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Petrobras retoma construção de fábrica de fertilizantes em Mato Grosso do Sul

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A Petrobras anunciou, nesta sexta-feira (25.10), a retomada das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III) em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, interrompidas desde 2015.

Com investimento de 3,5 bilhões de reais, a expectativa é de que a unidade entre em operação em 2028, contribuindo de forma estratégica para o abastecimento de insumos essenciais ao setor agrícola brasileiro.

Esse projeto de retomada se insere em um contexto de alta demanda por fertilizantes no Brasil, especialmente diante do recorde nas importações do produto registrado em janeiro deste ano.

A decisão, conforme nota da Petrobras, ocorreu após uma criteriosa reavaliação econômica, que confirmou a viabilidade do projeto. Antes disso, o governo havia tentado vender a unidade como parte de uma estratégia para concentrar investimentos em campos de petróleo de alta rentabilidade.

No entanto, com o aumento da demanda interna por fertilizantes e a orientação para o fortalecimento do setor agrícola nacional, a Petrobras passou a priorizar o projeto de Três Lagoas.

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A UFN-III deverá produzir anualmente cerca de 1,2 milhão de toneladas de ureia e 70 mil toneladas de amônia. Esses produtos serão destinados principalmente ao mercado interno, abastecendo os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e São Paulo.

A escolha por Três Lagoas tem um valor estratégico, uma vez que a localização facilita o acesso a algumas das maiores áreas de cultivo agrícola do país, ampliando a segurança de fornecimento e reduzindo a dependência de importações.

IMPORTAÇÃO – A expectativa é que, com o aumento da produção interna, o Brasil não só reduza sua dependência externa de insumos agrícolas, mas também sustente o crescimento contínuo e sustentável do agronegócio nos próximos anos. Em janeiro o país bateu recorde de importação, com um volume de 2,77 milhões de toneladas, um aumento de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O setor agrícola brasileiro, que apresenta uma das maiores taxas de expansão global, enfrenta desafios de oferta diante das limitações e custos logísticos das importações. O projeto da UFN-III, quando concluído, fortalecerá a capacidade nacional de produção e fornecerá maior estabilidade de preços e oferta para os produtores.

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Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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