11 de Abril de 2025
    NOVA AURORA

    AGRONEGÓCIO

    Exportação de carne bovina deve atingir 35% da produção até o fim do ano

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    O mercado da carne bovina no Brasil vive um momento de alta acentuada, impulsionado por uma combinação de fatores. Com a redução expressiva do rebanho, especialmente de fêmeas abatidas ao longo de 2023 e deste ano, a oferta de gado diminuiu, pressionando os preços para cima.

    Além destes fatores, também as exportações estão em alta. A previsão é de que cerca de 35% da carne brasileira vá enviada ao mercado externo até o fim do ano. Esse fluxo internacional ajuda a manter os preços internos menos pressionados pelo excesso de oferta, ao mesmo tempo que posiciona o Brasil como um dos maiores exportadores globais de carne bovina. A demanda externa robusta reflete a qualidade e o volume da produção nacional, consolidando o país no mercado mundial e criando uma base de receita essencial para o equilíbrio econômico no setor.

    Nos últimos meses, a arroba do boi gordo subiu significativamente, marcando um aumento de cerca de 40%. Esse cenário de valorização tende a continuar, com uma expectativa de mercado firme até o final do ano.

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    No setor atacadista, os preços da carne bovina também acompanharam essa elevação, beneficiados pela entrada dos salários na economia, o que tem incentivado a reposição de estoques tanto no atacado quanto no varejo. Além disso, as exportações seguem em ritmo acelerado, o que ajuda a equilibrar o mercado interno ao escoar o excesso de produção para fora do país. Com cerca de 35% da produção de carne bovina destinada ao mercado externo, o Brasil caminha para um recorde histórico de exportações nesta temporada.

    Para atender à demanda, as indústrias, especialmente as voltadas para exportação, estão operando de forma intensa na compra de gado, mesmo com as escalas de abate curtas. Esse cenário de alta demanda externa e oferta restrita dentro do país impulsiona um ciclo de valorização que pode beneficiar pecuaristas e manter o mercado aquecido no curto prazo.

    Fonte: Pensar Agro

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    AGRONEGÓCIO

    Algodão volta a crescer no Paraná e reforça liderança do Brasil no mercado mundial

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    Depois de anos praticamente fora do mapa da cotonicultura, o Paraná está voltando a produzir algodão em pluma e reacendendo um ciclo que já foi símbolo de força agrícola no Estado. Quem se lembra das décadas de 1980 e 1990 sabe: o Paraná já foi o líder nacional na produção da fibra. Mas com o passar do tempo, a infestação do bicudo-do-algodoeiro, o avanço da soja e dificuldades econômicas acabaram derrubando a cultura.

    Agora, o cenário é de esperança e retomada. A Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar) lançou um projeto para incentivar o plantio de algodão e recuperar a importância da pluma na região. Para a safra 2024/25, a área plantada no Estado deve chegar a 1,8 mil hectares, segundo estimativas da Conab. Pode parecer pouco, mas o plano é ambicioso: a meta da Acopar é atingir 60 mil hectares nos próximos anos.

    Entre os fatores que tornam essa retomada promissora está o menor custo de produção no Paraná, quando comparado a outras regiões produtoras. O clima mais ameno em certas áreas, o uso mais eficiente de insumos e a proximidade com portos e centros industriais ajudam a melhorar a competitividade da pluma paranaense.

    Outro ponto a favor é o avanço tecnológico. Com sementes mais resistentes, maquinário moderno e práticas de manejo mais sustentáveis, os produtores têm hoje condições muito melhores do que nas décadas passadas para lidar com pragas como o bicudo e obter bons rendimentos.

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    Brasil na liderança mundial – O momento não poderia ser mais favorável. O Brasil é, desde 2024, o maior exportador de algodão do mundo, ultrapassando os Estados Unidos. O setor cresceu nos últimos anos com base em três pilares: tecnologia, qualidade e rentabilidade. A produção brasileira de pluma aumentou pelo terceiro ano seguido em 2023 e segue firme em 2024.

    Na safra 2023/24, o Brasil cultivou 1,9 milhão de hectares de algodão, com uma produção estimada em 3,7 milhões de toneladas de pluma. A produtividade média ficou em 1,8 tonelada por hectare, e o principal destino da exportação foi a China, um mercado exigente que reconhece a qualidade da fibra brasileira.

    Os principais estados produtores continuam sendo Mato Grosso, Bahia e Mato Grosso do Sul, mas o avanço do Paraná mostra que o mapa do algodão pode voltar a se expandir.

    Um pouco da história – O ciclo do algodão no Brasil começou no século 18, especialmente no Nordeste. Durante os séculos XVIII e XIX, o país chegou a ser um dos maiores fornecedores do mundo. Mas nas décadas de 1980 e 1990, a cultura foi gravemente afetada pelo bicudo-do-algodoeiro, uma praga devastadora que levou muitos produtores a abandonarem o cultivo.

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    Com o tempo, o setor se reorganizou, investiu pesado em pesquisa, controle biológico e práticas sustentáveis, e reconquistou espaço no mercado internacional.

    A iniciativa da Acopar é vista com entusiasmo por técnicos, agrônomos e produtores. A retomada do algodão no Paraná representa não só diversificação da produção agrícola, mas também mais opções de renda para o campo, geração de empregos e incremento para a indústria têxtil regional.

    Além disso, a cotonicultura permite o uso racional da área agrícola, com sistemas de rotação de culturas que ajudam a preservar o solo e controlar pragas de forma natural.

    Para o produtor rural, o momento é de olhar com atenção para o algodão. Com planejamento, tecnologia e apoio técnico, a pluma pode voltar a brilhar nas lavouras do Paraná — e com ela, toda uma cadeia produtiva pode se fortalecer.

    Fonte: Pensar Agro

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