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Comissão de Obras Públicas promove reunião sobre as filas recorrentes na Praça de Pedágio de São Luiz do Purunã

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O presidente da Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicação da Assembleia Legislativa, deputado Gugu Bueno (PSD) convocou a reunião, realizada na manhã desta terça-feira (12), para ouvir explicações da Concessionária de Pedágio Via Araucária e da Agencia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sobre as filas recorrentes na Praça de Pedágio de São Luiz do Purunã.

A reunião foi presidida pelo vice-presidente da Comissão, deputado Do Carmo (União Brasil) que ouviu os relatos dos presentes e as justificativas dos convidados. O deputado Batatinha (MDB) iniciou a reunião e relatou a experiência de permanecer em fila por horas e sua preocupação com idosos e crianças. “Esta situação é inaceitável, ninguém me contou, eu vivenciei, fui vítima como qualquer cidadão usuário da via. Presenciei um cidadão já de idade passando mal por conta do calor, estava muito quente naquela tarde e eu achei assim um absurdo. Não tinha inspeção de tráfego, não tinha viaturas, nem da Via araucária, nem da Polícia Rodoviária Federal, não tinha ninguém para dar uma informação, para atender o cidadão que está pagando por esse trabalho”.

Para o deputado Delegado Jacovós (PL) o congestionamento na Serra de Purunã é constante. “Eu passo toda semana, porque eu vou e volto para Maringá de carro. Toda semana eu estou ali. E se a fiscalização federal quiser ir comigo no meu carro, saindo daqui por volta de 11 horas da manhã, nós vamos passar ali e chegando em Campo Largo, nós vamos constatar o congestionamento. Se havia uma obra a cerca de dois quilômetros para a frente da Praça de Pedágio, então não dá para as equipes de tráfego da concessionária, saber que aquilo vai causar um congestionamento anterior e fazer um preparo ali para que o trânsito possa fluir? A questão é de organização, é só organizar”.

O vice-presidente da Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicação, deputado do Carmo relatou que ao passar no mesmo dia pelo trecho da rodovia “a fila se estendia por quase 15 quilômetros, e não tinha nenhum funcionário da equipe da concessionária para avisar o que estava acontecendo. Se era acidente, se era obra, ou o que ocorria. O grande problema que eu vejo é que os usuários da rodovia não têm informação do que está acontecendo.

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) pontuou que “as obras de manutenção são necessárias. Elas têm sido realizadas inclusive dos trechos que não estão concessionados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Denit), e com menos problemas que têm nos trechos que estão concessionados, esse é o fato concreto que temos que reconhecer, o Denit tem feito a manutenção do entroncamento da BR-376 com a BR-277. Aliás, quase fez toda a manutenção até Ponta Grossa e nós não tivemos nenhum grave problema de interrupção de fluxo. O problema que nós temos tido, efetivamente, está na subida da Serra de São Luís do Purunã ou na descida da Serra. Nós sabemos que é um grande afunilamento de todo o tráfico que vem do Oeste e todo o tráfico que vem do Norte. Nós sabemos que há uma complexidade nisso. Se nós não tivermos, de fato, uma estratégia para debater o que vamos fazer para que sejam feitas as manutenções, nós sabemos que as manutenções são fundamentais para manter a qualidade da pavimentação, por outro lado, todos os órgãos envolvidos, Denit, ANTT, Polícia Rodoviária, Concessionária, etc., precisam de boa vontade para dialogar, para encontrar uma solução.

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Já o deputado Arilson Chiorato (PT) questionou as ações desenvolvidas para resolver o problema. “Esse modelo de pedágio adotado vem com falhas desde o começo. Quando eu ouço a ANTT aqui falar que a capacidade da rodovia está esgotada, fica a pergunta, por que foi subestimado o número de veículos no processo de licitação do pedágio? Essa é uma pergunta, nós fizemos uma aferição por meio de uma entidade da sociedade civil, que comprovou que tinha o dobro de fluxo de veículos do que era colocado na licitação. Por que que a ANTT não fez o contraponto? Nós estamos falando de capacidade diária esgotada das rodovias. O povo paranaense paga o preço, ora é uma fila no pedágio, problemas com atendimento, aliás não tem atendimento com rapidez aos usuários, e as pessoas ficam lá, e as pessoas vão pagar por uma coisa que elas não têm culpa”.

