrias locais que transformam os produtos de origem animal ampliassem o volume limitado de seus consumidores municipais para atingir todo o Paraná. O principal requisito é a excelência na qualidade higiênico-sanitária dos produtos.

“Os consumidores poderão encontrar na feira produtos artesanais, feitos por pequenos produtores, e muito ligados à nossa identidade regional e à memória afetiva”, diz Karolline Silva, coordenadora estadual de Agroindústria do Paraná e engenheira de Alimentos do IDR-Paraná. “Para os produtores é mais uma possibilidade de abertura de mercado, muitos costumam vender no próprio município e agora o Estado oferece essa vitrine, possibilitando que eles mantenham esse canal aberto até porque muitos deles já praticam venda online”.

Segundo ela, a parceria que o Paraná tem com órgãos representantes da agricultura gaúcha, particularmente com a Emater, possibilitou que alguns agricultores familiares também fossem selecionados para a feira. “Quando vimos o que aconteceu no Rio Grande do Sul com as fortes chuvas e enchentes que deixaram bastante prejuízo, entendemos que seria muito importante que colaborássemos de alguma forma, então decidimos que pelo menos algumas deveriam estar aqui conosco para ajudar na retomada da economia do Estado”.

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FEIRA SABORES – O evento é promovido pela Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), com execução do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná) e apoio da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Curitiba, Sistema Faep/Senar-PR, Sebrae/PR e Fetaep. O salão de eventos do Museu Oscar Niemeyer comporta 900 pessoas simultaneamente. A expectativa é que pelo menos cinco mil circulem em cada dia da feira.

Todos os participantes possuem Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) ativo e as agroindústrias alimentícias estão regularizadas sanitariamente. Os produtos que forem comercializados estarão todos rotulados, seguindo a legislação vigente. Já os artesanatos serão característicos de identidade regional ou terão em sua composição matérias-primas da propriedade rural. 

A Feira Sabores do Paraná aconteceu de 2000 a 2014, com edições em Curitiba e em diversos municípios do Estado. Como naquela época, a gastronomia será o carro-chefe para divulgar as atrações turísticas paranaenses. Também serão realizadas aulas-show de culinária, com ingredientes disponíveis na feira ou alguma cultivar desenvolvida pela pesquisa do IDR-Paraná. Cada aula-show terá o número máximo de 30 participantes e a inscrição é gratuita e feita no local.  

A abertura da feira será em 28 de novembro, às 16 horas, no salão de eventos do Museu Oscar Niemeyer. De sexta a domingo estará aberto ao público sempre das 10 horas às 20 horas.

Fonte: Governo PR

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Paraná pode ter maior área de cevada da história e consolidar liderança de produção

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A cultura da cevada, que está em início de plantio, volta a ganhar espaço no Paraná com previsão de se ter a maior área já semeada no Estado. Maior produtor desse cereal de inverno, o Paraná pode ter 94,6 mil hectares plantados e uma produção 40% superior à registrada no ano passado, chegando a 413,8 mil toneladas.

Esse é um dos assuntos detalhados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 11 a 16 de abril. O documento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), também fala sobre as consequências climáticas em outras culturas e analisa o desempenho paranaense em proteínas animais.

Em 2024 o Paraná colheu 296,1 mil toneladas de cevada em 80,5 mil hectares. O aumento de 18% de áreas paranaenses a receber a cultura na safra que se inicia é reflexo principalmente do retorno de intenção de plantio na região de Guarapuava. A previsão é que sejam semeados 36,9 mil hectares, ou 25% superior aos 29,6 mil hectares colhidos ano passado.

Mesmo com esse aumento em Guarapuava, a região dos Campos Gerais ainda tem previsão de ter maior área plantada, com 38 mil hectares. “O ganho acontece especialmente na região de Guarapuava em função do ânimo com as melhores cotações e os resultados satisfatórios a campo experimentados no Centro-Sul paranaense em 2024”, afirmou o agrônomo Carlos Hugo Godinho, do Deral.

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As maltarias instaladas no Paraná precisam de malte, o que levou a recorde na compra. No primeiro trimestre foram adquiridas cerca de 200 mil toneladas para manter o Paraná como maior produtor de malte brasileiro. “A confirmação de uma produção maior e de boa qualidade é essencial para a diminuição da necessidade de importação de cevada”, disse Godinho.

SOJA E MILHO – O boletim fala ainda sobre perda de 5,3% no campo na primeira safra de soja. A região Sul até apresentou ganho de produtividade de 4,7%, no entanto as demais regiões, sobretudo o Noroeste, foram bastante impactadas pela estiagem e por ondas de calor atípicas.

As lavouras de milho estão com bom desempenho, principalmente nas regiões Sul e Sudoeste, que concentram a maior parte da área plantada. Mas, da mesma forma que na soja, as demais regiões sentem os efeitos de chuvas escassas e calor intenso.

BOVINO – No setor pecuário, o documento do Deral salienta que as exportações de bovinos pelo Brasil geraram US$ 3,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025. Em média, cada quilo de carne enviado ao Exterior custou US$ 4,78. No mesmo período de 2024 custava US$ 4,40.

No atacado, o traseiro e o dianteiro bovinos seguem com o preço em alta. Em média, são comercializados no Paraná por R$ 25,01 e R$ 18,54, respectivamente.

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SUINOS – O Paraná manteve, pelo quarto ano seguido, a liderança na produção de carne suína em frigoríficos sob inspeção estadual, que permite comercialização exclusiva no mercado interno. O Estado produziu 155,9 mil toneladas, respondendo por 20% da produção nacional nesse regime de inspeção.

Quanto ao número de animais abatidos em estabelecimentos com inspeção estadual, o Paraná é o terceiro, com 1,66 milhão de suínos. Por terem maior peso médio eles produzem mais quilos de carne. Quando se leva em conta a produção nas três instâncias de inspeção – federal, estadual e municipal – o Estado é o segundo colocado, com 12,4 milhões de suínos abatidos e produção de 1,14 milhão de toneladas de carne.

FRANGO – O Agrostat/Mapa, ferramenta que monitora o comércio exterior no segmento agropecuário, mostra que o Brasil exportou 1,3 milhão de toneladas de frango no primeiro trimestre de 2025, com faturamento de US$ 2,534 bilhões. No mesmo período do ano passado tinham sido 1,1 milhão de toneladas a US$ 2,101 bilhões.

O Paraná foi responsável por 559.108 toneladas no primeiro trimestre deste ano, volume 12,3% superior às 497.727 toneladas de 2024. Em receita, entraram no Estado US$ 1,041 bilhão, aumento de 12,7% sobre os US$ 847 milhões do ano anterior.

Fonte: Governo PR

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