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Deputado Goura (PDT) participa da 18ª Semana Acadêmica de Arquitetura e Urbanismo da UTFPR

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O deputado estadual Goura (PDT) defendeu que as universidades e a sociedade se mobilizem e tenham participação mais ativa na tomada de decisões políticas que afetam a vida das pessoas nas cidades. “Temos que ter massa crítica, envolvimento ativo dos cidadãos. Sem isso, as mudanças sociais não vão acontecer”, disse.

O recado foi dado aos estudantes e professores, nesta quarta-feira (30), durante a participação do deputado na “18ª Semana Acadêmica de Arquitetura e Urbanismo”, promovida pelo Centro Acadêmico Vilanova Artigas (Cavna) do curso de Arquitetura e Urbanismo da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná).

“Precisamos de mobilização para que a pesquisa feita nas universidades seja uma força social que ampare as decisões políticas, tanto nos poderes Executivo como no Legislativo”, destacou Goura, lembrando que que em 2025 haverá a revisão do Plano Diretor de Curitiba e o processo de licitação para nova concessão do transporte coletivo. “Por isso, é muito importante o acompanhamento por todos nós desses processos.”

Mobilidade e crise climática

O deputado abordou os dois temas, plano diretor e concessão do transporte coletivo, porque estão diretamente relacionados ao tema da palestra que ele apresentou aos estudantes: Desafios de Curitiba – Mobilidade e Crise Climática. “As universidades devem ter presença efetiva nessas discussões.”

Ele explicou que tanto o mercado imobiliário quanto o poder econômico estão organizados e farão pressão sobre esses processos. “Agora a pressão tem que vir de quem está pensando a cidade, de quem tem um olhar crítico sobre a cidade e que tem pesquisa sobre a cidade, que são as universidades. É necessário mobilizar e pressionar para mudar para melhor”, disse Goura.

Impacto ao meio ambiente

Goura disse que o impacto do transporte no meio ambiente de Curitiba é significativo e apresentou alguns dados sobre a frota de veículos e infraestrutura em Curitiba. “São mais de 1,5 milhão de veículos na cidade e a frota continua crescendo e os investimentos em mais vias e estacionamentos também.”

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“Essa política de criar mais facilidades para os automóveis só incentiva ainda mais o uso e com isso a situação fica cada vez pior. É preciso repensar esse modelo diante da crise climática. O transporte é responsável por 66,6% das emissões de poluentes em Curitiba”, detalhou.

Segundo ele, é preciso investir na mobilidade ativa e na intermodalidade no transporte. “Em Curitiba, 45,5% dos deslocamentos são feitos por transporte individual motorizado e 25,2% por transporte público. E só 2,1% é feito por bicicleta, o que é muito pouco.”

Propostas e soluções

Goura fez algumas sugestões para melhorar a adesão ao transporte público como modal de mobilidade: baixar a tarifa; melhorar a qualidade do serviço para o usuário(a); adotar integração temporal e bilhete único; estudar viabilidade da tarifa zero e incentivar a intermodalidade com instalação de paraciclos nos terminais e pontos de aluguel de bicicleta.

“Para a mobilidade ativa, a pé e por bicicleta, as sugestões passam por ampliar a malha de ciclovias, instalar paraciclos e promover a cultura da bicicleta como meio de transporte”, informou. “Também precisamos desenvolver campanhas educativas de convivência no trânsito, aumentar áreas e vias Calmas para tornar o trânsito mais seguro. Além de melhorar calçadas e acessibilidade, por exemplo”, sugeriu.

Moradia e regularização fundiária

Goura lembrou que a questão da moradia e da regularização fundiária são fundamentais no que diz respeito às emergências climáticas. “Esses dois temas não estão dissociados do problema crise climática. A moradia deve ser central nas políticas públicas da cidade, pois está relacionada a todas as questões de urbanismo e mobilidade.”