Convidados

O diretor presidente da Via Araucária Concessionária de Rodovias S/A, Sergio Santillán disse que “a empresa atua em conformidade com tudo que está regido no contrato e o objetivo sempre é o de prestar serviços e desenvolver uma rodovia mais segura. O contrato é muito amplo e extremadamente moderno. Não existe um contrato ideal, mas este é um bom contrato que permite clareza sobre a responsabilidade de cada um. A matriz de risco está muito claramente definida, e de onde o usuário pode, através de seus veículos, acessar esse contrato e fazer sua leitura. Temos um site, redes sociais, temos totem de autoatendimento nas bases operacionais que permitem, além de informações, requisitar serviços. Disponibilizamos um boletim eletrônico, que é também um requisito do contrato atual, que é de muita importância pois traz o conhecimento destas questões, das nossas obrigações, e tudo o que estamos realizando. Inclusive, divulgamos eventos da região de forma a divulgar e integrar a região à concessão. Neste boletim informamos todas as obras que estão acontecendo na rodovia neste momento”.

O diretor de Engenharia da Via Araucária Concessionária de Rodovias S/A, Pedro Veloso explicou que “as obras priorizadas são de melhorias de aderência e sinalização e isso é muito importante para a segurança da via. A aplicação do líquido de revestimento que além do período de execução das obras, ainda se faz necessário um período de duas horas para que aconteça a cura e a ruptura do ligante aplicado. Em todo este período a via acaba por ser parcialmente interditada. Causa transtornos, mas é necessária par segurança dos usuários”.

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A chefe do Escritório Regional de Fiscalização da Infraestrutura Rodoviária de Curitiba da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Marisa Dagmar Tiefensee, ao ser informada que a Lei estadual nº 20.159/2020 estabelece que “da realização das obras, promover sua execução de forma que seja comprometido apenas um lado da via por vez, permitindo assim que uma das pistas de rolamento e um dos acostamentos estejam sempre disponíveis para o tráfego de veículos nos dois sentidos, ininterruptamente”; disse que “não conheço essa Lei estadual. Nas rodovias federais, o que sabemos é que é proibido trafegar em acostamento. Só existe algumas rodovias em que o acostamento é liberado, mas tem que ser sinalizado e com velocidade controlada. As rodovias federais seguem normativas do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), que é a Lei maior, e os manuais de sinalização de obras do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Denit), eles são os órgãos responsáveis por determinar as regras que são aplicadas nas rodovias federais. Por isso, não podemos aplicar a Lei estadual. Não podemos fazer isso, porque é uma rodovia federal e temos que aplicar essas normativas federais. ”

Ao final da reunião, os parlamentares presentes decidiram encaminhar à presidência da Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicação da Assembleia Legislativa a convocação de nova reunião com a extensão do convite para a Polícia Rodoviária, Denit, DER e os órgãos já presentes para que o diálogo na busca de soluções diante dos problemas apresentados seja ampliado em atenção aos principais interessados: usuários.

Participaram da reunião o vice-presidente da Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicação, deputado Do Carmo (União Brasil) e os deputados Luiz Claudio Romanelli (PSD), Delegado Jacovós (PL), Batatinha (MDB) e Arilson Chiorato (PT); o diretor presidente da Via Araucária Concessionária de Rodovias S/A, Sergio Santillán; o diretor de Engenharia da Via Araucária Concessionária de Rodovias S/A, Pedro Veloso; o diretor Institucional da Via Araucária Concessionária de Rodovias S/A, João Sarolli; a chefe do Escritório Regional de Fiscalização da Infraestrutura Rodoviária de Curitiba da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Marisa Dagmar Tiefensee e a Chefe substituta do Escritório Regional de Fiscalização da infraestrutura Rodoviária de Curitiba da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Priscila Haro Rossini Müller

Ato contínuo, a Comissão avaliou e aprovou os projetos de Lei nº 187/2024, 284/2024 e 524/2024 de autoria dos deputados Batatinha (MDB), Luiz Claudio Romanelli (PSD) e Tercílio Turini (MDB), respectivamente, que denominam trechos de rodovias entre municípios do Paraná.

