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Áreas preservadas pela Copel abrigam grandes mamíferos ameaçados de extinção

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A Serra do Mar paranaense abriga uma variedade de grandes mamíferos, incluindo espécies vulneráveis, que estão sendo monitoradas por especialistas com o uso de câmeras acionadas pelo movimento dos animais. Os equipamentos instalados em áreas preservadas pela Copel já registraram a presença de 24 espécies, entre elas o gato-macarajá, a anta e a queixada, que constam nas listas oficiais de animais em risco de extinção.

Essas áreas da Copel integram a rede de monitoramento do Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar, coordenada pelo Instituto Manacá e o Instituto de Pesquisas Cananéia, que têm o propósito de obter registros periódicos da presença desses animais em áreas de Mata Atlântica.

“Os grandes mamíferos são particularmente sensíveis à perda de habitat e sofrem os efeitos diretos e indiretos das ações humanas, sendo as primeiras a desaparecer dos ecossistemas mais impactados”, explica a bióloga da Copel, Vanessa Barreto da Silva. “Por isso, elas são consideradas espécies-chave para avaliar o estado de conservação de uma área e orientar ações estratégicas de recuperação e proteção”, diz ela.

Os vídeos do ciclo mais recente de monitoramento mostram fêmeas com filhotes e indivíduos jovens – um indicativo importante para a análise dos pesquisadores. “Isso demonstra que as espécies usam a área como refúgio para reprodução e que as populações desses animais estão se mantendo”, explica a bióloga da Copel.

 Atualmente, a Copel preserva mais de 10 mil hectares de Mata Atlântica em uma porção da Serra do Mar paranaense. A área abrange os municípios de São José dos Pinhas, Guaratuba, Piraquara e Morretes, inserida no maior contínuo conservado desse bioma, que possui uma das mais altas taxas de biodiversidade do planeta. Essas áreas representam importantes refúgios da fauna e da flora nativa.

Ao integrar a Rede de Monitoramento e aderir à iniciativa, em 2021, a Copel passou a ter as áreas monitoradas de modo estruturado e sistemático com câmeras específicas que funcionam como armadilhas fotográficas.

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BALANÇO – Desde que se iniciou o trabalho da Rede nas áreas da Companhia, foram registradas 24 espécies de mamíferos, incluindo as espécies-alvo do Programa, como a anta (Tapirus terrestris), a queixada (Tayassu pecari), a onça-parda (Puma concolor), ao menos duas espécies de veados (Mazama sp.), cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), cateto (Pecari tajacu), tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) e diferentes espécies de gatos do mato (gato-mourisco, gato-do-mato-pequeno, gato-maracajá e jaguatirica). Além destas, outros menores, como tatus, pacas, cutias, gambás, iraras, serelepes também foram registrados.

As espécies que mais apareceram nas câmeras de monitoramento foram a anta (35 registros), a queixada (32 registros), o veado-mateiro-pequeno (39 registros), a cutia (22 registros) e o gambá-de-orelha-preta (22 registros).

Chama ainda a atenção dos pesquisadores a quantidade de registros de cães domésticos nessas áreas (foram 28 registros), o que pode indicar atividades de caça ou extração de outros recursos florestais, como o palmito. A pressão das atividades humanas, especialmente da caça, no entorno desses remanescentes florestais é um fator negativo para a conservação de grandes mamíferos.

INDICATIVO POSITIVO – O registro de espécies classificadas como ameaçadas de extinção é um ótimo indicativo da relevância que esses remanescentes florestais representam para a conservação da biodiversidade. Dentre os animais ameaçados encontrados nas áreas da Copel estão a anta e a queixada, ambas na categoria “Criticamente em perigo” na Lista da Fauna Ameaçada de Extinção do Estado do Paraná, e na categoria “Vulnerável” nas listas Nacional (MMA) e Internacional (IUCN).

O gato-macarajá (Leopardus wiedii) é classificado como “em perigo” na lista estadual do Paraná, “vulnerável” na lista Nacional (MMA) e “quase ameaçado” na lista Internacional (IUCN). Além dessas, também foram registradas nas áreas da Copel as seguintes espécies classificadas como vulneráveis à extinção, de acordo com as três listas analisadas (PR, MMA e IUCN): a paca, o gato-mourisco, o gato-do-mato-pequeno, a jaguatirica, o puma e o veado-mateiro.

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O PROGRAMA – O Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar foi idealizado por pesquisadores do Instituto Manacá e do Instituto de Pesquisas Cananéia – IPeC, combinando mais de 20 anos de experiência de atuação em pesquisa e conservação da Mata Atlântica.

Em parceria com instituições ambientais e de pesquisa público-privadas, empresas e comunidade local, promove uma agenda territorial integrada às ações de proteção e manejo, monitorando a vida selvagem em 1,7 milhão de hectares de floresta na Serra do Mar nos estados do Paraná e São Paulo. Essa região, inserida na Grande Reserva Mata Atlântica, é um dos últimos refúgios viáveis para a manutenção de populações de grandes mamíferos, pois eles dependem de grandes áreas preservadas para sobreviverem.

