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Isan Rezende entrevista o dr. José de Arimatéia Barbosa

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No Podcast Pensar Agro desta semana, Isan Rezende entrevista o dr. José de Arimatéia Barbosa, vice-presidente do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (Irib) e tabelião do Cartório de Registro de Imóveis em Campo Novo dos Parecis (400 km da capital, Cuiabá).

Ele destaca a importância do cadastro territorial e do registro jurídico no Brasil e explica a diferença entre terras privadas, públicas e devolutas, destacando um grave problema: enquanto o governo impõe rigorosos requisitos para a regularização de terras privadas, há uma negligência significativa em relação às terras públicas da União, que muitas vezes permanecem sem registro e georreferenciamento. Essa situação de desorganização afeta diretamente a governança territorial e fomenta conflitos tanto no campo quanto nas áreas urbanas.

O vice-presidente do IRIB também mencionou uma medida provisória que obriga o governo federal a realizar o georreferenciamento e o registro jurídico de áreas de até quatro módulos. No entanto, essa obrigação não tem sido cumprida, o que agrava ainda mais os problemas de regularização fundiária no país.

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Para enfrentar essa lacuna, José de Arimatéia desenvolveu o projeto “Conheça o seu Município pelo Registro Cadastral” em Campo Novo dos Parecis/MT. A iniciativa resultou na criação de um banco de dados cartográfico detalhado, com áreas georreferenciadas e registradas, inclusive a reserva indígena dos Parecis. Esse projeto pode servir de modelo para uma base cadastral nacional, fornecendo dados essenciais para a formulação de políticas públicas.

A entrevista completa você clicando no link a seguir:

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

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Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

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Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

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A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

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