Para ele, é urgente ampliar o orçamento do município para moradia popular para reduzir o déficit habitacional de Curitiba. “Além de regularizar as áreas de ocupação irregular”, disse Goura. “Adotar o aluguel social na região central de Curitiba também pode contribuir muito para diminuir o déficit habitacional.”

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“Mas nada disso vai adiantar se não forem ações que pensem Curitiba e a Região Metropolitana de forma integrada e com planejamento feito a partir daqueles que pesquisam e estudam as soluções para as questões de urbanismo e mobilidade nas cidades. É preciso que as universidades atuem e participem desses processos”, concluiu Goura.

Leis e PLs ambientais

O deputado também apresentou a produção legislativa do mandato relacionada à mobilidade, ao trânsito e ao meio ambiente. “Temos leis importantes aprovadas, como a Lei Enzo (Lei 21.402/2023), que dispõe sobre a campanha “Morte Zero no Trânsito”, a Lei 20.146/2020, que alterou a Política de Mobilidade Sustentável e Incentivo ao Uso de Bicicleta no Paraná e a Lei do Cicloturismo (Lei 20.354/2020), por exemplo.”

Com relação as leis ambientais e sobre crise climática, Goura destacou a Lei 22.146/2024, que estabelece normas para a contenção de enchentes, a Lei 19.878/2019, que proíbe a exploração do gás de xisto no Paraná pelo método de fratura hidráulica – fracking no Paraná e a Lei 19.979/2019 – Cria a Semana Estadual do Lixo Zero no Paraná.

“Dos projetos de leis, o mais importante tramitando na Assembleia é o PL 136/2024, que reconhece o estado de emergência climática no Paraná e fortalece a Política Estadual sobre Mudança do Clima”, destacou Goura. Outros PLs são o PL 781/19, que regulamenta o subsídio ao transporte público em todo o Paraná; o PL 917/2019, que dispõe sobre o incentivo à prática de compostagem de resíduos orgânicos, o PL 8/2019, que regulamenta a agricultura urbana nas cidades paranaenses e o PL 38/2019, que torna Curitiba e Região Metropolitana Zona Livre de Agrotóxicos.

Fonte: ALPR PR

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Assembleia recebe a exposição “Araucárias Vivas” do artista plástico Toto Lopes

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“Araucárias Vivas” é o tema da exposição do artista plástico Toto Lopes, aberta nesta segunda-feira (05), no Espaço Cultural da Assembleia. A mostra, uma iniciativa da deputada Cristina Silvestri (PP), é um convite à reflexão sobre a relação entre arte, natureza e sustentabilidade, através de esculturas únicas que emergem do refugo de tapumes de obra e compensados de madeira reflorestada. “Nós temos que valorizar o que é nosso. O Toto é um artista, eu sempre digo, que ama o Paraná. E ele consegue transmitir esse amor através da sua arte, representando a nossa história, a nossa cultura, as nossas raízes”, disse a deputada, ao destacar que o que ela mais valoriza no artista é o seu lado social, o seu lado humano.

“Ele trabalha com crianças, com idosos, com crianças especiais, transformando objetos que provavelmente iriam para o lixo em arte levando esperança às pessoas, transformando a vida deles. Além disso, ele faz pinturas lindas em hospitais de crianças e de forma voluntária. Então esse lado social do Toto também me encanta muito. Por isso, é uma pessoa que merece ser homenageada e que sua obra seja divulgada para o Paraná e para o mundo”, disse a deputada, ao entregar uma menção honrosa ao artista, como forma de reconhecimento à sua contribuição para a cultura do estado.

Presente na aberta da mostra, o presidente da Assembleia, deputado Alexandre Curi (PSD), disse que é importante valorizar aqueles que valorizam o Paraná como Toto Lopes que é um apaixonado por esse estado, e que tem no pinheiro araucária, sua principal referência. “Para nós é uma honra muito grande ter você aqui nessa Casa e, em nome dos 54 deputados, quero agradecer todo o trabalho que você faz como artista, mas principalmente o trabalho que você faz divulgando o estado do Paraná, esse estado que é pujante, de gente séria, de gente trabalhadora, que está vivendo um momento extraordinário, mas que tem que valorizar os nossos artistas”, afirmou.