Fonte: ALPR PR

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Comissão Especial discutirá projeto que trata da classificação do tabaco produzido no Paraná

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Com as galerias do Plenário cheias, a Assembleia Legislativa do Paraná realizou na manhã desta terça-feira (15) uma audiência pública para discutir o PL 119/2023, que altera como a categorização do tabaco é realizada no Paraná. Os deputados estaduais decidiram pela criação de uma Comissão Especial para discutir e aprimorar o texto.

O grupo será formado nesta quarta-feira (16). Ele será composto pelos nove autores do projeto, os deputados Maria Victoria (PP), Alexandre Curi (PSD), Anibelli Neto (MDB), Hussein Bakri (PSD), Luiz Cláudio Romanelli (PSD), Luis Corti (PSB), Marcelo Rangel (PSD), Professor Lemos (PT) e Moacyr Fadel (PSD); além de outros parlamentares que desejarem participar.

O grupo contará ainda com uma Comissão Técnica que irá estudar a adoção recente de lei semelhante no Rio Grande do Sul, destacou o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Alexandre Curi (PSD). “Nosso objetivo não é politizar o assunto. O compromisso dos deputados aqui é, antes de aprovar ou não, debater com quem está enfrentando as dificuldades no dia a dia”, disse.

Fumicultores, produtores rurais que cultivam tabaco, compareceram em grande quantidade na audiência, que reuniu mais de 500 participantes. O evento também contou com a presença de representantes das empresas fumageiras, que produzem o fumo; e de entidades ligadas à agricultura familiar. Também esteve representando o Departamento de Economia Rural (Deral) e Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná).

Categorização passaria a ser feita na propriedade do agricultor

O texto que tramita na Alep propõe que a classificação da folha do tabaco pelas empresas passe a ser realizada antes da planta ser transportada à indústria, ainda na propriedade do produtor – o que permitiria ao fumicultor aceitar ou não a venda.

Hoje essa etapa é realizada quando a safra é entregue para a indústria fumageira, que define conforme a qualidade da safra – as categorias são previstas em regulamento do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), separadas conforme características físicas do produto. O tipo interfere diretamente no preço das safras.

“É uma demanda que discutimos desde 2008. Hoje tem esse conflito de análise e precificação. Às vezes, a classificação vai de encontro com o que o produtor pensa. Como o fumicultor está distante das áreas de industrialização, ele acaba aceitando a condição da indústria e ficando refém”, explicou Ágide Meneguette, presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP). As indústrias fumageiras estão concentradas principalmente no Rio Grande do Sul.

Um dos primeiros participantes a discursar, o deputado estadual do Rio Grande do Sul, Zé Nunes (PT), foi convidado por conta da aprovação de uma lei estadual semelhante, pioneira no tema e de sua autoria. “Quando o fumicultor não concordava com a classe definida, ele não tinha o que fazer. Como ele traria o fumo de volta? O produto já tinha perdido a qualidade, tinha sido transportado”, disse, lembrando a situação do estado gaúcho.

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“O momento da classificação é muito unilateral para o lado da companhia. O classificador é um funcionário da companhia, que recebe salário da companhia, e define a classe do fumo do agricultor com diferença de 30% a 40% [do valor devido]”, acrescentou o agrônomo. Segundo ele, a implementação da nova lei ocorre sem barreiras no Rio Grande do Sul. “O processo de compra continua igual, terá os mesmos equipamentos na empresa. Mas a classe é definida na propriedade do agricultor”.

Empresas são contrárias ao PL

Contrárias aos projetos, as empresas fumageiras acreditam que a mudança trará problemas ao setor econômico. Representadas no Plenário por Valmor Thesing, presidente do Sinditabaco (Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco), afirmou o risco de “desarranjo operacional e logístico. A mudança fatalmente vai nos trazer um aumento de custo bilionário”. Ele também citou risco de fortalecimento no contrabando de cigarros.

