14 de Abril de 2025
    NOVA AURORA

    AGRONEGÓCIO

    Exportações de açúcar crescem 13,2% em setembro, apesar de adversidades

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    Apesar das queimadas e prolongada estiagem que afetaram importantes regiões produtoras de cana-de-açúcar no Brasil, o setor açucareiro segue registrando crescimento nas exportações. Em setembro, o Brasil exportou 2,79 milhões de toneladas de açúcar, gerando uma receita de R$ 6,77 bilhões. O volume diário de embarques teve um aumento de 13,2% em relação ao mesmo período de 2023, atingindo uma média de 180,613 mil toneladas por dia.

    Entretanto, o preço médio do açúcar no mercado internacional apresentou queda de 10,4%, passando de R$ 2.787,37 por tonelada em setembro de 2023 para R$ 2.497,98 neste ano. Essa redução reflete a volatilidade da commodity, com as cotações influenciadas tanto pelas condições climáticas adversas quanto pela demanda global e políticas de subsídios de outros países produtores.

    Impactos – A estiagem prolongada e os incêndios têm impactado fortemente as lavouras de cana-de-açúcar, com destaque para São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. De acordo com a Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana), cerca de 263 mil hectares de cana foram queimados no estado de São Paulo até o final de setembro, o que representa milhões de toneladas de cana perdida. Minas Gerais também foi duramente afetado, com 61 mil hectares de cana queimados, comprometendo ainda mais a produção.

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    Esses fatores climáticos, combinados com o aumento das exportações e a queda no preço médio, elevam as preocupações sobre o equilíbrio entre oferta e demanda, além de pressionar os custos de produção para os agricultores e usinas.

    Apesar das adversidades, o setor tem aproveitado a forte demanda internacional para manter as exportações em alta. No entanto, os desafios logísticos seguem como um obstáculo. O Brasil, sendo um país continental, enfrenta dificuldades no escoamento da produção até os portos, elevando os custos e afetando a competitividade do açúcar brasileiro no mercado global.

    Além disso, as tarifas protecionistas impostas por alguns países importadores exigem negociações bilaterais para garantir melhores condições de exportação, evitando que o açúcar brasileiro enfrente barreiras comerciais que dificultem a entrada em mercados estratégicos.

    A volatilidade do mercado de açúcar exige que o setor continue a adotar estratégias para mitigar riscos, como o uso de hedge e contratos futuros. Embora o cenário atual seja desafiador, o Brasil, como maior produtor e exportador mundial de açúcar, ainda tem a oportunidade de fortalecer sua posição no mercado global, desde que supere os desafios climáticos, logísticos e comerciais.

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    Fonte: Pensar Agro

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    AGRONEGÓCIO

    Mapa faz balanço do primeiro trimestre: R$ 223 bilhões em vendas externas

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    O agronegócio brasileiro fechou o primeiro trimestre de 2025 com o maior volume de exportações da história para o período, movimentando mais de R$ 223 bilhões em vendas externas, segundo balanço divulgado pelo Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

    Só em março, foram R$ 92 bilhões exportados — o segundo melhor desempenho já registrado para esse mês. Esse avanço foi puxado principalmente pelo aumento no volume exportado, que cresceu mais de 10% em relação a março de 2024.

    Os preços médios dos produtos também subiram, mas em menor proporção, cerca de 2%. Entre os destaques estão a soja em grãos, com R$ 33,6 bilhões em exportações (+7%), o café verde, que somou R$ 8,3 bilhões (+92,7%), a carne bovina in natura, com R$ 6,5 bilhões (+40,1%), a celulose, que movimentou R$ 5,8 bilhões (+25,4%), e a carne de frango in natura, com R$ 4,6 bilhões (+9,6%).

    O café verde praticamente dobrou de valor exportado em comparação com o ano passado. A carne bovina também cresceu com força, e a soja segue firme como carro-chefe do agro brasileiro no comércio internacional.

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    No acumulado do trimestre, o superávit do setor chegou a R$ 192 bilhões — ou seja, esse foi o valor que sobrou de saldo positivo na balança do agro, mesmo considerando o que o Brasil importou. A China continua liderando as compras, seguida pela União Europeia e pelos Estados Unidos.

    Também houve aumento nas exportações para países asiáticos como Vietnã, Turquia, Bangladesh e Indonésia, especialmente em itens como soja, algodão, celulose e carnes. “Esses números confirmam que estamos promovendo o crescimento do agro com responsabilidade, sustentabilidade e com os olhos voltados para novos mercados e oportunidades para produtos com maior valor agregado”, afirmou o ministro.

    Fonte: Pensar Agro

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