O principal objetivo desse programa é melhorar o status de conservação dos grandes mamíferos ameaçados de extinção no maior remanescente de Mata Atlântica, evitando a perda de biodiversidade e potencializando a restauração de ecossistemas. Por meio da ciência, tecnologia e inovação, produz indicadores de biodiversidade para subsidiar tomadores de decisão e criar soluções para contribuir na persistência das espécies e no bem-estar humano.

O monitoramento é feito por meio de armadilhas fotográficas (câmeras traps), que são acionadas automaticamente quando algum animal passa à sua frente. As câmeras ficam cerca de 60 dias em campo e, após esse período, são coletadas e as imagens registradas e analisadas por especialistas. Os resultados obtidos com esses monitoramentos podem subsidiar a elaboração de estratégias de proteção e recuperação das populações de grandes mamíferos.

Fonte: Governo PR

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Comércio global: Paraná vendeu US$ 14,2 bilhões em alimentos e bebidas para 176 países em 2024

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O Paraná exportou US$ 14,2 bilhões em alimentos e bebidas para 176 países diferentes de janeiro a dezembro de 2024 , de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços organizados e analisados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O número de países interessados nos produtos paranaenses e a variedade comercializada reforçam a vocação do Estado de ser um dos principais e mais completos fornecedores de alimentos do planeta.

Ao longo do período, a China foi o principal importador de alimentos e bebidas do Paraná, com US$ 5,4 bilhões de produtos deste segmento comercializados, representando 37,9% da pauta de vendas para o Exterior. Na sequência estão o Irã (US$ 473 milhões), Emirados Árabes Unidos (US$ 471 milhões), Coreia do Sul (US$ 441 milhões), Holanda (US$ 385 milhões), Indonésia (US$ 376 milhões), Japão (US$ 353 milhões), Índia (US$ 330 milhões), México (US$ 306 milhões) e Arábia Saudita (US$ 288 milhões). 

O Paraná também exportou muitos produtos para a União Europeia ao longo do ano passado, com França (US$ 208,4 milhões), Alemanha (US$ 208 milhões), Turquia (US$ 200 milhões), Reino Unido (US$ 142 milhões), Espanha (US$ 127 milhões) e Eslovênia (US$ 101 milhões) liderando o comércio. Para os Estados Unidos foram vendidos US$ 117 milhões. Países sul-americanos também estão bem representados na pauta do comércio exterior: Chile (US$ 152 milhões), Uruguai (US$ 95 milhões) e Peru (US$ 71 milhões). 

Ao longo dos últimos seis anos, a estratégia do governador Carlos Massa Ratinho Junior de consolidar o Paraná como um grande fornecedor de alimentos para todas as regiões do mundo tem surtido efeito. Em valores totais, as exportações de alimentos e bebidas do Paraná cresceram muito em relação a 2019. Naquele ano, 22 países importavam US$ 50 milhões ou mais em alimentos do Paraná. No mesmo período de 2024, 40 países superaram a marca de US$ 69 milhões.

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O principal produto alimentício exportado pelo Paraná entre janeiro e dezembro foi a soja, com US$ 5,3 bilhões, seguida pela carne de frango in natura (US$ 3,8 bilhões), farelo de soja (US$ 1,4 bilhão), açúcar bruto (US$ 1,2 bilhão), cereais (US$ 551 milhões), carne suína (US$ 404 milhões), óleo de soja bruto (US$ 358 milhões), café solúvel (US$ 326 milhões) e carne de frango industrializada (US$ 146 milhões).

PRODUÇÃO EM ALTA – Os dados de exportação e comércio internacional são reflexo do aumento da produção das principais cadeias do Estado. A produção de ovos para consumo, por exemplo, era de 191,866 milhões de dúzias em 2023 (ou 2,302 bilhões de unidades) e aumentou para 202,874 milhões de dúzias produzidas (ou 2,434 bilhões de unidades) em 2024.

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O Paraná também liderou o crescimento nacional da produção de frangos e suínos no ano passado, de acordo com as Estatísticas da Produção Pecuária de 2024, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Estado produziu 53,3 milhões de frangos e 281,4 mil cabeças de suínos a mais em 2024 em relação a 2023, além de acumular altas também na produção bovina, de ovos e de leite. 

Na avicultura, o Estado se mantém como líder absoluto, sendo responsável por 34,2% da produção de frango no País. O setor teve um crescimento de 2,47% no abate em relação ao ano anterior, somando mais de 2,2 bilhões de aves produzidas no ano passado no Paraná, superando o recorde de 2023, quando esse número chegou 2,15 bilhões de unidades.

Já na suinocultura, o Paraná diminuiu a diferença com Santa Catarina e se manteve com a segunda maior produção. Enquanto o Paraná teve um aumento de 2,32% em relação ao ano anterior, totalizando 12,4 milhões de porcos abatidos em 2024, o estado vizinho teve queda de 0,08% nos abates, com 16,6 milhões de cabeças de suínos abatidas.

O Paraná também é o maior produtor de feijão e recentemente tem se caracterizado também como um exportador importante. Em 1997, a exportação paranaense somou apenas 277 toneladas. Em 2024, a as exportações somaram 71 mil toneladas, superando em mais de cinco vezes o número registrado em 2023.

Fonte: Governo PR

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