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Plantio avança no RS, mas clima traz desafios para culturas de verão

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A Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RS-Ascar), responsável por fornecer assistência técnica e apoio aos produtores rurais no Rio Grande do Sul, divulgou, nesta quinta-feira (07.11) um boletim atualizando o progresso das principais culturas no estado.

Segundo o órgão, o plantio de soja já atinge 23% da área planejada, um crescimento expressivo em relação aos 10% registrados na semana anterior. Esse índice está levemente abaixo da média dos últimos cinco anos para o período (24%), mas bem superior ao observado no mesmo momento do ano passado, quando o plantio estava em 13%.

A expansão rápida da área plantada foi favorecida por boas condições de umidade do solo, reflexo das recentes chuvas que, embora esparsas, ajudaram na finalização do plantio de culturas de inverno e na preparação das áreas de arroz, agora em fase final de semeadura.

Estima-se que o arroz, que tem uma projeção de área cultivada de 948.356 hectares, atinja uma produtividade de 8.478 kg/ha, conforme dados da Emater-RS. Nos últimos dias, a continuidade das atividades de irrigação e a aplicação de insumos têm otimizado o plantio, adaptando-se bem ao cronograma ideal para maximizar a produtividade.

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Além da soja e do arroz, o milho também registra avanço. Atualmente, 78% da área prevista já foi plantada, levemente acima da média dos últimos cinco anos, que é de 76%. A maior parte das lavouras está em estágio vegetativo (85%), e uma parcela começa a entrar em fase de florescimento e enchimento de grãos. As condições climáticas — com alta radiação solar durante o dia e noites mais frescas — têm favorecido o desenvolvimento, embora algumas áreas em solos mais drenados estejam sofrendo déficits hídricos leves. A produtividade média esperada para a safra de milho é de 7.116 kg/ha, com uma área de cultivo estimada em 748.511 hectares.

Apesar das condições predominantemente favoráveis, o boletim aponta que algumas regiões enfrentam desafios específicos. No Sul e na Campanha, chuvas volumosas mantêm o solo excessivamente úmido, dificultando o preparo e o plantio. Já em áreas da Fronteira Oeste e Vale do Jaguari, ventos constantes e a baixa umidade relativa do ar têm reduzido a umidade do solo, impondo dificuldades para um plantio seguro. Essa variabilidade de condições exige que os produtores adotem estratégias de manejo específicas para cada região.

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Com as lavouras em bom desenvolvimento, a expectativa é que a safra alcance produtividade média de 3.179 kg/ha em uma área total de 6.811.344 hectares no estado.

Fonte: Pensar Agro

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Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

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Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

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Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

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A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

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