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Reserva para pesca do Rio Ivaí movimenta economia e ajuda a preservar o meio ambiente

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O Governo do Estado estuda ampliar as reservas para pesca esportiva no Paraná. A iniciativa se baseia no sucesso da Reserva de Pesca Esportiva do Rio Ivaí, a primeira do Paraná, instalada ao longo de 200 quilômetros do rio que corta 27 municípios paranaenses.

Implementada em março de 2022 por meio da Resolução 12/2022 , da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), a área de proteção é um case de preservação do ecossistema local. Além disso, ajuda a gerar emprego e renda na região.

Quatro espécies, considerados peixes nobres, são protegidos ao longo da reserva: dourado, pintado, piracanjuba e jaú. Ou seja, só podem ser capturados no modelo pesque e solte, incentivando a pesca esportiva em substituição ao conceito extrativista.

Os infratores estão sujeitos a penalidades e sanções previstas na Lei Federal n°9.605 de 12 de fevereiro de 1998 e no Decreto nº 6.514 de 22 de julho de 2008. A Reserva é uma iniciativa da Superintendência Geral das Bacias Hidrográficas e Pesca (SDBH), vinculada à Sedest.

Coordenador técnico da SDBH, Roald Andretta explica que essa atividade em prol da preservação do Ivaí não acontece à toa. O rio, diz ele, é de extrema importância para a ictiofauna paranaense, o conjunto de diferentes espécies de peixes que vivem naquela região específica. “O Ivaí é o maior rio situado totalmente dentro do Paraná. Ao cuidar dele, estamos cuidando de uma ampla área ambiental do Estado”, afirma.

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“Há ainda o fato de o rio não possuir nenhuma barragem para a geração de energia elétrica, algo incomum. Esses equipamentos atrapalham muito o processo de acasalamento de peixes reofílicos, que são dependentes da migração para se reproduzir. Sem as barragens, essas quatro espécies protegidas podem realizar a migração necessária para a procriação”, acrescenta.

Além de incentivar a sustentabilidade, a proposta inclui diversas ações de educação ambiental, em especial com crianças de até seis anos. As atividades são uma parceria com o Projeto Rio Vivo e incluem a soltura de peixes, plantio de mudas de espécies nativas, explicações sobre a importância da mata ciliar e dos cuidados com o meio ambiente, entre outros.

Para Andretta, trabalhar a educação ambiental com as crianças é um dos pontos mais importantes dentre as ações incentivadas pela Reserva do Ivaí. “Quando a gente consegue a participação dessa faixa etária, estamos conseguindo um retorno que é muito maior do que qualquer pessoa possa imaginar. As crianças têm o poder de repassar com leveza todas as informações aprendidas nas atividades”, destaca.

ECONOMIA – O coordenador ressalta também a movimentação econômica gerada pela substituição do extrativismo pela pesca esportiva. Segundo ele, um peixe que seria vendido como alimento por R$ 35 chega a render até R$ 940 na atividade esportiva — quase 27 vezes mais. Essa valorização acontece por diversos motivos. Um deles é a possibilidade de “revender” o mesmo peixe diversas vezes, já que um único peixe pode ser pescado continuamente após ser solto no rio.

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Outro ponto é a geração de renda para os pescadores da região que, com a implementação da reserva, passaram a trabalhar como condutores de turistas, um grupo formado em sua maioria por ex-pescadores extrativistas.

Alguns condutores têm seus próprios barcos que são locados para turistas, outros pilotam as embarcações dos viajantes. Todos com licença da Marinha brasileira e cadastro nas prefeituras municipais. Além disso, eles também desempenham o papel de guias turísticos, auxiliando na difícil navegação pelo rio, garantindo uma pesca segura aos aventureiros. “Agora, ao invés de vender os peixes, eles vendem sua experiência no rio e na pesca”, diz o coordenador.

“O turista não vai gastar só com o condutor, ele vai se hospedar, almoçar, jantar, tomar café da manhã, abastecer o carro, então toda a sociedade sente esse impacto positivo na economia local”, complementa Andretta.

COMO PARTICIPAR – Para praticar a pesca na Reserva de Pesca Esportiva do Rio Ivaí, o turista não precisa pagar nenhuma taxa adicional. Existem diversos pontos de acesso ao trecho protegido do rio, através de rampas públicas e de balsas. Para mais informações, basta entrar em contato através do e-mail vivian.mordezim@sedest.pr.gov.br.

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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