Ao citar problemas logísticos, ele usou como analogia a figura de um médico que, em vez de receber pacientes no consultório, visita a casa de cada um. “Provavelmente não conseguiremos comprar safra dentro de três ou quatro meses, que é ideal, porque o produto é perecível”, disse Valmor. “O aumento do custo tirará a competitividade do Brasil no mercado internacional, hoje 90% do tabaco é exportado. Queremos que seja feita uma discussão ampla nas Comissões dos impactos”.

Uma das mudanças reivindicadas pelo sindicato é que seja facultado ao produtor decidir se quer a aquisição na sua casa ou nos postos de compra. “Classificar e fazer a compra na casa do produtor significa pesar, classificar, tirar umidade e ver se não há enxerto. Não existe estrutura para fazer isso na casa do produtor”, destacou o presidente do sindicato nacional, que representa todas as 14 empresas fumageiras do Sul.

Técnicos

Wagner Spirandelli, representando o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), destacou como o órgão pode fortalecer o trabalho de classificação. Ele citou o papel do IDR no acompanhamento do recebimento do tabaco perante à empresa compradora durante as safras.

“Logicamente não tem nem o que se comparar com o que se pretende na classificação nas propriedades. Evidente que nós teremos algumas coisas a contribuir, com a capacidade instaladas dentro do IDR, que é o sistema de classificação credenciado pelo Ministério da Agricultura”, destacou, citando a possibilidade de realizar auditorias no processo de classificação e a necessidade de aumento no efetivo do órgão.

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Projeto

A mudança proposta pelo PL 119/2023 já foi apresentada em pelo menos outras duas ocasiões na Assembleia Legislativa. O primeiro, de autoria do deputado Marcio Pauliki, foi apresentado em 2015. Ele acabou arquivado. Recentemente, no dia 10 março de 2025, o deputado estadual Luiz Claúdio Romanelli (PSD), apresentou o PL 110/2025. Devido à semelhança, o último texto foi apensado ao projeto de lei 119/2023, que até então não tramitava entre as Comissões. Este último é de autoria dos deputados Alexandre Curi, Anibelli Neto (MDB) e Maria Victoria (PP).

“Se o produto tem que ser selecionado na sua propriedade, mas caso não se aceite os preços e valores, que o produtor tenha arbitragem e que ela seja custeada pela indústria fumageira”, defende Anibelli Neto. “A classificação poderia sim ser feita nas propriedades. Por uma questão logística e de justiça. São mais de 28 mil famílias e mais de 100 municípios – quase um terço do Estado produz fumo”, ressalta a segunda secretária da Assembleia, deputada Maria Victoria.

“Os produtores têm tido uma comercialização muito injusta de sua produção. As empresas acabam utilizando a hipossuficiência do produtor isolado na comercialização. Nós estamos invertendo essa lógica”, destaca Romanelli.

Mesa

Também compuseram a mesa os deputados Alisson Wandscheer (SD); Ademar Traiano (PSD), Adão Litro (PSD), Moacy Fadel (PSD) e a 1º Vice-Presidente, Flávia Francischini (União); Marcelo Garrido Moreira, chefe do Departamento de Economia Rural (Deral); Gilson Becker, presidente da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco); Fernanda Sardanha, Vice-presidente da Amprotabaco; Alexandre Leal dos Santos, presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep).

Fumicultura no Paraná

Segundo a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), cerca de 28 mil famílias do Estado se dedicaram ao cultivo do tabaco na safra 2023/2024. No contexto regional, os três Estados do Sul do Brasil são responsáveis por 97% da produção nacional, envolvendo aproximadamente 162 mil famílias e 320 mil hectares cultivados.

“Diversos municípios paranaenses se destacam na fumicultura, como São João do Triunfo, Rio Azul e Ipiranga, que somam milhares de famílias que dependem dessa atividade para sua subsistência”, destaca a justificativa do projeto de Bakri.

Fonte: ALPR PR

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