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Preservação

Toto Lopes falou um pouco sobre a sua exposição. “São araucárias que são feitas com reaproveitamento de material, tapumes de obra, compensados, que eu reutilizo e transformo elas em arte”, explicou. “A escolha de trabalhar com madeira reflorestada não é apenas uma opção estética, mas uma declaração de compromisso com a preservação ambiental e a valorização dos recursos naturais”, disse, ao destacar que a coleção “Araucárias Vivas” se inspira na majestosa araucária angustifolia, uma árvore que desempenha um papel vital em nosso ecossistema, mas que está ameaçada de extinção. “Minhas esculturas servem como um poderoso lembrete da fragilidade da natureza e da importância de sua preservação”, alertou. “É uma forma de repensar nossos hábitos de consumo e a importância de uma abordagem mais consciente em relação ao meio ambiente, é promover essa jornada de transformação e conscientização ambiental através da arte”, finalizou.

O artista também tem uma ligação grande com a questão social. “Na minha infância eu tive o privilégio de participar de um projeto gratuito, que transformava a arte junto com as crianças. Eu fui privilegiado de ter participado desse projeto e eu vi que a arte realmente tem um poder de transformação na vida de pessoas. E, hoje, eu utilizo a minha arte como um reflexo de tudo que eu recebi, mas também plantando várias sementinhas aí, mostrando para as crianças que a arte pode mudar a vida delas também”, explicou. A mostra fica em cartaz até o dia 09 de maio, das 09 horas às 18 horas, no Espaço Cultural da Assembleia.

Perfil

Tanielton Lopes Pereira, conhecido como Toto Lopes, nasceu em Campo Largo (PR), é especialista em reutilização de materiais descartados e formado em artes visuais pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). É um artista plástico autodidata, fundador da Toto Artes – Soluções Artísticas e se destaca pelo impacto social de seu trabalho.
Desde 2007, ministra oficinas de artes plásticas em projetos sociais do município de Campo Largo e Região Metropolitana de Curitiba, desenvolvendo oficinas para todos os públicos e faixas etárias, incluindo crianças com vulnerabilidade social, portadores de necessidades especiais, adultos, idosos, dentre outros.

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É idealizador e coordenador do Projeto Eco Natal que mobilizou mais de cinco mil pessoas para criar a decoração natalina de Campo Largo com materiais recicláveis; do projeto “Fazendo Arte”, que já atendeu mais de três mil crianças com vulnerabilidade social e do projeto “Medicando Alegria”, que visa levar apresentações de teatro, contação de história, música, circo para pacientes, familiares e funcionários de hospitais. Toto também é voluntariado do HI Hospital Infantil Waldemar Monastier, em Campo Largo. Além de ter suas obras reconhecidas no Brasil, o quadro “A Santa”, participou de três mostras de arte em Napoli e Roma (Itália), sendo uma delas o “Fórum Mundial da Cultura pela Paz”, organizada pena Unesco.

Premiações

O artista já recebeu diversas premiações, entre elas o prêmio de honra ao mérito “Professora Odila Portugal Castagnoli”, pelos relevantes serviços prestados a cidade e a cultura de Campo Largo; o “Prêmio Personalidades Empreendedoras do Paraná”, pelos relevantes serviços prestados para sociedade paranaense e a “Medalha das Ordens das Araucárias”, conferida pelo Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT/PR). Sua obra “Acaé Azul” foi reconhecida pelo Governo do Paraná para fazer parte do acervo artístico do cerimonial do estado, assim como a obra “Mestre Fandangueiro do Paraná”, que já faz parte do acervo artístico do Palácio Iguaçu.

Fonte: ALPR PR

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